XII

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Tighnari retorna a mansão depois de uma longa noite repetindo o mesmo processo do dia anterior com sucesso. Meio cansado por ter ficado acordado a noite inteira ele cambaleia pelas escadas rumo ao quarto de Cyno, onde o havia visto pela última vez.

Quando ele chega vê que a cama ainda estava desarrumada mas o moreno não estava mais a vista. Ele sai do quarto vendo Zaíra do outro lado do corredor com uma expressão de angústia olhando para um cômodo.

- Ele está ali. - se direciona a Tighnari.

Atravessando o corredor e parando ao seu lado percebe que o cômodo em que ela estava olhando era o antigo quarto de Samir e quem estava dormindo em sua cama era seu irmão mais velho. Nari se aproxima cuidadosamente para não acordá-lo e percebe que o moreno estava deitado agarrado à uma pelúcia de crochê com sua aparência.

Um sorriso triste passa por seus lábios e ele resolve tirar delicadamente a pelúcia e tomar seu lugar. O feneco se aconchega em seus braços fechando os olhos para descansar, enquanto Cyno acorda e vendo quem era encostou o queixo na cabeça de Tighnari o abraçando um pouco mais, como se não quisesse deixá-lo ir mais.

Nari acorda com um pequeno barulho vindo da porta, afinal quando se tem a audição de um animal pode se acordar com qualquer coisa, ele abre os olhos aos poucos tentando se levantar mas é impedido pelos braços que o estavam rodeando.

- Cyno? - chama.

- Hm. - murmura ainda com os olhos fechados.

- Me deixe levantar. - tenta se reerguer mas não consegue.

- Por que? Tá aconchegante assim.

- A questão é o horário, sua avó já deve ter feito o almoço.

- Como você sabe? - o questiona.

- Porque tem um relógio de parede na minha vista.

Cyno finalmente abre os olhos e vê o relógio grudado na parede mostrando que era meio-dia. Por fim vencido ele solta Tighnari que senta na cama se espreguiçando.

O feneco olha para Cyno e percebe que o mesmo não devia ter dormido muito bem por conta das olheiras escuras, seus olhos inchados e o olhar cansado.

- Vamos então? - o moreno pergunta calçando seu tênis.

Tighnari assente com a cabeça um pouco sentido pelo seu amado mas com o pensamento de que se ele for comer algo certamente irá melhorar. Os dois descem em silêncio chegando na sala vendo que Zaíra estava dormindo com um pequeno xale por cima fazendo de cobertor.

Cyno vai até ela e deposita um travesseiro em seu pescoço para ficar mais confortável e a beija na testa.

- Não vamos incomodá-la, quer ir almoçar fora? Acho que estou precisando sair daqui um pouco.

- Claro eu concordo.

Assim os dois entram em mais um carro caro de Cyno e vão para a cidade. Chegando lá eles vão até um restaurante, Cyno pede um bife a parmegiana e Tighnari um strogonoff.

- Você tem se sentido bem Cyno? - ele pergunta assim que o garçom vai embora com seus pedidos anotados.

- Tenho, poderia ser pior. - fala na tentativa de não preocupar o outro.

- Estou falando sério não quero que guarde as coisas para si mesmo, não vai te fazer bem.

O moreno hesita antes de responder.

- Me sinto estranho, não sei explicar, é como se tivesse um buraco dentro de mim que está se expandindo por todo o meu corpo me consumindo por dentro até não conseguir respirar.

Meu lindo monstro I Cynonari Onde histórias criam vida. Descubra agora