Capítulo 29

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            Roseanne Park

Precisei de muito tempo trancada no meu quarto para não arrebentar a cara da Lalisa. Eu chorei um pouco. Admito. Sou mulher o suficiente para admitir quando choro. E eu chorei. Por mulher.

Aí que RIDÍCULO.

Gastar minhas preciosas lágrimas com alguém que não merece. Tudo bem, ela merece um pouquinho.

Mas só um pouquinho mesmo.

Eu só entendo, a sua necessidade em querer me machucar do nada. Estava tudo bem, nossa relação estava fluindo, sexualmente, emocionalmente, fisicamente, tudo que possua mente.

Contudo, ela fez questão de estragar tudo de bom que estava fluindo entre nós. Acrescentando essa mulher no meio.

Como alguém pode ser amiga tão próxima de outra pessoa do dia para a noite?

É praticamente, comprovado fisicamente que uma amizade entre mulheres na faculdade, sempre vai ter um interesse amoroso de ambos os lados ou de pelo menos uma delas. Eu não sou tão idiota. Possivelmente, o interesse despertou entre elas e ela não pensou duas vezes em aprofundar as coisas.

Aproveitando tudo que eu o ensinei sobre sexo e mulheres.

Que ódio meu Deus.

Como pude ser tão burra, imatura e deixar que ela me enchesse de ilusões assim?

Respirei fundo passando os canais da TV acabo rapidamente. Eram todos idiotas e sem nada importante o suficiente para prender minha atenção. Não havia nenhum canal que prestasse o suficiente. Não sei nem, porque tenho essa merda ainda. Nada de bom passa quando eu preciso.

— INFERNO! — Joguei o controle na parede com toda a minha força, tentando descontar minha raiva e me enfiei embaixo das cobertas. Cobri minha cabeça e meu corpo por completo não deixando para fora e afundei o rosto no travesseiro soltando um grito agoniado.

Alguns minutos se passaram e batidas na porta ecoaram pelo quarto. Continuei na mesma posição. Não queria atender ninguém, muito menos escutar Kina me dando sermão.

Já que agora, ela sempre fica do lado do Lisa independente de qual seja a situação e se ela está realmente certa. Ela sempre arranja um jeito e me coloca como a vilã da história e a Lisinha a princesa encantada que precisa ser salva.

Mas querendo ou não, eu quem fiz isso.

A transformei em uma mulher perfeita. E besta seria, aquela que fingi que ela não mexe consigo.

Outras batidas. Dessa vez mais fortes e frenéticas.

Tentei manter o silêncio e fingir que estava dormindo, mas a porta parecia estar sendo empurrada com força, forçando os parafusos.

— O QUE É MERDA? — Gritei abafado, mas não me levantei. E não pretendia. Porém, como tudo nessa vida não é como desejamos...

Os esmurros continuaram e eu levantei sem pensar duas vezes e a arreganhei dando de cara com a pessoa que eu não quero, ver nesse momento.

Isso mesmo senhoras e senhores.

Lalisa Manoban.

Eu já estava pronta para gritar com ela e descontar toda a minha raiva marcando deu rosto com minhas enormes e delicadas unhas. Contudo, seu corpo se chocou contra o meu com força e eu precisei me segurar nela para não cair para trás. Os braços abraçando meu corpo com força, como se não quisesse me soltar. Como se ela necessitasse daquilo para sobreviver e respirar. Me apertando contra si, me fazendo obrigatoriamente escutar seu coração batendo de forma descompassada.

Yes, mommy | chaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora