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Como descrever uma manhã "normal" no infame navio Thousand Sunny, do ponto de vista dos tripulantes abordo?

Enquanto o capitão e o cozinheiro, Monkey D. Luffy e Vinsmoke Sanji, competiam na cozinha pelo bem estar da comida ainda não pronta, o médico, Tony Tony Chopper, a arqueóloga, Nico Robin, e o imediato, Roronoa Zoro estavam incrivelmente calmos, fazendo coisas habituais tais como preparar medicamentos, ler e simplesmente dormir. Usopp, o atirador, encontrava-se pescando, na esperança de pescar algo interessante.

O músico em forma de esqueleto, Brook, tocava uma bela melodia no seu violino enquanto ria da situação de Luffy e de Sanji. Franky, o carpinteiro, tratava dos ajustes da embarcação. Jinbei estava na popa dominando o mastro, navegando em direção à porção de terra mais próxima, realizando a sua função de timoneiro e obedecendo às ordens da navegadora, Nami, que, por fim, se ocupava com o desenho de mapas dentro de uma sala especializada.

Uma manhã normal, suponhamos.

— SANJI! POR FAVOR! - Luffy implorou ao cozinheiro, agarrando-se a ele por trás. O garoto estava desesperado por comida. - Só um pedacinho!!

Típico.

Já disse que não! Espera até eu terminar o almoço!! - Sanji estava além de lívido, desesperadamente querendo ajuda de terceiros para o livrar daquela situação.

Foi aí que a porta do escritório de Nami violentamente se abriu. Ambos tripulantes olharam para a ruiva. Sanji comendo-a com os olhos, Luffy meramente confuso. A navegadora parecia irritada, para o grande azar do capitão e do cozinheiro mulherengo.

— Será que nesse SANTO barco pode existir um ÚNICO momento de silêncio?! - Seu tom de voz demonstrara que não estava para brincadeiras.

A raiva de Sanji subitamente se tornara arrependimento e culpa, tanto que ele se ajoelhou em frente dela.

— Me perdoe senhorita Nami! Esse pulguento não me deixava em paz e acabei gritando...perdoe esse pobre homem.

— Puta que pariu, parece um cachorro falando com a dona. - Uma voz fria e familiar preencheu a cozinha.

Zoro havia acabado de entrar no recinto e, pelos vistos, estava de péssimo humor após o seu cochilo diário. As palavras do imediato nitidamente irritaram o cozinheiro, que quase o acertou com um chute, mas foi impedido pelas habilidades do esverdeado.

— Querem parar com isso? Já basta essa gritaria toda com o Sanji e o Lu...ué? Cadê o Luffy? - Indagou Nami, procurando pelo paradeiro do capitão.

O arrependimento e culpa de Sanji se transformou em raiva novamente ao ver Luffy comendo o suposto almoço daquele dia de verão. Roronoa soltou uma gargalhada e Nami suspirou, cruzando os braços.

— SEU IMBECIL! - Repreendeu o loiro, dando um chute no capitão, que se irritou também.

— SANJI DEIXA EU COMER!!! POR FAVOR! - Retorquiu o moreno do chapéu de palha.

Zoro continou rindo da situação, porém parou ao ouvir Nami murmurando "Realmente não há um dia de paz nesse barco". O espadachim se virou para a ruiva e perguntou com um sorriso malicioso, logo pegando numa garrafa de saquê.

— Tá de TPM, Nami? - Provocou.

E a balbúrdia na cozinha instantaneamente se tornou num silêncio ensurdecedor. A palavra "Fudeu" passou pela cabeça de Sanji e de Luffy.

E, assim, uma nova briga surgiu no local. Agora quem estava rindo era Luffy, o capitão.

Todavia, Zoro e Nami foram interrompidos por um barulho alto de canhões quase acertando o navio. Todos, incluindo os tripulantes que estavam relaxando, ficaram alerta.

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Continua...

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