O Primeiro Olhar

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Capítulo 1: O Primeiro Olhar

Boun saiu do carro apressado já que havia saído de casa atrasado,como o jovem tinha 17 anos ele já podia dirigir.

Com vários cadernos na mãos,Boun entra na sala de aula de literatura, o ambiente preenchido pelo murmúrio dos estudantes e o ranger de cadeiras. As paredes da sala estão adornadas com citações de grandes autores e retratos de poetas. O ar é pesado com o cheiro de livros antigos e tinta fresca no quadro-negro.

Ao se acomodar em um assento vazio perto da janela, seus olhos varrem brevemente a sala e então encontram os de Prem.

Embora sentados a mesas de distância, uma faísca invisível parece ser acesa no breve momento em que seus olhos se cruzam.

Nenhum dos dois diz uma palavra; não há necessidade.

O olhar é suficientemente eloquente, prenhe de um entendimento não verbalizado que ambos sentem, mas não podem ainda definir.

O mundo ao redor parece congelar, como se até o tempo entendesse que algo notável acaba de ocorrer.

A Sra. Ananya, a professora de literatura, entra na sala com sua aura de seriedade e paixão pelas letras.

O som de seus saltos ecoa no chão de madeira, e o ruído da sala se atenua como se comandado por um maestro invisível.

Ela inicia a aula discutindo as complexidades da poesia, e os alunos mergulham em seus livros e anotações.

Boun e Prem, contudo, permanecem conscientes da presença um do outro.

Cada um secretamente ansioso pelo momento em que seus olhos se encontrarão novamente.

A energia entre eles é quase palpável, como uma carga elétrica que energiza o ar.

A aula avança com discussões animadas e análises profundas de textos literários. O som da voz da Sra. Ananya é como uma melodia que preenche o espaço, mas para Boun e Prem, cada palavra parece ser um pano de fundo para o que eles estão realmente sentindo.

Em meio às palavras de Neruda e à eloquência da Sra. Ananya, os dois jovens encontram-se envolvidos em uma dança silenciosa de olhares e sensações.

A distância entre suas mesas parece ao mesmo tempo imensa e insignificante, como se um fio invisível os conectasse através do espaço cheio de alunos e palavras faladas. Eles não trocam mais olhares durante a aula, mas o primeiro foi o suficiente. É como se uma semente tivesse sido plantada, uma que ambos sabem que tem o potencial de crescer em algo mais.

O sino toca, marcando o fim da aula. Os alunos começam a sair, alheios ao pequeno drama não verbal que acaba de se desenrolar. Boun empacota seus livros lentamente, lançando um último olhar na direção de Prem antes de sair. Prem, por sua vez, também o observa sair, o olhar cheio de uma curiosidade silenciosa e uma antecipação mal disfarçada.

Nenhum deles faz um movimento ou diz uma palavra, mas ambos saem da sala sabendo que algo significativo ocorreu. A faísca que foi acesa não é apenas um produto de sua imaginação; ela é real, palpável, e carregada de um potencial que nenhum deles ainda compreende.

E assim, cada um segue seu caminho, os pensamentos voltados para a aula que virá, onde terão outra chance de explorar esse território inexplorado que se abriu entre eles. A história deles está apenas começando, e o próximo capítulo promete ser tão enigmático e intrigante quanto o primeiro olhar que compartilharam pelo menos naquele momento e naquela hora.

Depois desse breve encontro,Boun foi para suas outras aulas que tinha naquele dia,mas mesmo entre aulas,Boun não conseguia deixar de pensar no moreno misterioso com quem ele havia cruzado o olhar na hora da aula de literatura.

"Devo Estar ficando maluco"pensou Boun balançando a cabeça voltando seu olhar para o caderno onde havia várias anotações.

Ele começou a estudar enquanto a professora não chegava,ele estava entretido estudando quando a professora chegou e começou a dar aula.

A professora entrou na sala com um sorriso no rosto, pronta para começar a aula. Ela notou que ele já estava estudando e ficou impressionada com sua dedicação.

"Bom dia, turma. Vejo que alguns de vocês já começaram. Isso é excelente!", disse ela, enquanto preparava o projetor.

Ele levantou os olhos de seus livros, sorrindo discretamente. Sentia-se um pouco mais preparado para enfrentar o conteúdo do dia, graças ao tempo que passou estudando antes da aula. A professora começou a explicar o novo tema, e ele se sentiu grato por já ter uma noção básica, o que tornou mais fácil o acompanhamento da matéria.

Ao final da aula, a professora distribuiu um exercício para casa. Ele já sabia que poderia fazer aquilo sem problemas. Ele recolheu seus materiais, agradecendo mentalmente por ter chegado cedo e aproveitado o tempo da melhor maneira possível já que já ele queria se ver livre do dever de casa.

Ele decidiu ir para a biblioteca para fazer o dever da professora. Sabia que lá encontraria um ambiente tranquilo e propício para se concentrar nos estudos. Pegou seus livros e cadernos e dirigiu-se ao local.

Ao chegar na biblioteca, escolheu uma mesa próxima a uma janela, onde a luz natural iluminava o espaço. Respirou fundo, sentindo a calma do ambiente, e começou a resolver o exercício proposto.

Conforme lia as questões, ele percebeu que algumas delas eram um pouco mais desafiadoras do que esperava. No entanto, ele não se deixou abalar e decidiu pesquisar e revisar o conteúdo necessário para resolvê-las.

Utilizando os recursos disponíveis na biblioteca, como livros e computadores, ele buscou informações adicionais que o ajudariam a responder as questões de forma correta e completa. Anotou as principais ideias e fez esquemas para facilitar o entendimento.

Enquanto estava concentrado em seu trabalho, Boun percebeu uma movimentação na biblioteca e quando virou seu olhar viu o moreno que ele não deixava de pensar.

Prem se sentou do lado do loiro e eles não trocaram nenhuma palavras e voltaram a seu dever de casa.

Boun estava focado em seus estudos, revisando suas anotações e resolvendo exercícios. Prem, por sua vez, estava concentrado em um livro que precisava ler para um trabalho. Apesar de estarem próximos um do outro, não se sentiram à vontade para iniciar uma conversa.

Talvez eles estivessem ocupados demais com seus próprios pensamentos e preocupações, ou talvez estivessem respeitando o espaço um do outro. Às vezes, o silêncio é uma forma de respeito e entendimento, permitindo que cada um se concentre em suas próprias tarefas sem interrupções.

Após algum tempo, eles terminaram suas tarefas e Boun se levantou sem perceber o olhar de Prem sobre ele voltando para casa onde encontrou com sua irmã que perguntou como tinha sido o primeiro dia de aula.

Boun lhe respondeu que foi tudo bem e depois disse que ia tomar banho já que estava cansado.

Após ter falado com a irmã,Boun vai tomar banho mal ele tinha saído do banho quando viu uma mensagem no seu celular eram seus amigos,Ohm e Fluke o chamando para uma festa.

A vontade de Boun era não ir mais alguma coisa estava lhe dizendo para ir.

O que acharam do primeiro capítulo

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