F i f t e e n

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Nami era como uma droga para Zoro. Aquelas drogas viciantes das quais não conseguimos nos livrar. Era difícil, mas Roronoa tentava esquecer sua amada enquanto estava crucificado atrás da base da marinha.

Obviamente, estava sendo vigiado por Akainu, pois o mesmo sabia que os Chapéus de Palha chegariam a qualquer momento. Foi aí que recebeu uma chamada de seu Den Den Mushi.

— Almirante Sakazuki, Monkey D. Luffy está atacando a base inteira junto com o resto da tripulação!

— O quê?! Mande atacar de volta. Temos de conseguir o filho de Dragon o mais depressa possível. Ah, e como você mencionou o resto da tripulação, traga a navegadora e o bebê para mim também. Depois veremos o que fazer.

— NÃO! - O grito de Zoro foi alto o suficiente para assustar Sakazuki e o outro capitão. - Se você encostrar um dedo na tripulação e meu filho ou filha, não terei dó!

Ambos ficaram chocados, só que Zoro foi imediatamente tranquilizado ao vê-los sendo atacados por Monkey D. Luffy. Sakazuki Akainu consegue desviar e contra atacar, porém o capitão já se encontrava no chão, inconsciente.

— Luffy! - Exclamou Roronoa com um sorriso genuíno no rosto.

— Zoro!!! - O moreno retribuiu o sorriso.

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Após uma longa e cansativa batalha, a tripulação é capaz de derrotar aquela base da marinha, incluindo Akainu, o que se tornou um evento histórico.

(Aviso: Eu sei que no universo original, Luffy e Akainu ainda não lutaram propriamente e nenhum dos dois foi derrotado, mas, como sabem, isso é um universo alternativo!)

Roronoa agora corria em direção ao Thousand Sunny após a batalha junto do resto da tripulação. Estava evidentemente preocupado com o estado de sua amada e de seu filho, cujo nascimento não fora capaz de presenciar.

Durante o caminho, fez a si mesmo diversas perguntas: Como seria seu filho? Era mesmo um garoto? Como eram seus olhos? Seu cabelo? Será que havia puxado a si? Será que havia puxado Nami?

Suas dúvidas foram imediatamente esclarecidas assim que avistou a ruiva no convés do navio, segurando um bebê em seus braços.

— Oe...Nami...esse aí...é nosso filho? - Indagou suavemente ao se aproximar dela.

— Zoro! Fico feliz que esteja bem...e sim, esse é o nosso filho, ele se chama Kaito. - Retorquiu com um sorriso meigo.

Roronoa gentilmente retirou o pequeno ser humaninho dos braços da amada e o olhou. Pela primeira vez, sentiu seu coração gélido e cheio de barreiras desmoronar.

Cabelos verdes como a cor da natureza, olhos castanhos claros como os da mulher mais bela que alguma vez conhecera. A perfeição pura.

— Ele é...lindo. Desculpa por não estar lá no momento do parto, quando você mais precisou de mim. - Murmurou o espadachim.

— Vou te cobrar 10 mil berries por isso... - Murmurou de volta.

— Vou fingir que não ouvi isso.

— Estou brincando, bobo. - A ruiva soltou uma risada suave, que logo foi retribuída.

Encaram Kaito por alguns segundos, que lentamente adormecia nos braços de seu pai. Zoro, com uma pequena lágrima escorrendo por seu rosto, diz:

— Kaito, saiba que seu pai não é um cara de chorar muito, então sinta-se especial. - Outra risada leve - ...mas saiba que eu sou um homem de palavra. Você e sua mãe são, a partir de hoje, minha segunda ambição. A primeira é me tornar o melhor espadachim do mundo para vos proteger, a segunda é ser o melhor namorado e o melhor pai do mundo.

E assim, o pequeno Kaito se agarrou a Zoro e dormiu confortavelmente nos braços dele.

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Sober ThoughtsOnde histórias criam vida. Descubra agora