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— O que você está fazendo aqui? — Sussurro para não acordar ninguém, eu nem sabia que horas eram.

— Beatriz? — Ouço sua voz meio preguiçosa. — Vim com o Teto, perdi o sono e ia sair para caminhar.

— Quantas horas são? — Tento lhe enxergar, mas estava escuro e, ao mesmo tempo, ainda tentando raciocinar porque ele estava aqui.

— Acho que três e meia. — Responde baixo também. — Foi mal aí, não queria incomodar.

— Está tudo bem, vou dormir. — Digo saindo dali, mas ele puxa meu braço.

— Espera aí. — Sinto sua respiração perto da minha e meu coração dispara, eu ainda segurava o copo vazio na minha mão, que tremia com os meus dedos trêmulos.

Sinto sua respiração quente bater nos meus lábios e minha nuca se arrepiar quando seus dedos afundam nos cabelos ali. Sua mão, afundada nos meus cabelos, puxa minha cabeça para trás e seus lábios atacam meu pescoço. Abafo um gemido, apertando minhas coxas, enquanto um calor percorria meu corpo. Por minha sorte, a casa estava totalmente escura, pois se não fosse, seria visível o quão entregue eu estava.

Sua mão enlaça minha cintura, grudando nossos corpos, e ele faz questão de se esfregar em mim, mostrando o quão duro estava. Como se algo encostasse em minha cabeça e dissesse "Beatriz, o que você está fazendo?", eu dou um pulo e empurro seu peito para longe.

Saio correndo no escuro até meu quarto e tranco a porta atrás de mim. Troco meu pijama, que estava molhado, e tento voltar a dormir, mas existia um calor surreal no meu corpo e parecia que meus olhos estavam arregalados e não fechavam por nada. Preciso dormir, tenho que acordar às seis da manhã para pegar o helicóptero para a fábrica.

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— Nossa como sou lindo de costas! — Eduardo diz enquanto posto os stories, ele estava quase quebrando o pescoço para olhar meu celular

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— Nossa como sou lindo de costas! — Eduardo diz enquanto posto os stories, ele estava quase quebrando o pescoço para olhar meu celular.

— É feio igual de frente, de lado, de cima, de baixo... — Implico guardando meu celular para decolar.

Depois de uma hora eu consegui dormir ontem após ter trombado com Matheus em minha casa, eu acordei atordoada sem entender o que ele estava fazendo lá, então mandei mensagem para Ju. Ela me explicou que os dois estavam juntos no hotel, mas ele não queria dormir lá sozinho, então veio com o Teto, o que me tirou leves risadas sinceras.

Ao chegarmos na fábrica fizemos o mesmo caminho de toda quinta-feira, visitar as produções, visitar a gráfica, visitar os funcionários e almoçar no refeitório. Era uma rotina que eu gostava muito apesar de ser cansativo, foi isso tudo pela manhã em Minas Gerais. Depois do almoço voltamos para São Paulo e acompanhei minha mãe em um podcast no prédio da moeda, era um escritório super moderno e muito bonito de se ver.

O Demônio Veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora