Frisk vs Papyrus.

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Eu pov:

Descansou por algumas horas naquela pousada. Não conversou com Chara desde aquele momento em que ela viu seu corpo e suas cicatrizes. Não que Frisk estivesse irritado com ela. Era Chara que não havia surgido no quarto para poder conversar com Frisk caso quisesse. De qualquer forma, o garoto não estava muito preocupado com isso. Tinha que voltar pra casa e por isso saiu da pousada, mas não sem antes de agradecer pela hospedagem. Após isso, seguiu caminho em frente para sair de Nevada.

Frisk: ... -Mais a frente, ele viu uma silhueta. Era quase impossível de enxergar quem era por conta da súbita neve que havia surgido naquele lugar. Frisk esperou que a figura falasse.

???: Humano. Me permita falar a você sobre alguns sentimentos complexos.

Era Papyrus. Frisk o reconheceu na hora. Não o interferiu e por isso apenas ficou calado.

Papyrus: Sentimentos como a alegria de encontrar outro amante de espaguete. A admiração pela habilidade de resolver charadas um do outro. Desejo ter ao lado alguém que te ache inteligente e legal. Esses sentimentos devem ser o que você está sentindo.

Frisk não disse nada. Sinceramente, só tentou não soltar uma leve risada. Provavelmente era assim que Papyrus estava se sentindo. Mas Frisk não estava zombando dele. Papyrus era um cara legal. Então, ele não se importaria se Papyrus pedisse para ser seu amigo.

Papyrus: Eu nem consigo imaginar como deve ser se sentir dessa maneira. Afinal eu sou muito grandioso. -Se Papyrus pudesse ver Frisk direito, ele veria que Frisk estava se contendo pra não rir. Não pra debochar de Papyrus mas sim porque ele sabia que Papyrus queria ser seu amigo mas ele não estava conseguindo dizer isso sem enrolar muito. -Eu nunca imagino como ter poucos amigos deve ser. Não se preocupe, humano. Você não será mais solitário. Eu, o grande Papyrus, serei seu...

Frisk iria apreciar o momento. Papyrus seria seu primeiro amigo monstro. Bem... Isso até ele notar uma breve pausa. Foi nesse momento que ele suspirou. Aparentemente, o desejo de se tornar um guarda real gritou mais alto.

Papyrus: Não! Isso está errado! Eu não deveria ser seu amigo. Você é um humano. Eu devo capturá-lo! Então eu poderei realizar o sonho da minha vida! Eu serei poderoso, popular, prestigioso! Esse é Papyrus! O mais novo membro da guarda real!

Após essas palavras, tudo ficou escuro. Frisk soube exatamente o que iria acontecer. Sua alma surgiu mas ela tinha algo diferente. Uma pequena estrela estava no centro dela e pulsava constantemente. Nesse exato momento, os olhos dele ficaram dourados e suas pupilas haviam se tornado brilhantes estrelas de cor branca. Assim que Frisk encarou Papyrus novamente, sentiu algo diferente. Seus olhos viam a alma, pontos de pressão, aura e até mesmo a magia que havia em Papyrus. E então, toda essa magia, foi salva, no cérebro de Frisk.

Frisk: ... -Quando viu, tinha um osso afiado em sua mão. Não era apenas isso. Chamas envolviam aquele osso. E elas tinham uma coloração azul que variava também pro vermelho. -Que estranho...

Papyrus ficou um tanto surpreso. Como Frisk havia invocado aquele osso? E desde quando ele sabia usar magia de fogo? Bem, ele tirou esses pensamentos de sua mente e então tocou no chão. Após isso, vários ossos foram na direção de Frisk em alta velocidade. Frisk fez o mesmo que Papyrus e então os ossos se chocaram mas foram os de Frisk que prevaleceram. Rapidamente os seus ossos foram até Papyrus e iriam perfurar ele mas Papyrus saltou pro lado e pôde evitar o dano. Após isso, ele fez ossos surgirem ao redor de Frisk.

Frisk: São azuis... -Ele não se moveu. Quando os ossos tocaram nele, simplesmente atravessaram o garoto como se ele fosse um fantasma.

Mas pra surpresa de Frisk, ele se sentiu mais pesado. A alma dele ficou azul e então pôde perceber. Foi uma habilidade de Papyrus.

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