• 13 •

1.9K 132 11
                                    

— Karla Marques!

Abro meus olhos com dificuldade, escutando a gritaria e a correria no corredor dos quartos. Me aconchego no colchão, abraçando meu travesseiro.

Espera, esse não é meu travesseiro.

Me levanto um pouco observando o corpo de Matheus de costas para mim, porra, eu estava fazendo uma concha com ele. Me afasta imediatamente e me sento no colchão.

— Vou te matar mãe! — Escuto a voz de Juliana e então vários passos pelo corredor.

Acabo soltando um riso percebendo que minha mãe realmente se vingou por ontem.

— Ei! — A voz rouca de Matheus se faz presente, me viro para trás o vendo se virar para mim com os olhinhos fechados.

Ele puxa meu braço, me fazendo cair ao seu lado. Solto uma risada nasalada e me aconchego ali fazendo um carinho no seu rosto. Tudo bem, era só um carinho.

— Eu ficaria aqui uma eternidade. — Ele diz depois de alguns minutos me fazendo dar um pulo de susto. — Foi mal aí.

Ele abre os olhos e me encara.

— Seu sono é muito pesado. — Comento ainda grudada com ele, eu estava gostando. — Minha mãe, Juliana e Teto estavam correndo e pelo corredor.

— É... Não escutei. — Ele fecha os olhos e sorri.

— Vamos descer para tomar café? — Pergunto e ele nega com a cabeça, sua mão segura a minha e leva ao seu rosto me obrigando a continuar a carícia.

Depois de alguns minutos enrolando, descemos encontrando todos na área da piscina, a mesa da área externa estava posta para o café da manhã.

— O que foram os gritos? — Me sento no banco alto em volta da mesa.

— Minha mãe entrou no quarto e colocou chantilly na nossa cara! — Ju dispara, brava.

— Eu disse que haveria troco! — Ela aponta para os dois. — E vocês quatro que me aguardem! — ela aponta meus irmãos, eu e Matheus.

— Eu já esperava, então tranquei a porta do quarto. — Sorrio orgulhosa, colocando suco no meu copo.

— Foi para isso mesmo? — Pedro diz me fazendo pegar uma bolinha de uva e jogar nele.

— Sem brincar com comida. — Karla repreende e olho para Matheus rindo ao meu lado, ele havia gostado.

Ficamos ali comendo e conversando por alguns minutos, mais tarde, resolvemos entrar na piscina.

— O que está achando do meu amigo? — Teto se aproxima de mim na piscina enquanto Ju e Matheus conversavam distante.

— Ele é legal...

— Porra, legal?

— Mas estou conhecendo ele agora, ele é um cara divertido, mas precisamos passar mais tempo juntos. — Respondo.

— Então quer dizer que quer ver ele mais vezes? — Teto sorri de lado com o olhar sapeca.

— Por que não? — Dou de ombros. — Ele me chamou para o Rio, você vai?

— Não vou poder, tenho show em outro lugar... — Ele responde cabisbaixo e então percebo que seria só nós dois na viagem que ele me convidou. — Meu mano tá curtindo você...

— Tu conversa pra caralho em irmão? — Matheus se aproxima entrando no meio de nós dois, me fazendo rir.

— Irmão, estava colocando o seu na reta já que você não faz. — Teto se afasta rindo.

O Demônio Veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora