Crônicas

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『● Be Mine, Vampire ○』

Pov, Taylor Atkinson

Eu continuava sem entender muito bem, de onde ele me conhecia, mas eu tentava compreender.

- você ainda não entendeu? Vou ter que explicar de novo? - ele parou e me perguntou.

- eu entendi! - menti.

- eu sei que tá mentindo Taylor! - ele ria.

- como? - perguntei.

- eu leio mentes! Simples assim. - ele respondeu.

- já vi que minha privacidade mental acabou. - eu ri.

- fica tranquila, não vou ficar lendo sua mente toda hora, prometo! - ele levantou seu dedo mindinho a mim.

Agarrei o meu ao dele, a diferença de tamanho era até engraçada. Sua mão era fria, não é atoa que dizem que eles tem sangue frio.

- eu sei, minha pele é fria não é? - ele dizia sorrindo.

- um pouco. - sorri.

- melhor irmos andando, seu pai pode ficar preocupado. - ele puxou minha mão novamente.

- conhece o meu pai? - perguntei.

- conheço, mas não tão bem quanto conheço você. - ele respondia olhando pra frente.

É estranho conversar com alguém que eu acabei de conhecer, mas que me conhece melhor que muita gente.

Meu pai é perito criminal e cobre alguns trabalhos pro IML da cidade, ele nunca está em casa cedo, mas se preocupa muito comigo.

Eu sempre recebo mensagens do tipo "está bem?", "precisa de algo?" Ou "vou chegar mais tarde hoje", já é costume, mas sempre que ele tem um tempo livre ele tira pra mim.

- seu pai parece um ótimo homem. - ele dizia.

- é, ele é. - concordei sorrindo.

- já percebi que ele se preocupa bastante com você.

- realmente, meu pai é meu melhor amigo. - eu dizia.

- deve sentir falta da sua mãe, não é? - ele perguntou.

- um pouco, mas não me esqueço do que ela fez. - continuei.

Um dia, eu cheguei da escola, e fui procurar pela minha mãe, mas não encontrei o que eu queria.

Vi minha mãe deitada com outro homem, e quando percebi meu pai me puxou pra fora do quarto, ele havia chegado e viu toda a cena, e queria me poupar de tamanha "atrocidade".

Imagine só, pra uma criança de 12 anos, ver a mãe traindo o pai.

Naquele mesmo dia ela foi embora, um tempo depois o julgamento foi marcado, e eu tive a opção de escolher com quem eu ficaria, escolhi meu pai pelo simples fato de que eu sabia que ele não podia me perder também.

Ela fez a escolha, meu pai apenas oficializou, e eu sei que se eu tivesse escolhido ficar com a minha mãe, teria sido pior.

Apesar disso as vezes sinto falta dela, mas meu ódio ainda é maior.

𝐁𝐞 𝐌𝐢𝐧𝐞, 𝐕𝐚𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 | 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐊𝐚𝐮𝐥𝐢𝐭𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora