Jogo dos tronos

Capitulo 15

Antes mesmo que eu conseguisse perguntar a Bran o que significava tudo aquilo, os gritos lá fora atrairam minha atenção, alertando que o rei da noite e seu exército estava a caminho. Senti minha pele se arrepiar quando me lembrei que Bran planejava ser a isca para pegar o Rei da Noite.

Todos saíram as pressas de dentro do lugar, e eu senti um latejar estranho percorrer meu corpo, Bran poderia ter dito aquilo por nada em especial, mas teve um efeito estranho em meu corpo, em meu poder.

Bran segurou minha mão assim que se aproximou de mim, o garoto deixou um leve beijo em minha testa.

- Você é a minha garota, não se esqueça disso e não importa o que acontecer naquele campo hoje, saiba que eu amo você. - Sussurou com sua testa colada a minha.

Eu não queria que ele fosse, queria que ele ficasse ao meu lado independente da situação. Queria que ele não saísse de perto de mim. Mas minha vontade agora não significava nada, ele precisava ir, e eu entendia isso.

Segurei seu rosto e sorri para ele.

- Não quero despedidas Bran, quero que volte para mim, quero acordar com você todos os dias ao meu lado. E não vai ser um rei da noite que irá me tirar você. - Eu beijei o garoto, um beijo que carregava uma promessa oculta para que ele voltasse.

Sai de dentro do quarto, procurando Tiryon a onde quer que ele estivesse, deci até uma tumba e eu sabia que ele estava lá.

Abri as portas e encontrei os olhos atentos de Sansa, várias crianças e pessoas estavam ali.

- Princesa? - Perguntou Tyrion se aproximando de mim. - O que faz aqui?

- Vim me certificar de que está bem.

Olhei para algumas das "estatuas" da tumba e eu soube que aquilo poderia virar uma carnificina se o plano não saísse com o combinado.

Segurei a mão de Tyrion e permiti que o fogo fluice de mim para ele, formando um escudo invisível ao redor do meio homem.

- Fique ao lado da Sansa, não importa o que aconteça. - Falei o abraçando e dando as costas para o anão.

Subi as escadas, virando corredores e abrindo portas, em alguns minutos eu estava fora do castelo, saí e fui direto contornar o castelo onde Balerion me esperava, acordei ele de um sono profundo.

- Vamos meu amor, hora da diversão. - Sorri, acariciando seu focinho quente.

Montei sob suas escamas e quando ele levantou voo, consegui ouvir o bater de asas dos meus outros dragões.

E do alto eu vi chama por chama dos brutamontes de minha mãe se apagarem, vi uma resistir mas se apagar logo em seguida, eu atacaria assim que Daenerys fizesse seu primeiro ato.

Em minutos vi os soldados se chocarem, fiquei em silêncio e um pouco em choque com a brutalidade que tudo aquilo acontecia.

Eu me perguntava como poderia algo tão cruel acontecer.

Mas não vi, não vi minha mãe voar em Drogon em direção ao exército dos mortos, então tomei a iniciativa. Balerion bateu as asas furiosas, fazendo tudo se curvar, sua sombra cobriu o brilho da lua e deixou apenas o escuro para aqueles que estavam embaixo do dragao. Mas a luz ofuscou tudo, quando as palavras deixaram meus lábios.

- Dracarys Balerion. - Isso bastou para que meus outros dragões rugissem fogo em tudo aquilo, o céu se tornou dia e o fogo queimou tantos que se fosse um exército comum, nada restaria, mas eles já estavam mortos, então o fogo nao os assustaria... Mas eu sim.