capítulo 5

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Pov's yeri

- Eu nunca mais irei beber - falo para Seulgi enquanto estou no ônibus a caminho do trabalho. - Estou com uma dor de cabeça horrível e perdi completamente a dignidade na frente da s/n.

- Não achou a chave de novo?

- Pior. Eu gritei bem alto que nunca tinha dado, meio que pedi para ela fazer o trabalho e choraminguei sobre como o jeno me deixou na pior. Aí acordei na cama dela, tive que responder perguntas constrangedoras e prometer recompensá-la. Você consegue me imaginar contando para s/n sobre a minha virgindade?

- Hum... não, mas como assim pediu para ela resolver o problema?

- Eu pedi para ela transar comigo porque a considero alguém gentil. Tem algo mais idiota do que isso? O seu José lá do prédio da revista é um solteirão gentil e nem por isso quero pedir esse negócio para ele.

Seulgi fica em silêncio e eu olho ao redor para ver em que lugar estou para puxar a cordinha e então me deparo com a maioria das pessoas me olhando.

- Essa s/n é bonita? - questiona uma senhora de cabelos pretos e um batom vermelho muito bonito.
Afasto o celular da orelha e olho para ela.

- Ela é bonita- respondo, sentindo meu rosto arder.

- Então dá pra ela, bobinha - fala a outra senhorinha sentada ao lado daquela do batom bonito. - Deus sabe que eu queria ter dado muito mais na minha juventude.

Algumas pessoas ao redor concordam e eu quero me enfiar em um buraco pela segunda vez no mesmo dia.

- yeri?
Lembro que estou falando com seulgi e aproximo o celular da orelha novamente.

- O pessoal aqui do ônibus ouviu tudo o que eu te contei.

- Você não consegue ser discreta, não é, amiga?

- Eu até tento, mas sempre acabo falando o que não deveria.

- Espero que a s/n não fale o que não deve. Já imaginou a tia Margarida querendo te levar para se confessar? - A menção a minha mãe me deixa arrepiada e eu cruzo os dedos.

- s/n não vai dizer nada. Agora eu tenho que ir.

Finalmente chega a minha vez de descer e ainda consigo ouvir o incentivo das senhoras para que eu perca minha virgindade com s/n. Tem gente que é bem intrometida mesmo.

(...)

Momo está de péssimo humor e isso significa que a fase compreensiva dela chegou ao fim rápido demais.

- Já é quinta-feira, yeri - ela fala no momento em que eu entro na redação, alto e na frente de todos os meus colegas que parecem tão amedrontados quanto eu. - Eu quero o primeiro rascunho no meu e-mail até sábado ao meio-dia.

- Pensei que fosse até segunda. - Percebo que foi a coisa errada de se dizer quando chenle tapa os olhos com as mãos e nancy para de lixar suas unhas.

- Segunda-feira é o prazo final! - ela esbraveja e por pouco não derruba a xícara de café em cima de uma assustada joy. - Será que eu te julguei mal, yeri? Se achar que não consegue tenho certeza que consigo um substituto em um estalar de dedos. Deus sabe que não se pode olhar para o céu sem cair dez currículos de jornalistas desempregados na nossa cabeça.

- Pode confiar em mim, Momo - digo, tentando demonstrar uma força que eu claramente não tenho. - Não vou te decepcionar.

- Eu espero que não porque aquele último clickbait que colocou no ar com duas salsichas sendo confundidas com pernas rendeu péssimos comentários. - Abaixo a cabeça. Na hora me pareceu uma boa ideia, mas acho que só eu consegui confundir aquelas salsichas com pernas magrelas.

A virgin in trouble(imagine yeri)Onde histórias criam vida. Descubra agora