• 27 •

2.3K 137 18
                                    

PONTO DE VISTA MATUÊ

Acordo sentindo o clarão em meu rosto e não consigo abrir meus olhos, me tampo com o cobertor e vejo por baixo das cobertas que eu estava pelado. Tento abrir os olhos, olho para o lado e vejo Beatriz me encarando com cara de sono.

— Bom dia, eu acho? — Ela diz com sua voz rouca, literalmente, não saiu nada.

Suspiro fundo, lembrando da noite passada e puxo seu corpo junto ao meu, percebendo que ela também não vestia nada.

— Como dormiu? — Pergunto, passeando com minha mão por todo seu corpo quente.

— Perfeitamente bem e você? — Seus olhinhos piscam rapidamente e ela sorri para mim.

— Nunca dormi tão bem, gatinha. — Acaricio seu rosto. — Você me deixou maluco!

— Devo dizer o mesmo! — Repete com o fiasco de voz.

— Essa foi uma das melhores noites da minha vida, tá ligado? — Olho nos seus olhos.

— É? — Ela apoia o cotovelo na cama, segurando a cabeça com a mão.

— É. — Concordo, sorrindo, passando minha mão pelas suas costas nuas. — Que tal um banho? Você está bem fedida.

— Sério? — Beatriz pergunta preocupada, me fazendo rir.

— Lógico que não! — Me sento na cama, deixando total visão das minhas costas para ela. — Vou ligar a banheira para a gente, o que acha?

Ela concorda com cabeça e então me levanto caminhando até o banheiro. Abro o registro deixando a água correr pela banheira, vendo o vapor começar a subir. Me sento na beira, esfrego meu rosto e um sorriso aparece nos meus lábios, lembrando da noite passada.

— Eu tô cagado de fome! — Alguns minutos depois, apareço na porta do banheiro pelado, fazendo-a largar o celular e me olhar de cima para baixo.

— Que forma elegante de dizer que está com fome. — Ela ri, se sentando na cama. — Posso pedir o café da manhã aqui no quarto?

— Por favor! — Respondo e ela pega o telefone do quarto para ligar ao restaurante do hotel.

Enquanto Beatriz tenta conversar em espanhol, apenas me encosto no batente da porta e a observo conversando, caramba, era a mulher mais bonita do mundo e eu acho que estou apaixonado.

Sou muito sortudo.

— Pronto. — Soa meiga quando coloca o telefone no lugar. — Vira para lá! — Pede com a mão e eu solto um riso nasalado, nem parece que eu estava fodendo ela ontem.

Entro na banheira, sentindo meu corpo se arrepiar pela água quente e um alívio me percorrer.

— Fecha o olho. — Grita da porta do banheiro.

— Beatriz, eu já te vi pelada! — Lhe olho rindo.

— Eu sei, mas... Ah, tudo bem. — Desiste e entra no banheiro completamente pelada, amasso meu pau, tentando não o deixar acordar. — Também não precisa ficar olhando assim.

— Estou admirando. — Seguro sua mão para lhe apoiar enquanto entra.

— Isso está pelando Matheus. — Reclama assim que coloca o pé na água. — Você vai descamar.

Rio da sua frase, abro a água gelada atrás de mim, tentando deixar a água mais fria.

— Vem aqui! — Puxo sua mão, fazendo-a deslizar pela banheira até seus quadris grudarem com os meus.

O Demônio Veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora