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POV MELANIE DAWSON
Saturday, June 11, 2009.

Ontem eu tinha feito aquele trabalhinho pro Tom que graças a Deus meu pai não desconfiou de nada.

Eu estava com peso na consciência de ter feito isso, mais agora já foi, não tem mais volta.

Eu estava em uma lanchonete comprando um misto quente para mim, eu ia chegar em casa, tomar banho e dormir.

Estava anoitecendo e as ruas estavam movimentadas até demais, pego meu misto pago a moça e saio da lanchonete.

Ando um pouco nas ruas comendo aquele misto e vejo uma loja de roupas maravilhosa que me chamou muito a atenção seus looks na vitrine.

Me aproximo observando um vestido que tinha um corset vermelho, era lindo.

Sinto uma mão passar em meu braço pegando minha bolsa de meu ombro e saindo correndo.

—  EI VOLTA AQUI SEU ARROMBADO — Digo vendo o cara de preto sair correndo com a minha bolsa nos braços virando a esquina.

Tenho alcançar ele mais foi falha a tentativa, eu fui assaltada. Merda.

Fico frustada com aquilo, porra porque eu fui assaltada que merda? Não tenho dinheiro para pegar táxi e nem ligar para alguém tem como mais, meu telefone foi junto com esse marginal.

Sento em uma valeta e começo a chorar sentindo meu peito doer, porra perdi minha bolsa para pessoas incapacitadas de ter uma vida digna e pra isso precisa roubar.

Abraço meus joelhos chorando olhando para a rua e sinto uns passos atrás de mim.

— Ué, porque você está chorando? — Aquela voz ecoa na minha mente me fazendo ter mais medo ainda.

— O gato comeu sua língua? — Outra voz entra na minha mente e eu olho para cima vendo o Tom com várias sacolas de marcas caras na mão e um homem de cabelo cumprido castanho claro também com várias sacolas.

— Foram vocês, né? — Digo me levantando limpando minha calça.

— A gente o que menina? Chegamos agora — O de cabelo cumprido diz e Tom solta uma risada.

— O que você acha que a gente fez? — Tom diz e eu suspiro.

— Me assaltaram — Digo e Tom olha para mim confuso.

— Eu já disse para não roubarem a região, esse povo desobedece minhas ordens — Ele diz bufando passando a mão no rosto — Quem foi? Você conseguiu ver a fisionomia dele?

— Não, ele estava todo de preto, não dava para ver — Digo e Tom assente.

— Bom, estamos largando, falou aí loirinha — Tom diz passando por mim e o homem atrás do mesmo segue ele.

Vejo Tom destravar a Lamborghini preta com a chave e logo montando na mesma e sai cantando pneu da rua.

Nem uma carona ele me deu, mais eu preciso realmente disso? Não, não preciso desses bandidos para nada.

Olho em volta não vendo nada além de carros e trânsitos.

Resolvo ir caminhando para casa, é longe mais indo rápido consigo chegar a tempo.

Quebra de tempo, 22:12

Abro a porta de casa cansada, nem telefone eu tinha para acionar a policia, que saco.

Mais amanhã sem falta irei na polícia, quero meus bens novamente.

— Pai? — Digo chamando o mesmo em busca dele — Mãe? Vocês estão aí? — Digo ligando as luzes da sala e fechando a porta de casa atrás de mim.

𝗗𝗔𝗥𝗞 𝗥𝗢𝗠𝗔𝗡𝗖𝗘 - 𝖳𝗈𝗆 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓Onde histórias criam vida. Descubra agora