Chara.

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Eu pov:

Assim que retornou do caminho ao qual havia encontrado o pingente de coração e a faca, Frisk decidiu seguir em frente pelo caminho da esquerda. Assim que passou por ele, mais a frente viu uma árvore. Atrás da árvore tinha... Um tipo de casa. E na frente daquela casa, Toriel estava lá.

Frisk: ... -Ele notou que ela ia ligar pra ele novamente mas ele deu um passo a frente e então ela pôde ver Frisk.

Assim que ela viu Frisk, rapidamente foi até ele para checar se ele estava ferido.

Toriel: Como você chegou até aqui, meu pequeno? Está ferido?

Frisk: Apenas explorei um pouco essas ruínas. Você demorou um pouco e eu não tinha muita coisa pra fazer. Então... É. Cheguei aqui. E respondendo a outra pergunta, não. Eu tô legal. E mesmo que tivesse me machucado... Não ia ser tão ruim quanto... Meus anos de experiência.

O que Frisk disse, com total calmaria e serenidade, fez Toriel ficar um tanto chocada. O que ele quis dizer com "anos de experiência"?

Toriel: ... -Ela suspira. -Eu não devia ter deixado só dessa maneira. -Um sorriso então se formou em sua face. -Venha, pequeno. Tem algo lá dentro que irá te agradar.

Dizendo isso, Toriel foi na direção de sua casa. Frisk ficou parado por um tempo. O que Toriel quis dizer com aquilo? Bem... Analisando seu comportamento, ela provavelmente havia feito alguma comida para os dois comerem. Frisk não iria negar que estava com um pouco de fome.

Frisk: Bem... Melhor eu ir. -Conforme ele caminhava, viu outra estrela. Estava próxima da porta de entrada da casa de Toriel. Dessa vez, Frisk foi por si só. Não foi atraído pela estrela mas ele sabia que se tentasse negar se aproximar dela, ela chamaria sua atenção por um bom tempo até que ele finalmente a tocasse.

Após tocar na estrela, sem surpresa alguma, ela havia entrado no corpo do garoto. Só que dessa vez, Frisk sentiu algo diferente. Sem que ele pudesse notar, seus olhos mudaram sua coloração e então passaram a ficar dourado. Sua pupila havia se tornado uma estrela e agora, Frisk conseguia ver o fluxo de qualquer coisa vital. Inclusive, ele estava vendo seus pontos de pressão agora.

Frisk: ... -Ele achou isso um tanto... Estanho. Mas presumiu que isso fosse algo comum vindo do subsolo. Portanto, apenas deu de ombros e então entrou na casa de Toriel.

Assim que entrou, sua visão voltou ao normal. Dessa forma, pôde ver melhor como era aquele lugar. Era arrumado, limpo e organizado. Parecia com a casa de uma senhora de idade, mas de um jeito bom, é claro. Frisk viu aquilo com um olhar tranquilo e aliviado. A decoração daquele lugar lhe fazia se sentir... Nostálgico. Não sabia por quê exatamente mas ele se sentia assim.

Frisk: Hm... -Seu nariz farejou algo no ar. Era uma torta. Nesse momento, a barriga dele deu uma leve roncada.

Toriel: Sentiu o cheiro? Supresa! É uma torta de caramelo e canela.

Ouvindo isso, ele apenas deu um breve sorriso. Toriel servia mesmo pra cuidar de crianças. Tirando as mãos no bolso, ele cruzou os braços e então esperou que ela terminasse de falar.

Toriel: Eu pensei que deveríamos celebrar sua chegada. Eu quero que você se sinta bem, vivendo aqui.

Novamente aquele assunto. Frisk não iria ficar. Ele tinha uma vida na superfície e tinha assuntos que precisava resolver. Tanto pessoais, quanto familiares. Ser descendente de uma linhagem rica não era muito fácil. Ainda mais sendo um descente deles: Os Auditore. Uma família rica mas misteriosa. Nem mesmo o governo tinha suas informações mais importantes. Ninguém sabia suas intenções mas sabiam que essa família era perigosa caso ela te considerasse um inimigo. E Frisk veio dessa família. E era justamente por isso, que ele não teve uma infância lá das melhores. Tirando esses pensamentos da cabeça, Frisk apenas esperou Toriel terminar de falar.

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