capítulo 21

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Pov yeri

Acordo deliciosamente aninhada em s/n, uma das mãos dela espalmada em minha coxa e a outra em minha nuca me deixando colada em seu corpo e com a cabeça posicionada embaixo de seu queixo.

Nunca fui abraçada assim para dormir e acordar nos braços de alguém é muito bom e dá uma estranha sensação de pertencimento, mesmo com o barulho infernal do meu despertador como plano de fundo.

Sinto que é uma espécie de sacrilégio me mexer e também é um pouco difícil já que todo meu corpo está enroscado no dela.

— s/n? — a chamo, tentando não rir.
Ela resmunga algo e me abraça mais forte.

— s/n, eu preciso me arrumar para o trabalho. — Isso a faz abrir os olhos.

— Fique aqui. Fique o dia todo. — Ela está grogue de sono e é tão fofa que eu sorrio.

— Tenho que ir para o trabalho — insisto sem muita vontade.
S/n resmunga e então roça o nariz no meu, não hesitando ao me beijar e é o tipo de beijo que me desperta completamente e faz com que meu corpo pegue fogo. Gemo de encontro a boca dela, puxo seus cabelos e me esfrego contra sua ereção.
Acho que isso a acorda porque acaba se afastando e deslizando para longe de mim com os olhos arregalados.

— Sinto muito — diz e eu percebo que está com vergonha. — Eu não estava completamente acordada.

— Não tenho do que reclamar — digo, de forma atrevida, e enrolo uma mecha de cabelo no dedo indicador.

— Não quero abusar de você, yeri.
Ela se levanta tão rápido que por um momento quase perde o equilíbrio

— Não acho que esteja abusando de mim, s/n. Foi um beijo. — Ela sacode a cabeça, parecendo zangada.

— Eu disse que não teríamos nada de beijos.

— Desculpa, eu tinha esquecido que você era a Julia Roberts, mas, para começo de conversa, foi você quem me beijou.

— Eu sei e é exatamente por isso que estou me desculpando. Está fragilizada pelo que aconteceu ontem e não quero me aproveitar. — Para ser sincera, não estava me lembrando do encontro com jeno e ela colocar aquele babaca no meio da conversa foi como se uma nuvem de tempestade se intrometesse no meu céu ensolarado.

— Não vou discutir sobre algo que não podemos mudar — falo e me levanto.

— Você está certa. Quer café? — A forma como ela fica fofa toda sem jeito faz com que meu coração acelere de uma maneira bem maluca.

— Preciso me arrumar para o trabalho, mas obrigada por tudo, s/n.

— Para de me agradecer tanto. Amigas são para isso.

— Somos amigas?

— Não somos?

— Com certeza somos — afirmo em meio ao riso.

— Então tenha um bom dia no trabalho, amiga.

— Você também, amiga. — Saio da casa dela rindo e com o coração quentinho, a lembrança do beijo fazendo meus lábios formigarem de um jeito delicioso.

(...)

Todos os meus colegas estão de ressaca, então tudo fica em completo silêncio e Momo está nas nuvens porque no geral a redação é uma cacofonia sem fim de risos e algumas ocasionais brigas entre chenle e joy.

Aproveito para adiantar minhas futuras colunas e programar a entrevista com a Penélope, CEO da Luxury. É sempre muito interessante entrevistar uma mulher de sucesso no mundo empresarial

A virgin in trouble(imagine yeri)Onde histórias criam vida. Descubra agora