Estreitas

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『○ Be Mine, Vampire ●』

「Pov, Taylor Atkinson」

Eu voltava pra casa após um período de estudos na biblioteca local, normalmente sempre passei por algumas ruas desertas, já estava acostumada.

Eu pensava na prova de biologia que eu teria de fazer na segunda, cara, eu odeio biologia.

Durante meu trajeto, eu olhava pra frente, com a cabeça levemente inclinada pra baixo, sem pensar ou olhar muito pro que eu estava fazendo, meu único e maior pensamento era no maldito teste.

Eu continuava andando sem muita pressa, por mais que eu quisesse chegar em casa, naquele dia eu me sentia lenta, sugada após ler tantas porras sobre fisiologia humana nos livros desgastos da biblioteca.

Eu permanecia perdida, mas ao ouvir um barulho em uma estreita rua que eu passava em frente, voltei a realidade, ficando assim um tanto quanto desesperada.

- é só não olhar Taylor, é só não olhar... - continuei andando e tentando focar em não olhar, a curiosidade matou o gato, não é?

"Foda-se, não sou bonita mesmo", eu fiz a besteira de olhar pra dentro daquela rua, vi uma silhueta vindo na minha direção, mas que porra!

Tentei apertar o passo mas logo a tal pessoa me alcançou, me puxando pelo ombro, tampando minha boca logo em seguida.

- eu disse que íamos nos encontrar novamente, amor. - dizia meu ex-namorado, Martin.

O pior momento da minha vida foi ao lado desse cara, ele era abusivo, não me deixava fazer nada, possesso por cada um dos meus movimentos, ele era louco.

Quando tentei terminar ele não aceitou, com isso eu apenas sumi da vida dele, o evitei até que ele desistisse, ou pelo menos até eu pensar que ele havia desistido.

Enquanto eu me debatia presa nos braços largos dele, senti uma presença nova naquele lugar.

Passos pesados começaram a ecoar atrás dele, logo fui solta e vi ele ser puxado bruscamente para trás, e uma pessoa alta, com certeza devia ter mais de 1,80 de altura estava a frente dele.

Eu fiquei com medo do que poderia acontecer, o único impulso que tive foi de apertar meus olhos e esperar o que fosse acontecer.

- pode abrir os olhos, moça. - uma voz desconhecida falou.

Abri os olhos no mesmo momento, e vi um garoto a minha frente, eu mal conseguia ver seu rosto, pois o mesmo estava vestido com uma espécie de "capa", escura e longa, e estava encapuzado.

Até então meu foco era saber quem ele era, pois ele tinha me ajudado a me livrar de Martin, mesmo eu não sabendo ao certo o que ele havia feito.

Logo o vi tirar o tecido que cobria seu rosto, me mostrando seus olhos vermelhos, e no canto de sua boca escorria sangue.

- posso me explicar antes de você gritar? - ele me perguntou sorrindo.

Eu não sabia o que pensar, mas naquele momento saí do desligamento que me encontrava e olhei ao redor, e atrás dele vi Martin, morto.

- se você me prometer não gritar não vou ter que fazer o mesmo que ele fez. - ele continuou, eu apenas concordei com a cabeça.

- vo-vo-você... - eu tentava dizer alguma coisa, tentava compreender a situação.

- se você quer perguntar se eu sou um vampiro, a resposta é sim! E você não precisa de assustar Taylor. - ele sorriu.

Como assim ele é um vampiro? E como assim ele me conhece?!?!?

- como sabe o meu nome? - perguntei.

- olha, saiu do impacto? Ótimo. E não é só o seu nome que eu sei. - ele dizia como se fosse a coisa mais normal do mundo, ele me conhecer sem eu nunca ter o visto na vida.

- quem é você? Como sabe quem eu sou? - continuei esperando que ele me desse respostas mais concretas.

- digamos que eu sou seu protetor. - ele fez aspas com os dedos. - você com certeza não sabe mas, eu venho te observando e te protegendo a um tempo.

- quem é você garoto? - perguntei em tom alto.

- vai com calma aí! Você prometeu que não ia gritar! - ele dizia tentando fazer com que eu ficasse quieta. - e outra, só sabe perguntar isso? - ele cruzou seus braços.

- se você responder eu vou parar de perguntar! Mas agora me explica, quem é você e como você sabe quem eu sou? - perguntei novamente.

- eu sou um vampiro, que descobri quem era você por acaso, e sei do que pode acontecer com você em alguns pontos. - ele dizia tranquilamente.

- como me conheceu por acaso? - perguntei.

- eu estava passando pela sua casa, no dia que você estava brigando com o idiota ali. - ele apontou pro corpo de Martin. - eu vi o quanto ele te tratava mal, e acabei passando em frente a sua casa todos os dias, pra ver se você estava bem, o que acabou virando rotina.

Ele se encostou na parede do beco e continuou contando.

- e com isso, acabei me sentindo na "obrigação" de te ajudar. Então vim observando o que você fazia, e o que ele fazia. Até eu descobrir que ele iria atrás de você hoje, e então vim te proteger daquela coisa que você chamava de namorado. - ele olhou pro corpo.

Era engraçado escutar ele falando, ele parecia tão tranquilo, me contando sobre como descobriu a minha existência.

- deixa eu ver se eu entendi, você estava passando em frente a minha casa, me viu brigando com o Martin e resolveu me proteger dele? - perguntei.

- não só dele, como de uns outros perrengues que você já se enfiou. Pra alguém com 1,66 de altura até que você é bem raivosa. - ele ria. Até a minha altura ele sabe?

- mas fica tranquila sobre mim, eu não sou um psicopata nem nada, eu só queria poder te ajudar, você parece uma ótima garota. - ele dizia.

- e eu posso confiar em você? Você não vai me morder e arrancar um pedaço do meu pescoço fora? - perguntei o fazendo rir imediatamente.

- não? Eu só mato quem não presta Taylor, é você não é uma dessas pessoas.

- já que você sabe o meu nome, o indicado é eu saber o seu. - eu dizia.

- não, você não vai saber o meu nome. - ele dizia.

- e por quê não? - perguntei inconformada.

- talvez um dia você descubra. Vamos, vou te acompanhar até em casa. - ele foi saindo.

- e do que eu posso te chamar, já que não sei o seu nome? - perguntei.

- do que você quiser, eu não me importo com apelidos. Agora vem. - ele puxou minha mão e seguimos pra minha casa, deixando o corpo morto de Martin ali mesmo.

***

Prometi que teríamos uma nova do Bill, não foi? Então dale paixão adolescente com vampiro!
Não se esqueçam das minhas estrelas!
Beijão da autora 💋

𝐁𝐞 𝐌𝐢𝐧𝐞, 𝐕𝐚𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 | 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora