CAPÍTULO 20

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Mal o dia amanheceu, todos estavam ansiosos para descobrir tantos segredos que cercavam as duas jovens, e também ao navio.
E logo no café da manhã, quando estavam os cinco presentes à mesa,o assunto começou.
- Laura e Mel, eu gostaria que vocês nos contassem, como só vocês duas sobreviveram à peste,e por quantos dias sobreviveram sem alimento e água. Por favor, nos explique. Perguntou Paulo.
- Bem!  Respondeu Laura.  Na verdade eu não sei exatamente quantos dias se passaram, desde que eu e mel ficamos doentes no navio,pois os sintomas daquela enfermidade, eram terríveis.
Inclusive eu não sentia fome,só sede.
Como havia morrido a maioria das pessoas do cruzeiro, sobrou água para nós duas por um tempo bem maior, eu e minha amiga Mel,nos ajudavamos o quanto podíamos, afinal, só restou nós duas, e muito doentes. Nós só bebíamos água, nem conseguíamos comer. Concluiu Laura.
-É verdade meninos, aí notamos que havia acabado a reserva de água do navio,foi então que dissemos uma para a outra........é nosso fim! Continuou Mel.
- Estávamos tão fracas, que hora uma se arrastava para buscar água, enquanto a outra esperaca pela morte.  Disse Laura.
- Mas você se lembra de alguma coisa que tenha acontecido de diferente por lá? Questionou Paulo.
- Além da peste, só houve um silêncio e um cheiro horrível no navio,além do medo que eu e Laura sentíamos. Disse Mel.
- Vocês duas não fizeram, ou tomaram alguma coisa diferente dos demais tripulantes da embarcação? Tem que haver uma explicação para o rejuvenescimento de voces!  Falou Paulo.
- Isso não é normal meninas,deve ser alguma coisa que aconteceu e vocês não estão se lembrando, e continuou acontecendo pois, o que explica o desaparecimento daquele tanto de corpos?!
Esse é nosso primeiro passo para desvendar esses mistérios. Concluiu Paulo.
- Bem.....eu acabei de me lembrar, de que, antes de sermos encontradas, deve ter sido um ou dois dias antes disso, nossa última gota de água havia acabado.....era a minha vez de buscar, então eu me desesperei por não encontrar um gole se quer. Foi ai que vasculhei cada canto da embarcação, olhei onde era possível, imaginável e inimaginável. Foi quando, entrando na cabine do nosso capitão, encontrei várias garrafas de bebida, mas eram inúteis para matar a nossa sede.
Porém, havia uma garrafa em especial, ela estava muito bem escondida por debaixo do forro do bar particular do capitão.Era  gordinha, com um gargalo bem longo, sua cor era dourada, havia escritas nela mas,eu não consegui lê-las devido a fraqueza em que me encontrava.
A única coisa que eu consegui ver, era que não parecia haver álcool, porque quando eu a abri, não tinha cheiro de álcool.
Tomei um gole, se parecia com água, fui até Laura e dei a ela também. Só isso que eu me lembre!  Explicou Mer.
- Muito interessante Mel,muito interessante....Disse Paulo, com um olhar perdido e balançando a cabeça com um sentido positivo.  Era como se ele tivesse encontrado a resposta.
- Até aí, nada de mais! Disse Marcos.
- isso não explica o restante da tripulação. Concluiu o rapaz.
-Isso é verdade meninas....tentem se lembrar de mais alguma coisa diferente que aconteceu por lá. Falou João.
- Mel,você se lembra de que tomávamos água a todo instante mas,aquela garrafinha nunca estava vazia, ou nem ao menos pelo meio? Isso é algo muito estranho, raciocinando agora, eu te disse que era uma água abençoada pois estava igualzinho a quando você a abriu,depois de várias horas que bebíamos dela ! Disse Laura.
-NOSSA AMIGA, VOCÊ TEM TODA RAZÃO! EU HAVIA ME ESQUECIDO DISSO!  Gritou Mel, com seus olhos arregalados de espanto por não se atentar a esse detalhe tão perturbador.
- Isso é realmente importantíssimo  meninas, apesar de não explicar o sumiço dos corpos, essa garrafa precisa ser encontrada para que eu a analise.
Concluiu Paulo.
Todos concordaram com o comandante.
E ficou combinado de todos retornarem ao navio com a finalidade de encontrar essa tal "garrafa inesgotável ".

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