Capítulo 33

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Roseanne Park

Eu queria mesmo acreditar nas palavras dela, queria mesmo, mas era difícil eu virar a cara outra vez.

— Não me venha com mentiras, Lalisa. Eu cansei desses joguinhos e de suas enganações. Você só pode estar pensando que eu sou idiota, não é? Que eu não vou largar de você? Pois, está muito enganada, se eu quiser, eu saio por essa porta agora, e nunca mais olho na sua cara.

Eu não tenho certeza se faria algo assim. Mas não vou deixar que nenhuma mulher, me trate como ela está me tratando. Enfiando diversas dúvidas na minha cabeça e me fazendo pagar de maluca.

Não é assim que eu quero que nosso relacionamento seja. Se... ainda existir relacionamento, já que ultimamente estamos afastadas.

— Não diga merda! Você percebeu o que acabou de falar? — Lalisa riu em deboche e se apoiou na mesa de escritório ao seu lado. — Eu não acredito que você ainda acha, que depois de tudo, eu ainda consigo gostar de outra pessoa. Eu me entreguei para você, Rosé, eu... eu... eu fiz tudo que você me pede, não porque eu me sinto obrigada, ou penso que devo fazer isso... é porque eu quis, é porque eu quero.

— Como você quer que eu acredite nisso, Lalisa? Depois de tudo, você ainda quer que eu acredite em suas palavras? Tzuyu parece tomar meu lugar a cada dia, e você não faz nada para mudar isso. Ela subiu daquela inferno de palco e simplesmente, agiu como se fosse sua namorada e você, em vez de tentar cortar, só entrou na pilha.

Eu podia sentir meu sangue começando a se esquentar novamente.

— Você quer que eu pare de falar com ela? Quer que eu saia da faculdade? Mude de turma? Eu faço, Park.

Eu não quero ter o controle da vida dela, não é isso. Eu apenas quero ser respeitada. Não é comum, minha namorada, agir de tal forma com outra mulher.

— A questão não é essa, Lalisa, eu só... não confio em você, com ela, entende? As coisas podem acontecer, e você parece sempre estar pensando nela, e agindo como se ela fosse a melhor pessoa do mundo, e isso não me traz confiança alguma.

Lisa pensou um pouco de cabeça baixa. Ela entende meus motivos e sabe que passa dos limites algumas vezes; Um relacionamento, deve ser inteiramente democrático. Devemos sempre pensar nas duas e não em nós mesmas. Eu pelo menos, acredito que deve ser assim. Lalisa é de longe o meu primeiro relacionamento pessoal, que me afeta tanto assim. E se não soubermos lidar com isso, no final, não vai adiantar de nada, e eu, quem estarei com o coração nas mãos.

— Tudo bem. Eu vou tentar pensar mais em você, e ver o que te machuca, Unnie. — Ela me olhou como um cachorrinho sem dono e se aproximou devagar, enquanto eu, tentava não ceder aos seus toques. — Eu não vou deixar que você pense algo ruim de mim, eu prometo, tudo bem?

Suspirei cansada enquanto suas mãos acariciavam cada lado do meu rosto. Seus dedos quentes tocavam minha pela me causando arrepios, e eu queria muito me entregar a ela e principalmente, me aproveitar de cada cantinho e cada parte do seu corpo. Seus dedos e seu cheiro, eram como um ímã que me puxavam ainda mais para perto de si e me corrompia.

Porém, eu serei forte dessa vez.

— Preciso pensar um pouco. — Me afastei antes que votasse atrás em minhas palavras. — Eu não quero que você vá embora, Lalisa, mas eu acredito que precisamos de um tempo, sozinhas, você entende?

Lisa concordou com a cabeça enquanto olhava para seus próprios pés. Eu não queria vê-la assim, mas isso vai ser bom para nós duas.

Eu quero muito confiar nela, e acreditar que ela não faria nada para me magoar, mas suas atitudes, tendem a me deixar cada vez mais indecisa.

Yes, mommy | chaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora