Capítulo 49

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Lalisa Manoban

— Temporário? Isso não parece temporário para mim! Ela se lembra de quase todos, mas o principal, ela esqueceu, como você quer me dizer que essa perda de memória é temporária?

— Sra. Manoban, você precisa se acalmar. Park esteve em coma por muitos meses, sua mente esteve desligada pro todo esse tempo, é comum casos assim acontecerem. Ela só precisa exercitar sua mente e ela irá se lembrar de você. Tenha paciência.

— Tudo bem, doutor. Obrigada, — Suspirei tentando associar tudo. Ela acordou, isso é o mais importante. Não importa se ela não se lembra 100% de mim, o importante, é que ela acordou. Para mim, isso já basta.

  A olhei de canto de olho enquanto retirava todos os quadros do quarto. Nossas mães estavam lá. Jennie e Jisoo também. Ela se lembrava de todos elas. Menos de mim, ela não conseguia se lembrar totalmente de mim.

— Você é filha do meu pai, não é? Eu me lembro um pouco. — Ela sorriu olhando para mim. Tão bela, como eu queria abraçá-la com tanta força, eu só queria poder toca-la novamente. — É Lal... Lisa! Meu pai pediu para você ficar comigo um tempo.

  Forcei um sorriso enquanto concordava com a cabeça. Ela se lembrava de pouca coisa. Muito pouca coisa. Mas já era um começo.

Rosé sorriu e estendeu a mão em minha direção. A apertei suavemente. E não pode deixar de fazer um carinho em sua palma. Ela retribuiu, apertando minha mão de leve, mas me afastou logo em seguida voltando a prestar atenção nos detalhes que as meninas lhe davam sobre a empresa.

  Aquilo me magoou um pouco. Mas não a culpo. Ela está perdida. Não é como se fosse se lembrar de tudo de uma vez. Suas lembranças relacionadas a mim, e aos últimos dias antes do acidente, voltaram gradualmente.

Park não se lembra do que aconteceu com nosso pai. Ela não se recorda de tudo que ele fez. E o trata como uma pessoa normal.

O médico alertou que não devemos contar nada a ela. Isso vai bagunçar suas lembranças e ela pode acabar se esquecendo de verdade. Precisamos deixar que ela se lembre sozinha. Sem ajudas. O máximo que podemos fazer é dar pistas, mostrar fotos e esperar que ela se lembre. O único problema, é que eu e Park não tiramos muitas fotos, e como nosso romance era escondido, não existe nada que eu posso fazer para que ela se lembre. Eu havia deixado os quadros, mas ela nem os notou.

Park está diferente. Não está tão irritada quanto sempre foi, e ela está sorrindo mil vezes mais.

Me pergunto, se a falta de lembrança sobre mim, tenha causado essa alegria. Imagina, se eu quem era o motivo dela estar tão nervosa todos os dias? Isso é algum tipo de sinal? Que ela não deve ser lembrar de mim? Que é melhor assim? Tudo seja esquecido?

  Eu não devo ser egoísta ao ponto de querer continuar a machucando. Se o universo, acha melhor que as coisas sejam assim, eu não irei lutar contra ele.

Quero que ela seja feliz, mesmo que eu não esteja ao seu lado.

  — Eu volto outro dia. — Sorri fracamente enquanto juntava o resto de minhas coisas. Pude notar o olhar que elas lançavam em mim direção, sentiam pena. Elas sabem o quanto queria que ela acordasse. Pelo menos, ela lembra meu nome. — Até mais, Chae, eu espero que você melhore.

Quebra de tempo

Narrador on

Lisa voltou para casa de Park naquele mesmo dia. Ainda não tinham terminado de ajeitar. Lisa dedicaria seu tempo, a isso agora. Arrumar o lugar, onde Park iria morar.

Yes, mommy | chaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora