Amor rural - Kelmiro

Primeira briga

Kelvin

Eu e Ramiro estamos namorando já tem quase 6 meses, o nosso namoro está ótimo e a vida também, ele terminou o curso de administração e negócios com louvor e aprendeu tudo muito bem e só recebe elogios de Caio que assumiu de vez os negócios da família La Selva junto com Aline.

Como está bem corrido para ele na fazenda nós estamos nos vendo quando dá durante a semana e aos fins de semana, sempre com muito amor, muito carinho e claro muito sexo. Mas tem algo em Ramiro que está me dando nos nervos.

O ciúme.

Meu Deus que homem ciumento, ele tem ciúme até da minha sombra, das minhas roupas, da minha maquiagem e até dos clientes que vem no bar.

Principalmente do Francisco, que também adora provocar, mas que eu nunca dei nenhuma brecha para intimidades e sempre deixei claro que eu amo meu Ramiro.

Já conversei com ele varias vezes sobre isso, já disse o quanto eu o amo e que não quero mais ninguém mas não tem jeito e isso tá me irritando muito.

Estou no bar limpando as mesas pensando em uma forma de diminuir o ciúme de Ramiro sem deixar de ser quem eu sou quando de repente sinto mãos firmes segurando minha cintura e me viro imaginando ser Ramiro, engano meu.

Na mesma hora que eu vejo quem fez isso eu me afasto dele e grito.

- Você ta ficando louco ? Quem te deu essa intimidade? – eu pergunto para Francisco.

- Calma foi só uma brincadeira. Mas se bem que gostou virou até sorrindo. – ele diz sorrindo cafajeste e embrulha meu estomago.

- Eu achei que era meu namorado, não você. Só ele que me pega assim. Se você fizer isso de novo eu vou socar a sua cara e vou contar tudo pro Ramiro entendeu? – eu digo nervoso, não quero causar uma briga entre os dois, Ramiro vai matar esse homem. – E pode sair daqui antes que eu perca a paciência. – respondo enxotando ele e quando olho para a porta vejo Ramiro com os braços cruzados com uma cara de poucos amigos.

- Eu posso saber o que foi isso que eu vi aqui Francisco? Eu não avisei ocê que se ocê se engraçasse pra cima do MEU Kevinho se ia parar nas profundesas do rio? – Ramiro diz alto, com fogo nos olhos pegando Francisco pelo cularinho e levantando.

Eu preciso fazer alguma coisa antes que esse bar vire uma cena de crime e Ramiro mate ele e acabe com a sua vida.

Me aproximo devagar dele e delicadamente pegando em seu braço eu falo:

- Amor, respira comigo, não vale a pena sujar a mão com ele, eu vou te contar o que aconteceu mas deixa ele ir embora e vamos conversar no quarto por favor. – eu peço sentindo as lagrimas querendo sair com o desepero.

- Ocê ta defendendo esse sujeito Kevinho? É isso memo? – Ramiro pergunta me olhando com decepção nos olhos, ele entendeu tudo errado.

- Não, claro que não. Eu to defendendo você, cê acha que vai matar ele e vai ficar fora da cadeia? E a nossa vida juntos, nossos planos, nossa casa, nosso casamento? – pergunto chorando e vejo ele se acalmar um pouco.

Ainda segurando Francisco pela camisa ele olha para ele e diz:

- A sua sorte foi o Kevinho interceder por ocê, mas eu não quero ver mais ocê aqui e lá na fazenda eu vou ter uma conversa bem séria com Caio. – Ramiro diz serio.

- Ramiro eu sei que não foi legal o que eu fiz mas foi só uma bricadeira com o Kelvin, eu não queria causar isso tudo. – Francisco diz discimulado.

- Eu não sou um briquedo pra você brincar não seu ridículo, sai daqui agora antes que o Ramiro te dê uma coça seu sem noção. – eu falo bravo.