NO PARALELO

CAPÍTULO 18

- Cocorocóóóó ! Cantou o galo às quatro horas da manhã.
Os rapazes não dormiram quase nada, imaginando o que os esperava naquele dia.
Assim que o sol nasceu, os jovens foram até o porto trabalhar , mas principalmente saber as novidades.
João e Marcos se encontraram no caminho e foram tagarelando até a casa de Paulo.
Assim que estavam chegando, avistaram as duas mulheres sentadas na varanda, tomando uma xícara de café e conversando com Paulo.
Como ainda faltava alguns metros para chegarem, não era possível ouvi-las.
Os dois apressaram os passos e logo chegaram.
- Bom dia pessoal!  Disseram ao mesmo tempo os dois amigos.
-Bom dia!  Respondeu Paulo e as mulheres.
- Quais são as novidades Paulo?  Perguntou Marcos.
- Essa é Laura, e essa é Mel. Apresentou as senhoras aos amigos.
- Sou João e esse é o Marcos.  Respondeu João.
- É um prazer conhecer os outros homens que nos salvaram a vida!  Disse Laura se levantando indo em direção aos rapazes para lhes dar um abraço de gratidão.
- Imagina senhoras, estamos muito felizes por haver colaborado nesse resgate, mas nós gostaríamos de saber tudo o que houve naquela embarcação, por isso esperei meus amigos chegarem. Falou Paulo.
- Ah,claro, vamos contar tudo para vocês e, se possível, mais tarde, gostaria de ver o navio,pois deixamos nossos pertences lá. Disse Laura.
- Sem problemas!  Concluiu Paulo.
Bem senhores, nós estávamos a caminho de Paris, estávamos muito felizes em companhia de nossos maridos, amigos enfim. Quando do nada os passageiros começaram a adoecer e morrer......o primeiro foi meu marido.... Disse Laura com um semblante triste e cabisbaixa.
- ADOECER!  Gritou João assombrado, dando um pulo para trás, caindo do branquinho onde estava sentado.
Na verdade, Paulo e João também ficaram preocupados, mas não demonstraram.
- Sim,adoecer!  Respondeu Mel, que até aquele momento estava em silêncio.
-Estão vocês nos contaminaram!  Afirmou Marcos decepcionado.
- Temos certeza que não meu jovem, sou enfermeira, sei dos períodos em que qualquer peste seja contagiosa, e graças a isso, não estamos mortas,sem falar no resgate que fizeram conosco é claro. Concluiu Mel.
-Ufa!  Graças à Deus.  Disse Paulo, aliviado, assim como seus amigos.
- Pois é, todos foram morrendo ao longo da viagem, e não sei o motivo que eu e Mel sobrevivemos até a chegada de vocês. Somos do Brasil, e onde estamos? Encerrou Laura.
Todos os rapazes estavam admirados com aquela história, e conforme iam conversando, eles perceberam que as mulheres iam aparentando mais jovens, seus cabelos iam escurecendo, o de Mel ficava mais loiro, a pele rejuvenescia, e hora após hora, elas iam ficando mais lindas.
-O que está acontecendo aqui, vocês não são humanas?  Perguntou Paulo enquanto sentia um frio na espinha.
- Do que o senhor está falando senhor capitão?  Perguntou Laura.
-Tem alguma coisa muito estranha acontecendo desde o início da nossa conversa dona Laura, vocês duas estão rejuvenescendo a cada hora! Falou João assombrado.
- Do que você está falando meu jovem?  Perguntou Mel.
É exatamente isso que ele está falando senhoras.  Disse Marcos enquanto buscava uma bandeja e entregou a Laura para que ela mesma visse.
- OHHHHHHH! Gritava Laura espantada e feliz, enquanto passava a bandeja a Laura.
-Não é possível ,meu Deus!  Exclamação Mel, chorando de alegria.
- Não temos a menor ideia do que está acontecendo conosco rapazes, mas confesso que estou muito feliz por isso!  Concluiu Mel.
- É verdade!  Disse Laura.
- MARAVILHOSO!  Mas nós temos que descobrir o que é isso meninas. Falou Paulo.
A essas alturas, as  duas mulheres já eram duas belíssimas jovens com seus 22 anos de idade,aparentemente.
Era algo inacreditável e jamais visto por alguém.
- Você tem razão!  Vamos descobrir tudo a seu tempo, agora é hora de retomar ao navio como combinamos.  Concluiu Mel.
- Ah,é....você tem razão moça.  Gaguejou Marcos.
E após o almoço, as duas jovens juntamente com os três jovens, caminharam em direção ao navio enorme, que agora estava encalhado na areia da praia.