- Você enlouqueceu?! - Kaveh dava um pequeno grito quando ouviu que Tighnari aceitara a proposta de ser contratado como jardineiro.
- Fala baixo! Ou você quer que nos expulsem do hospital? - Tighnari gesticulava exasperado.
- Mas isso é uma bizarrice total, você não pode estar falando sério. - o loiro baixou o tom de voz.
- Você já viu o quanto de dinheiro eu vou precisar para o tratamento da Collei e ainda reconstruir a floricultura? Esse salário vai ser ótimo. - o feneco explicava suas razões enquanto algumas pessoas que passavam no corredor olhavam para eles.
- Mas a gente dá um jeito, você já percebeu que essa casa fica lá nos cafundós? - Kaveh apontou no seu celular a localização da mansão Cohen.
- Não é nos "cafundós" é uma mansão em um sítio um pouco afastado só. - Tighnari olhava embaraçado para seu amigo que estava com uma expressão engraçada no rosto.
- Você não pode estar falando sério. - Kaveh colocou sua mão na testa.
- Kaveh confia em mim, isso vai dar certo. - o orelhudo fala fazendo com que o loiro o olhasse nos olhos mas sem tirar a mão da testa.
- Tudo bem, não é como se você fosse desistir de qualquer jeito. - Kaveh dá um sorriso amarelo.
O orelhudo põe a mão no ombro do amigo tentando fazer com que ele se acalmasse um pouco.
- Vai dar tudo certo, você vai ver. - Nari sai do corredor indo ao banheiro.
Tighnari disca o número do cartão e põe o celular no ouvido como se fosse um humano normal mas devido a sua boa audição ele conseguia ouvir perfeitamente bem.
- Mansão dos Cohen o que você quer? - fala uma voz que não é a de Paul.
- Ãn eu sou Tighnari, me pediram para ligar para esse número e--
- Ah sim, Tighnari sei, você já tomou sua decisão? - era uma voz um tanto jovem.
- Sim, eu aceito trabalhar para os Cohen. - o feneco prende a respiração por um segundo pensando no que tinha feito.
- Ótimo, vou pedir para o meu motorista ir te buscar. - o estranho finaliza a chamada sem mais nem menos.
Tighnari fica parado fitando seu celular pensando se havia mesmo feito uma boa decisão. "E se Kaveh estiver certo?" ele pensa nervoso.
Mas uma imagem de Collei na maca e sua floricultura destruída fez com que o orelhudo tirasse esses pensamentos da cabeça e fosse para a saída do hospital.
Antes de ir Nari avisou Kaveh, que concordou em ficar com Collei até o trabalho do loiro começar. Saindo do hospital Tighnari logo reconhece o carro que Paul foi vê-lo no dia passado. Ele se dirige até ele abrindo a porta de trás do carro e entrando.
- Fiquei feliz quando soube que aceitou o emprego. - ele deu partida no carro e logo saíram.
- As minhas coisas-
- Não precisamos ir buscar, hoje você só vai conhecer a mansão e o jardim. Seu trabalho de verdade começa amanhã. - Paul explica calmamente.
Um silêncio constrangedor paira no ar e Tighnari desconfortável quebra ele.
- Você sabe com quem eu falei quando telefonei? - o feneco mexia em suas orelhas.
- Foi com o filho mais velho do senhor Cohen, o nome dele é Cyno e seu irmão mais novo é Samir. - Paul falava enquanto dava a seta para virar a esquerda.
- Ele não parece muito amigável, pelo menos no telefone não. - Nari apertava cada vez mais suas orelhas.
Paul cai na risada ouvindo Tighnari e logo começou a explicar.
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Meu lindo monstro I Cynonari
FanficTighnari é dono de uma pequena floricultura que ama muito, mas após um desastre se vê forçado a aceitar uma proposta de emprego que um homem oferece. Tighnari suspeitava, salário bom, localização boa, tudo era bom demais. Só o que ele não suspeitava...