Vivendo um sonho

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Ramiro

Acordo cedo e sinto o peso do corpo do Kevinho no meu, me abraçando. O observo dormir, seu rosto perfeito e delicado e penso em como eu quase o perdi por medo. Lembranças da noite anterior vem na minha cabeça e um sorriso escapa dos meus lábios.

Foi tudo perfeito, o pedido, o hotel, os beijos, a transa e a entrega dele para mim, nunca senti tanto prazer como sinto com ele e nem tanto amor, cada minuto que passo ao seu lado sinto que ele é o homem da minha vida e que eu quero construir uma vida com ele.

Estou distraído pensando no nosso futuro quando ouço:

- Um beijo pelos seus pensamentos. – Kevinho fala com sua voz rouca de sono me olhando com seus lindos olhos grandes.

- Bom dia meu raio de sol. – falo roubando um selinho. – Estava pensando em ontem, no nosso amor, em como eu quase te perdi por ser um jumento e no nosso futuro junto. – respondo puxando ele mais para perto de mim e acariciando seu rosto.

- Você não iria me perder Ramiro, eu sempre te amei e ia continuar te amando, e para de se chamar de jumento, você é meu peão gostoso, meu príncipe da roça. – ele fala fazendo graça, tão lindo, tão meu.

Eu o beijo de forma lenta e profunda sem me importar que acabamos de acordar e ele retribui.

- Eu tô faminto amor. – ele fala e por um momento eu penso que ele quer comer outra coisa além de comida e fico vermelho pigarreando constrangido.

- Ocê... ocê quer... hum... o café da manhã? – pergunto sem jeito e ele me olha confuso.

- Sim... eu to com fome. Por que? Não tem café? – ele pergunta ainda confuso.

- Tem sim, eu contratei serviço de quarto para trazer o café e ... – olho o relógio e são 10 para as 8hrs – daqui dez minutinhos eles chegam respondo ainda sem graça e sabendo que ele vai me perguntar.

- Entendi... Mas porque você ficou assim todo nervosos quando eu disse que estava... faminto. – ele fala a ultima palavra sussurrando me olhando malicioso.

- Eu... eu, pensei nada não. – respondo com vergonha.

- Amor eu acho que sei o que você pensou e está com vergonha de falar, mas eu sou seu namorado, você pode me contar tudo... – ele fala delicadamente.

- É que me veio uns pensamentos ai, quando ocê falou, pensei em umas coisas que eu vi na minha pesquisa que me deixaram curioso. – eu falo.

- Pesquisa sobre o que? – ele pergunta, e eu fico mais vermelho.

- Jesus Kevinho quanta pergunta. – eu falo tentando me desviar do assunto e vejo que ele não vai desistir. – Eu pesquisei sobre sexo gay para aprender como fazer certinho para não machucar ocê e para fazer ocê sentir prazer e na pesquisa tinha umas informações que me deixaram curioso sobre o prazer que um homem sente na próstata e quando ocê falou que tava faminto eu achei que ocê queria comer era outra coisa. – eu falo de uma vez atingindo o auge da vergonha.

- Ahhh você achou que eu queria te comer? – ele pergunta bem humorado.

- Achei, quer dizer não, quer dizer sim. – eu falo e ele solta uma gargalhada. – Por que ocê não quer? – pergunto sem saber se fico preocupado ou aliviado.

- Eu vou ser bem sincero amor, falando sério agora. Eu nunca fui ativo amor, eu te contei do meu ex toxico, e ele nunca me deixou ser ativo por que ele achava que era um objeto inferior. Então sim, eu tenho desejo de ser ativo com você um dia, mas você tem que querer isso e se sentir bem, eu sinto prazer sendo passivo e você é fantástico. E com relação ao prazer do sexo anal, pra mim ontem foi incrível, um prazer fenomenal, gozar sem nem se tocar é a melhor sensação do mundo. – Kevinho fala tudo na maior naturalidade, ele deixa todos os assuntos mais leves. A campainha toca anunciando o café. – Vamos colocar o roupão e você pega ali e volta pra gente continuar. – ele fala me dando um selinho e colocando o seu roupão e jogando o meu.

Amor rural - KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora