S i x t e e n

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Alguns anos depois...

— Escuta aqui sua peste! É bom que você me devolva esse pedaço de carne! - Vociferou Luffy, tentando tirar um pedaço de carne das mãos do pequeno Kaito, que agora tinha 5 anos.

— Não!! Não quero!! - Respondeu com fúria.

Cinco anos haviam se passado desde o nascimento de Kaito, o único filho de Nami e Zoro. A tripulação havia recebido muito bem o pequeno e Kaito possuia uma ligação única com cada membro, mas seus pais em especial, obviamente.

O garoto possuia cabelos ruivos alaranjados como sua mãe e seus olhos cinza como seu pai, porém sua personalidade era uma mistura entre Zoro e Nami. Era teimoso, mas muito determinado a conseguir o que almejava. Bom, isso era nítido no que tocava a comida.

No entanto, conseguia ser um amorzinho de criança em frente dos pais ou tripulação mais chegada.

— Vocês os dois! Se não pararem quietos eu juro que vão nadar com os peixes! - O tom autoritário era nítido na voz da navegadora, que havia acabado de entrar na cozinha junto de Roronoa.

— Ensina esse pirralho a não roubar a comida dos outros, então! - Retorquiu o moreno do chapéu de palha, arrancando uma gargalhada de Zoro.

— Aiai, o sujo falando do mal lavado... - Murmurou com um sorriso de divertimento.

Nami apenas suspirou. Se abaixou ao nível de Kaito e disse, acariciando o cabelo do pequeno.

— Kaito, devolve a carne para o Luffy. Ele é seu capitão, afinal.

— Tá bom! - Kaito sorriu docemente e entregou a comida a Luffy, que rapidamente a ingeriu.

— Que horas são, aliás? - Indagou Roronoa, olhando pela janela.

O sol já havia se posto e algumas estrelas eram visíveis no céu. O mar aparentava estar calmo, mesmo estando na Grand Line. Em relação ao One Piece, Luffy havia o encontrado e se tornou o Rei dos Piratas. No entanto, preferiu ficar no mar junto com a tripulação, sua segunda família.

— 19:45, por quê? - Respondeu a ruiva, olhando para o relógio na parede da cozinha.

— Vem!

De súbito, Zoro pegou na mão da ruiva e correu até à proa do Thousand Sunny, onde ambos se sentaram lado a lado. Nami logo indagou, confusa.

— Por que me levou até aqui, cabeça oca?

Roronoa teve de segurar uma gargalhada por causa do apelido.

— Bom...hoje faz exatamente 5 anos que a gente fez aquela maldita aposta. Lembra?

— Ué? Você se lembra do exato dia? - Indagou de volta.

— Eu me lembro de tudo que envolve você e nosso filho. - Zoro deu um sorriso doce.

Nami sentiu seu coração bater mais rápido e sua respiração encurtar. Aquilo foi...fofo? No entanto, riu e logo respondeu à pergunta do amado.

— Lembro sim, e olha que ainda não me esqueci da dívida de 100 mil berries! - Nami riu novamente.

— Mas a gente nem sabe quem ficou bêbado primeiro, sua bruxa! - Retorquiu o esverdeado.

— Não importa, ainda to esperando meus 100 mil berries!

Porém, a resposta que Roronoa deu de seguida fez Nami parecer que acabou de correr a maratona: Vermelha e com o coração a mil.

— Nami, eu te amo tanto. Não acha que isso é o suficiente?

Desde quando Roronoa Zoro havia se tornado tão carinhoso e...sentimental? Decidiu por esses pensamentos de lado e sorriu, pousando sua cabeça no ombro do amado.

— Também te amo, bobinho.

E assim ficaram por alguns minutos, ouvindo o som das ondas marítimas batendo suavemente contra o navio. Todavia, o silêncio foi interrompido com a súbita aparição de Kaito.

— Que fofinhos!! - Disse com um grande sorriso.

Ouvindo isso, os pais dele soltaram uma gargalhada uníssona e abraçaram o garoto.

— Meu garotão...um dia desses te ensino a usar uma katana. Você será o mais for-

Foi logo interrompido pela cartógrafa, que puxou o pequeno Kaito para si mesma.

— Nem pensar! Ele vai ser um geógrafo como a mamãe, não é Kaito?

Kaito ignorou as premissas de seus pais e logo indagou algo que nenhum dos dois estava à espera.

— Mãe, pai, posso ter um irmão?

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THE END

Sober ThoughtsOnde histórias criam vida. Descubra agora