capítulo 13

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Yeri pov's

- Sabe, amiga, eu acho que você até demorou para chutar o pau da barraca. - seulgi me diz isso na segunda-feira, quando vou em seu estúdio depois do trabalho e eu conto tudo o que aconteceu na visita mensal tumultuada na casa da minha família.

- Essa mania deles acharem que só os homens importam já passou do limite - prossegue, colocando abaixo nossa tentativa de meditação semanal.

- Eu sei e odeio brigar, mas sabe quando você não consegue segurar? Hoje a minha segunda coluna foi publicada e está tendo uma aceitação incrível e eu queria que eles ficassem felizes por mim, mas se não fosse você e a s/n, não teria com quem compartilhar isso.

- s/n?

- Ela está me ajudando nessas aulas de preliminares e disse que sente orgulho de mim, o que é muito mais do que meus pais já me disseram.

- Sempre achei ela uma garota legal. - Eu tinha quatorze anos quando conheci s/n e me lembro de achar o jeito tímido dela engraçado no começo, mas então me acostumei e passei a gostar de conversar com ela porque apesar das dicas financeiras inoportunas, sempre foi gentil e até me ajudou em umas questão difíceis de exatas para o vestibular.

- E o que vai ser a aposta da sex shop para a próxima semana? - Ergo a sacolinha da safadeza e seulgi grita de empolgação ao ver do que se trata.

- Tem como arrumar um desses para mim? - questiona, encantada pelo que está olhando.

- Serve um cupom de cinquenta por centro de desconto?

- Com certeza!

(...)

S/n não parece surpresa quando eu bato na sua porta e mostro a embalagem da Luxury.

- O quão pervertida vou ter que ser essa semana? - Dessa vez ela apenas me mandou entrar e está na mesa de sua sala cercada por papéis. Os óculos na ponta do nariz e uma expressão cansada no rosto bonito.

- O que te faz pensar nisso? - pergunto ao tirar os chinelos e sentar com as pernas para cima do sofá macio.

- É segunda-feira, yrri, e eu estou ficando acostumada a ter você na minha porta nesse dia com a sua cara de pau e um sorrisinho inocente. - Começo a rir da afirmação porque ela não fala em um tom maldoso, mas sim divertido.

- Tem razão. Recebi hoje a tarefa da semana.

- Tenho que ficar com medo?

- Acho que é bem inocente perto do que já fizemos. - s/n cora quando eu me aproximo dela e tiro o conteúdo da sacolinha.

- Calcinha vibratória - explico ao colocar um vibrador de silicone rosa em formato de concha, parecido com o encaixe de um absorvente, em cima da mesa. - Controlada por um aplicativo no celular.

- Apenas isso?

- Momo acha que seria legal irmos para um lugar público e você me deixar maluca com as vibrações, que podem até estimular de acordo com uma música.

- E como vai conseguir usar isso?

- É magneticamente preso a calcinha - digo ao tirar a parte redondinha e imantada do vibrador. - É seguro, silencioso e a nova aposta do sex shop e sabe o melhor?e que vai te ganhar?

- Conseguiu uma cueca também?

- Não, nem sei se existe isso.

- Então?

- A revista vai pagar pela nossa pequena aventura. Que tal um restaurante chique e completamente fora do nosso orçamento?

- Fechado. Escolha o lugar e me fale. - Ela está sorrindo quando volta ao trabalho e eu saio da casa dela animada e curiosa para saber como essa experiência será.

A virgin in trouble(imagine yeri)Onde histórias criam vida. Descubra agora