de volta ao lar

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Mondstadt significa "Cidade da Lua" em alemão, e a arquitetura de Mondstadt é inspirada em casas de enxaimel, edifícios medievais típicos da Alemanha. Um lugar calmo, tranquilo, onde podia-se ouvir o soprar do vento como um assobio.

Estavam todos em seus respectivos trabalhos. Diluc na taverna, sem nem ao menos imaginar o que estava acontecendo com seus irmãos. Jean estava no quartel dos cavaleiros, assim como Lisa e Klee, que corria pelos corredores inquieta.

Foi quando o tempo mudou, o vento soprava de uma forma mais violenta, parecendo triste. Quando todos voltaram seus olhos para o portão da cidade, puderam ver dois cavalos se aproximando rapidamente. Os cabelos azulados da garota estavam esvoaçando, segurando fortemente em seus braços uma figura. Uma silhueta que só pôde ser reconhecida quando ambos os cavalos entraram na cidade e começaram a gritar.

- JEAN!!! MESTRE JEAN!!! SOCORRO!!!

Os gritos ecoaram pela cidade silenciosa. Abriram caminho para os cavalos passarem mais facilmente, assustados e comovidos ao verem o capitão da cavalaria naquela estado deplorável. Na correria do momento, Katherine avistou uma figura familiar, mas não conseguiu distinguir quem era.

Jean correu pelas escadas indo de encontro à Katherine, com as roupas etraçalhadas, a ferida aberta sangrando e o cabelo melecado de lágrimas. Parando em frente à escadaria, Itto desceu do cavalo e ajudou a azulada a descer, pegando Kaeya nos braços primeiro e o estregando aos cuidados de Jean.

- Vou procurar um médico. - Jean seguiu com eles para dentro do quartel, o mais rápido que pôde.

- o que está acontecendo? - Lisa correu para fora da biblioteca ao ouvir a porta se abrindo e Jean entrando. Já dentro do local, Katherine desmoronou por completo como naquela vez... seus joelhos dobraram, já não lhe restava mais forças, tudo o que aconteceu veio à tona em lágrimas. Kaeya... Xiao... Crepus... o Hilichurl...

Tudo o que estava se ressentindo e guardando, agora estava saindo por meio de um mar de lágrimas. Não conseguia parar...

- Hey anjinho, fique calma... -Lisa veio ao seu encontro e a abraçou fortemente. Jean subiu as escadas com Itto para ajudar a carregar o rapaz até um quarto. Klee também correu para abraçar a azulada, e ambas ficaram ali até se acalmarem.

Não demorou muito para que um médico aparecesse. Com as novas tecnologias do teleporte, estava muito mais fácil a locomoção por toda a Teyvat, possibilitando que Baizhu saísse de Liyue e pudesse curar Kaeya.

-Não há ferimentos graves, isso é ótimo! Fiz sutura em alguns cortes, então talvez ele sinta um leve incômodo nos primeiros dias. E quanto a você Katherine... eu recomendaria ficar em repouso por um bom tempo, sem sair de Mondstadt. Sua ferida não está cicatrizando pelo esforço que anda fazendo... precisa deixar cicatrizar.

-tudo bem.... e quando ele vai acordar?

- provavelmente foi apenas um desmaio pelo impacto. Acredito que até de noite ele acorde, fique tranquila.

- obrigada Baizhu.

Abrindo a porta do quartel, o médico foi embora enquanto Diluc corria para dentro.

-sua idiota... - abraçou a irmã com força. Diluc tinha bloqueios em demonstrar emoções depois da morte do pai, mas não conseguiu evitar naquela situação... precisava daquele abraço, sentir que ela estava contigo, poder sentir seu cheiro de canela mais uma vez. -  não nos assuste mais, ta bom? Fiquei preocupado...

- prometo que não vai se repetir. Foi só... amor não correspondido. .. foi a minha primeira vez.

- me fala. Quem foi o desgraçado que partiu seu coração? Eu vou até Liyue para matá-lo. Vou estilhaça-lo e dar seus órgãos para os monstros comerem. Fatia-lo até não sobrar nem um átomo sequer. Irei fazer questão de que sinta o próprio inferno na Terra.

Itto, assustado e ouvindo tudo aquilo, apareceu atrás de Katherine com os peixes em mãos, com a intenção de pedir para os pratos serem feitos. O mesmo estava curioso sobre o modo de preparo, para que pudesse tentar reproduzi-lo quando voltasse à Inazuma.

Diluc, com os olhos fervendo em raiva e vendo o suposto desconhecido se aproximando, segurou seu espadão e estava prestes a puxá-lo, com o intuito de correr atrás do quebrador de corações.

- Seja bem vindo à Mondstadt. -Katherine abriu um de seus melhores sorrisos, tentando quebrar o clima ruim e fazer com que seu irmão soltasse a espada. - Me perdoe pela confusão de agora a pouco, eu juro que a cidade é calma. Com o Arconte Anemo nos abençoando com o vento sagrado, o clima de Mondstadt é relaxante. Fique a vontade, caso precise de um quarto para se hospedar, posso ver com Jean se temos alguns reservas aqui no quartel.

- visitante? - Diluc questionou soltando o espadão. Katherine ascentiu com a cabeça, ainda sorrindo, fazendo com que seu irmão cumprimentasse o rapaz e parasse de desconfiar.

- Saudações, meu amigo! Permita-me apresentar-me, sou o primeiro e único numero uno Itto, líder da Arataki gang. -disse tirando um pente de seu bolso e jogando charme. Sua confiança voltou assim que Diluc soltou o espadão.

- Arataki gang... Katherine, você se envolveu em uma organização criminosa? Estão te ameaçando?

- Não, relaxa!! Na verdade ele veio apenas visitar a cidade, não é mesmo Itto? Ele salvou minha vida.

- peixe grelhado.

- Peixe grelhado!! - a azulada colocou entonação em sua frase, fingindo não ter esquecido o objetivo inicial com toda aquela confusão. - Itto quer provar peixe grelhado, vamos cozinhar. Podemos ir ao caçador de cervos para usarmos a cozinha, que tal?

- Vou acompanha-los. Só... por garantia. - ainda desconfiado, o ruivo seguiu os dois para o caçador de cervos. Depois de algumas escadarias, conseguiram chegar ao centro da cidade, onde a maioria dos comércios se localizava.  Fora ali que Katherine avistou a silhueta familiar...

- Bom dia Sara!! - com toda a empolgação do mundo, Katherine cumprimentou a mulher, que sorriu ao reencontrar a azulada.

- Que bom que voltou, a cidade toda ficou preocupada com seu sumiço! Sabia que Amber espalhou cartazes te procurando em todas as casas?

- mas... eu estava em Liyue, como fora mencionado sobre a minha missão. Como... por que acharam que eu estava desaparecida?

- fica entre nós... - Sara se apoiou no balcão, ficando perto deles e falando baixinho. - se comprarem ovos fritos, posso passar a informação que recebi.

Pegando sua bolsinha de moedas, Katherine a colocou sobre o balcão sem tirar os olhos da mulher, determinada a descobrir como souberam que ela não estava mais em Liyue. Isso a assustava...

- Feito. 3 ovos fritos.

Pegando os pratos e as moedas de Katherine, Sara voltou a conversar com eles.

- Você sabe que Mondstadt é a cidade da liberdade, não? A cidade menos fofoqueira de toda Teyvat.

- claro. A fofoca não rola a solta por aqui. - sorrindo sarcasticamente, guardou sua bolsinha de moedas agora vazia e voltou a prestar atenção em Sara.

- a alguns dias atrás recebemos uma visita um tanto... diferente. Um ser apavorante, estranho... exalava uma energia forte, botou medo em todo mundo. Ele perguntou de você... disse que havia sumido, tinha saído de Liyue.

- um ser apavorante...? Será que algum Fatui me seguiu quando saí de Liyue??

- não parecia ser um Fatui como Signora... era mais como uma entidade, tinha uma tatuagem no braço, cabelo curto e mechas longas na frente, tinha umas vestimentas... estranhas, e andava com uma máscara na cintura. Essa máscara que nos apavorou.

- Katherine... você deve algo a essa coisa? Fez algum pacto com o diabo?

Se recordando da silhueta famiiliar que avistou enquanto corria com o cavalo, tudo fez sentido. As peças se encaixaram perfeitamente, deixando a azulada um pouco mal... Xiao estava ali. A seguiu naquela noite, e muito provavelmente a perdeu de vista, conseguindo chegar à Mondstadt antes.

- Ah... não se preocupem, Xiao não é nenhuma entidade maligna. É... um conhecido meu, não precisam ter medo. Bom... que tal voltamos ao foco? Fazer o peixe grelhado para nosso querido visitante.

Lambendo os beiços, Itto estava ancioso para provar aquele prato e as especiarias que tinha naquele lado de Teyvat.

The knight of FavoniusOnde histórias criam vida. Descubra agora