Novas experiências

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Kelvin

Fomos para a piscina e pegamos duas espreguiçadeiras, as mulheres tudo olhando para ele quase comendo ele com os olhos e ele parece não perceber.

- Vamos entrar na piscina amor? – pergunto.

- Vamos sim, pode ir indo que eu já vou, só vou arrumar as coisas aqui para ninguém pegar as espreguiçadeiras. – ele responde e eu concordo pulando na piscina. Grande erro.

De repente ouço uma voz de sirigaita falando com meu Rams rams.

- Oi com licença, eu vi que você está aqui sozinho, você pode me ajudar a passar o protetor nas minhas costas? – eu olho na mesma hora para ele e vejo que ele está sem graça, respiro fundo e permaneço na piscina vendo o que ele vai falar.

- É... eu... eu...hum. Não posso eu to acompanhado senhora. – Ramiro responde engolindo em seco sob meu olhar.

- Ah mas eu não vi ninguém aqui com você, só um rapazinho, deve ser seu amigo ou seu irmão, não vai se importar né. E a sua namorada não precisa saber, eu não sou ciumenta. – ela fala passando as mãos pelo braço do Ramiro que tira as mãos dela e se afasta.

- Olha moça, eu sou comprometido, eu estou acompanhado e eu não estou interessado. E o rapazinho ali não é meu amigo ou meu irmão. Ele é meu namorado e está me esperando. Se me der licença. – Ramiro responde e eu sorrio, ele começa a se afastar dela e ela começa a surtar, eu levanto e saio da piscina sem que eles me vejam.

- Mas é uma pouca vergonha mesmo, um homão desse namorando outro homem quando poderia ter uma mulher como eu. Você não tem vergonha não? – ela fala gritando e chamando a atenção de todos ao redor.

- Escuta aqui o ramera, quem você pensa que é para falar assim com o MEU homem? – digo enfrentando ela.

- Amor, vem vamos voltar para a piscina, deixa essa mulher pra lá. – Ramiro me diz segurando na minha cintura.

- Vamos amor, tem outra piscina mais pra lá, a gente pode ir lá? – pergunto voltando minha atenção para ele e ignorando a piranha.

- Isso vão mesmo, ninguém quer vocês bichinhas aqui. – ela grita e eu me preparo para partir pra cima dessa mocreia mas Ramiro me segura.

- Senhora por favor queira nos acompanhar. – Dois seguranças dizem se aproximando.

- E por que posso saber? – ela pergunta arrogante.

- Recebemos denuncias dos outros hospedes de que a senhora estaria cometendo um crime de homofobia com esse casal e tumultuando o ambiente de lazer. Por isso estamos convidando a senhora se retirar das dependências do hotel. – o segurança diz.

- Isso é um absurdo, você sabe quem eu sou? E eu estou pagando esse hotelzinho e não posso ser expulsa assim. Exijo falar com o gerente agora. – ela diz descontrolada.

- Isso não será necessário, você pode falar com os próprios donos do hotel, que no caso sou eu e meu marido. – diz um homem de terno se aproximando juntamente com outro homem também de terno. - O seu dinheiro será devolvido senhora, não precisamos de dinheiro de pessoas homofóbicas como você. – ele continua.

- Eu não vou sair. Só saio com a polícia aqui. – ela diz insistindo.

- Não se preocupe que já está vindo, eu mesmo chamei a policia por que homofobia é crime, mas você irá recebê-los fora do meu hotel. Meninos por favor, tirem ela daqui e levem ela até a policia que está na recepção. – o dono diz para os seguranças.

- Não ousem me tocar, eu vou processar vocês. – ela diz descontrolada e indo para trás.

Ela estava de costas para a piscina na borda e acabou caindo na água com um "Ploc" seguido de um grito e muitas risadas.

Amor rural - KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora