CAPÍTULO 7 - A Estranha Anciã

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No dia seguinte, já à noite... lia se reúne novamente com os vampiros, mostrando uma notícia em um jornal e falando bem irritada:

— Vejam a encrenca que vocês nos colocaram! Encontraram os corpos no beco e a polícia está investigando o que teria dilacerado aqueles dois.

Crispin pega o jornal e observa atentamente a notícia e a foto dos dois bandidos que eles mataram, depois entrega o jornal para os outros também verem, então fala:

— Poxa! Devíamos ter queimado os corpos, não imaginei que encontrariam os cadáveres naquele beco escuro.

— Escuro porque era noite, imbecil. — Diz Lia revirando os olhos e batendo na testa.

— Além do mais, como conseguiríamos queimar os cadáveres? — Pergunta Josué acendendo um cigarro.

— Talvez com as cinzas do seu cigarro (cof, cof)! — Responde ironicamente Russel tossindo incomodado com a fumaça.

Carlos olha descaradamente para Crispin, dizendo:

— Acho que bem melhor que as cinzas do cigarro do Josué, seriam as cinzas do irmão do Crispin.

Crispin olha para Carlos expressando um ódio profundo em seu olhar, em seguida olha para Lia e abaixa a cabeça tentando se controlar. Lia olha para os dois bem séria, enquanto Carlos dá uma risada sínica abrindo os braços, perguntando o porquê de estarem o encarando se só falou a verdade.

— Carlos, eu já estou perdendo a paciência com você! — Diz Lia começando a ficar com os olhos vermelhos. — Já mandei você parar com essas gracinhas!

Russel apoia Lia dizendo que não deviam ter deixado aqueles corpos expostos. Agora serão alvo fácil para os caçadores se descobrirem, que aliás, já descobriram. Já Rodolf diz que agora é tarde para se lamentarem, pois não tem como voltar atrás o que já foi feito e pede que Lia der uma sugestão sobre o que eles farão a respeito. Ela responde que não sabe, com um ar de preocupada, olhando de lado. Russel pergunta se terão que se mudar novamente para despistar os caçadores. Lia responde que não será necessário. Carlos se indigna e fala bem alto:

— Como assim não será necessário, está querendo que os caçadores nos encontrem?

— Baixe o tom quando falar comigo! — Diz Lia encostando o dedo na face de Carlos. — Por enquanto estamos seguros, os últimos caçadores que cruzaram nosso caminho aqui no Brasil foram derrotados. Depois deles nunca mais vi falar de caçadores por essas bandas.

— Você está entrando em contradição. — Diz Russel meio que preocupado com essa situação. — Da outra vez nos mandou tomar cuidado e agora vem dizendo que está tudo bem! Está acontecendo algo muito estranho com você! Pode nos contar o que está havendo?

Lia levanta a cabeça, suspira bem fundo e com um ar de riso fala que gostou de morar naquele local e que fez amizade com alguns humanos. Todos se espantam com essa confissão. É certo que eles tem andado junto com humanos de vez em quando, participando de festas e tal, mas jamais se aproximaram o bastante a ponto de ter algum tipo de relacionamento ou amizade. Crispin fica muito preocupado, pegando nos dois ombros de Lia e olhando espantado em seus olhos, diz:

— Está louca? Sabe muito bem que não podemos ter aproximação com os humanos!

Russel também fica cismado e apoia Crispin, dizendo que ele tem razão, pois a aproximação excessiva com os humanos pode por em risco seus disfarces e chamar a atenção dos caçadores e ainda corre o risco desses humanos que se dizem amigos forem caçadores disfarçados. Não vale a pena correr tão alto risco.

Dark Thoughts - O Despertar do Anjo (volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora