17. 𝙰𝚜 𝚁𝚎𝚐𝚛𝚊𝚜

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𝑯𝒂́ 𝒍𝒐𝒏𝒈𝒐𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒏𝒅𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒔𝒊𝒍𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒄𝒂𝒎𝒑𝒖𝒔, lado a lado e a última coisa que me preocupa é o facto de estar a faltar à minha aula

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𝑯𝒂́ 𝒍𝒐𝒏𝒈𝒐𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒏𝒅𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒔𝒊𝒍𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒄𝒂𝒎𝒑𝒖𝒔, lado a lado e a última coisa que me preocupa é o facto de estar a faltar à minha aula.

O silêncio custa, mas estranhamente prefiro sentir-me desconfortável com ele do que nem sequer estar perto de Michael. É a primeira vez que me sinto estranha com ele, parece que toda a nossa cumplicidade desapareceu. Não há brincadeiras, provocações ou toques, apenas silêncio constrangedor.

Olho-o pelo canto da minha visão periférica e apanho-o a fazer o mesmo que eu. Michael percebe, ainda que eu esteja de óculos escuros, que estou a olhar para si e desvia os olhos verdes, metendo as mãos nos bolsos da sweatshirt preta que usa hoje.

Tento não me focar no quanto também ele parece cansado.

- Os rapazes sabem que vieste falar comigo? – Pergunto, quebrando o silêncio. Alguém teria de o fazer, mesmo que ache que deveria ter sido ele, visto que foi ele a vir ter comigo. Mas existem momentos em que devemos ser orgulhosos e este não é uma dessas exceções.

- Sim, eu avisei-os. – Michael responde, assentindo e chutando uma pedra que encontra pelo caminho com a ponta do seu all-star preto.

- E o Luke, como reagiu a isso? – Controlo-me para que o meu tom de voz não seja demasiado arrogante ao mencionar o loiro.

As poucas horas que consigo dormir durante a noite são passadas a reviver o momento em que Luke me atacou. São recorrentes os pesadelos em que o desfecho da noite é completamente diferente e assustador, ao ponto de acordar completamente suada e exausta.

Ontem à noite quase dei um soco no rosto da Dove que me ouviu a gritar enquanto dormia e tentava acordar-me. Ela ficou tão assustada como eu com o que poderia ter acontecido caso não me tivesse apercebido a tempo que era apenas ela.

- Ele não tem de ter opinião sobre nada. Só tem de aceitar. – Michael responde e olha-me por breves segundos, avaliando a minha expressão que mantenho séria. – Conheço o Luke e o Cal desde a minha infância, o Ash desde os anos do liceu. Somos como irmãos e, apesar de o Ash ser o mais velho, o Luke é quem sempre tentou proteger-me de tudo. – Michael começa a explicar e eu oiço-o em silêncio. - Mas... Aquilo que ele te fez naquela noite... Eu ainda não acredito que ele foi capaz de o fazer. Não compactuo com esse tipo de comportamentos e ele passou dos limites. E tu... Só te defendeste.

Na manhã seguinte ao concerto, os meus braços estavam todos roxos. Hoje, as marcas das mãos de Luke estão a começar a ficar esverdeadas e, apesar do calor, tenho tido o cuidado de usar blusas com mangas compridas como a que vesti hoje. Não quero que ninguém, nem mesmo o Luke, vejam o que ele me fez.

- Mas também não o impediste. – Não consigo impedir a minha língua demasiado grande. Nenhum dos meus amigos foi capaz de impedir o Luke de me magoar. Apenas observaram.

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⏰ Última atualização: Jan 29, 2024 ⏰

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