Boston, MassachusettsEffie Petit
07|05Capítulo XXII= Dor
Estou em uma guerra mental
Não aguento mais. Meu corpo dói. Minha alma dói. Eu simplesmente não sei o que fazer... eu não sei como reagir a tudo isso... o que eu deveria fazer agora? Eu devia contar para papai..? Heloise..? Eles acreditariam em mim? Acreditariam que o filho deles, conseguiu abusar da própria irmã?
No momento estou deitada na cama, com os olhos mais arregalados que tudo, sentindo minha vista embaçar com meu olho coberto por lágrimas. Elas insistem em sair sem ao menos sentir nada... além da dor, é claro. Apenas... não consigo entender... não consigo acalmar minha mente, que ao mesmo tempo está barulhenta e vazia... vazia. A ficha não parece ter caído ainda... por que isso está acontecendo? Por que comigo? Por que ele tinha que fazer isso comigo? Me machucar tanto e sentir prazer com isso? Ter prazer em me machucar... machucar sua própria irmã... como ele pode! O que eu fiz para merecer tudo isso? Por que desde criança ele me trata daquela forma? Por que tive que passar tantas noites em claro ao invés de brincar, ficar num canto escuro e reclusa, com medo de tudo e todos, com medo deles me machucarem como Eliott me machucou, me acariciou, me abusou.
Não estou me sentindo bem... não consigo dormir e me sentir bem dormindo ao lado do meu abusador, que depois de tudo que fez, me machucou, e me descartou. Como se eu fosse nada... como se eu não fosse um ser humano que tem sentimentos assim como ele... . Ele expeliu aquela gosma branca e quente em mim e senti como se tivesse comido lava borbulhante... estava totalmente rasgada e doida por dentro, quando senti aquelas jatos em mim... não gosto nem de pensar... eu não quero pensar sobre isso.
Respiro ofegante, tentando ao máximo não chamar atenção e nem acordar o monstro que dorme ao meu lado serenamente esparramado pela cama com uma bela mancha de sangue no centro da coberta negra, que mostra claramente o abuso que sofri... minha dor. Meu corpo todo lateja, principalmente minhas costas e parte íntima, que arde e lateja em uma dor aguda. Não posso nem ao menos me mexer, pois minhas pernas estão bambas, sem força nenhuma nelas. Um soluço sai de minha boca e coloco a mão na boca reprimindo os outros que saem quase instantaneamente, chorando por tudo que está acontecendo. Quando as coisas chegaram a esse ponto? Quando cheguei ao fundo, do fundo, do fundo do poço?
Feixes de luz passam pelas brechas da cortina escura e pesada, sentindo a ansiedade e culpa corroer meu coração, meu ser. Não consigo parar de pensar nisso... em tudo que aconteceu... estou com medo, muito medo.
Suspiro pesado enquanto inclino minha cabeça para o lado de forma lenta, apoiando minha mão no colchão, me forçando a me sentar na cama. Gemo em dor ao sentar na cama, estralando minha coluna dolorida, me encolhendo em frio e dor. Engulo seco virando por conta própria minhas pernas para o lado de fora da cama, apoiando-me na cabeceira para levantar. Levanto e sinto minhas pernas ficarem bambas, como se tivesse aprendendo a andar novamente, indo de encontro com o chão após tentar da um passo à frente. Não acredito que cheguei a esse ponto..! Como Eliott me deixou desse jeito...
— Effie..?
Eliott chama meu nome com uma voz rouca de quem acabou de acordar, gelando no mesmo momento, entrando em pânico. Olho lentamente para trás e pelo meu azar, não era sonambulismo, Eliott realmente acordou e está me encarando agora parecendo confuso por me ver no chão.
— Estava tentando fugir de mim..?Virou para o lado e se levantou, fazendo-me de imediato fechar os olhos com força e baixar o rosto com medo e vergonha. Por que isso está acontecendo comigo..? Não quero ver ele..! Principalmente nessas circunstâncias e situação!! Ele está pelado..!
Logo ouço seus passos pararem a minha frente, podendo sentir o mesmo passar a mão em meu cabelo, o acariciando, descendo a mesma até meu rosto, o puxando para cima. Abro meus olhos lentamente esperando o pior, mas, por incrível que pareça, ele não está nu, ele está vestindo um calção leve. Suspiro em alívio, porém, o pânico toma conta de minha mente pensando em seu próximo passo, forçando minha mão no chão para tentar levantar. Ele pega em meu pulso e me força a levantar de forma brusca, mordendo o lábio com força pela pontada em meu útero. Coloco a mão no pé da barriga com a pontada, me inclinando sobre Eliott para não cair no chão, abraçando seu tronco.
Lágrimas inundam meus olhos pelo constrangimento de estar nua e pela humilhação que passei, a dor que passei noite passada que dura até agora, e com certeza, para sempre. Eliott pega meu queixo e levanta meu rosto em direção do seu, tomando meus lábios em um beijo feroz. Agarro seu ombro e o aperto, tentando o afastar enquanto seus lábios se mexem avidamente nos meus, forçando sua língua para dentro de minha boca. Bato em seu ombro a medida que sua língua encontra a minha, encostando na mesma, explorando minha boca.
— Eliott..? Effie..??
Eliott parou de me beijar assim que ouvimos a voz abafada de papai ecoar do outro lado da porta trancada, lentamente virando a cabeça assim como eu em direção a mesma, só que com sentimentos diferentes. Estou aliviada por papai ter finalmente lembrado que nós existimos, por que em meio a tanto tempo, eles nem ao menos sentiram nossa falta... . Suspiro em alívio voltando a encarar Eliott de soslaio, me assustando por notar que o mesmo me encara com ódio, com um olhar diferente, escuro e frio...
Continua...
Autora:
Olá!!
Mil desculpas aparecer tão tarde assim! E com um capítulo tão curto!!! Me desculpem galera! É que ultimamente estou muito sem criatividade e doente mentalmente, esgotada. Realmente não estou com cabeça para escrever essa história, mesmo que eu a ame muito!!
Prometo que escreverei ela! Eu prometo a termina-lá em breve! Podem apostar!1017 palavrassssssssssssss
Bjssssssssssssssssssssssss 🪻🪻🪻🪻🪻
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Stalker à Solta
Gizem / Gerilim- Por que está fazendo isso? Por quê! - Por que..- passou os dedos nos lábios da garota, a olhando de baixo, no chão acorrentada, lambendo os lábios pelas correntes elétricas que dançam pelo seu corpo toda vez que olha para a garota tristonha, senti...