CONTOS DE ALL FOR THE GAME - NORA SAKAVIC

28 - Consolo

Como Andrew consolaria Neil se ele estivesse chateado?

Nove em dez vezes, ele nem tenta.

É quase mais seguro dizer "dez em dez vezes". Conforto não está no vocabulário de Andrew e, pelo que ele considera, é uma perda de tempo e energia. É mais provável que ele vá embora ou diga a Neil para superar isso ou olhar para o passado qualquer crise existencial / psicológica que Neil esteja tendo. O mau humor de Neil após uma derrota é deixado de lado sem importância, e sua irritação por companheiros de equipe não cooperativos não é motivo de pena.

Mas, de vez em quando, Neil atinge uma saliência da qual precisa ser puxado para trás, e é isso que Andrew faz. Como em Baltimore, quando Neil está tentando dizer: "Você quer que eu vá?", e Andrew o segura e diz para ele ficar. Andrew conforta assim: por ser uma força estabilizadora, uma âncora para manter Neil em casa, um lugar para descansar seu peso e seus segredos. Honestamente, é disso que Neil precisa.

Mas se você realmente gostaria de um momento de "conforto" genuíno, ao estilo de Andrew, então seria o dia em que Neil receberia a ligação informando que Wymack está morto. É a primeira vez que Andrew vê Neil chorar, e ele não sabe o que fazer com essa dor de coração partido. Então, ele se senta com Neil, costas com costas, com um cigarro aceso na mão ((porque ele conviveu com a obsessão de fumaça de cigarro de Neil por muitos anos)). Ele não diz nada, mas é um peso e uma presença para manter Neil de pé.

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