Capítulo 17

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DAMON — LEV

Está acontecendo de novo, não consigo lembrar quantas vezes já foram. Damon morreu mais uma vez, não pude impedi-las de novo. Ignoro os sons de luta ao meu redor e encaro o teto, estou irritado, essas sereias malditas mais uma vez impediram que eu pudesse ver a Syllina. Vou garantir que elas não voltem dessa vez. Me levanto e olho o ambiente em que estamos. Quando estou totalmente em pé, todos sentem, óbvio que sim, eu sou Lev Kaaji, um general feérico, não existe nenhum ser capaz de ir contra mim.

Sorrio quando percebo o pavor estampar o rosto das sereias, bom. Parece que elas não esqueceram do que venho fazendo ao longo das reencarnações. Durante séculos, sempre que o Damon se matava, eu me manifestava, esse era o caminho para que eu aparecesse e sempre que isso acontecia, eu matava essas filhas da puta, fiz questão de dizimar milhares delas.

Franzo o cenho por notar alguns seres lutando contra as sereias, mas decido pensar nisso em outro momento. Caminho até um grupo de sereias que começam a correr quando me veem se aproximar, puxo uma pelos cabelos e quebro o pescoço dela. Olho para as outras e mato cada uma delas. Bem, já foram cinco. Corro em direção as outras e pego uma adaga do chão, abrindo um sorriso ao sentir o cabo na palma da minha mão. Faz muitos anos que não seguro uma. Enfio a adaga na garganta de uma, jogo de corpo em cima da que se jogou em mim e a puxo pelo braço, afundo a adaga no peito dela e deslizo por toda a extensão do abdômen, sinto o sangue espirrar na minha pele e sorrio, que obra de arte.

Outras sereias se reúnem vindo na minha direção e sinto meu coração saltar de entusiasmo, como gosto de matá-las. Elas decidem vir todas de uma vez, pego uma pelo pescoço e colo suas costas no meu peito, enquanto faço uma linha pelo pescoço dela. Vejo as outras arregalarem os olhos e hesitar, mas não as dou tempo pra isso. Jogo o corpo no chão e caminho até cada uma, matando-as.

Olho pra minhas mãos cobertas de sangue e imagino que todo o meu corpo deva estar da mesma forma, dou de ombros ignorando esse pensamento. Todas as sereias aqui estão mortas, isso é tudo o que importa.

— DAMON! — Dou um passo para trás quando uma mulher morena se joga nos meus braços — C-Como você e-está vivo? — A mulher pergunta passando a mão pelo meu corpo.

— Não sou o Damon, ele morreu. Me chamo Lev. — Digo me afastando dela.

— O-O quê? — Vejo ela arregalar os olhos e me encarar.

— Olha, sinto muito. Não sou o Damon. — Passo a mão pelos cabelos frustrados.

— Então você, como você está no corpo do Damon? — Pergunta desconfiada.

— Essa também é uma frustração pra mim, fadado a só aparecer depois que o Damon morrer. Foi assim por séculos. — Suspiro.

— Então não tem como o Damon voltar? — Pergunta esperançosa.

— Não, ele está morto. — Pontuo — Não vejo o corpo do Stiles, onde está? — Pergunto olhando o lugar.

— Por que o corpo do Stiles estaria aqui? Ele está vivo. — Bonnie diz franzindo as sobrancelhas.

— O QUE? — Grito — O Stiles está vivo? — Me aproximo dela e a encaro, vendo-a acenar. Fecho os olhos e aguço meus sentidos, procurando por ele. Sinto o farfalhar na floresta e corro em direção a porta, Stiles está em perigo.

— AONDE VOCÊ ESTÁ INDO? — A mulher grita parecendo confusa.

— Salvar o Stiles. — É o que digo ao passar pela saída correndo.

Corro em disparada pela floresta procurando pelo Stiles. Fecho os olhos e tento procurar por ele, ouço uma respiração pesada e vou em direção a ela, mas estou tão focado em chegar até lá que não percebo quando alguém se aproxima e sou jogado contra uma árvore.

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