Alcântra contra Alcântra

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Pedro:- sério?? E onde está esse trem? Temos que impedir que ele exploda a gruta.

Madalena:- por aqui, vamos o mais rápido possível, vamos emboscar aquele trem.

Enquanto isso, Gaspar estava sentado em uma reunião especial com comandantes tanto de Santa Catarina como do Paraná, os três negociando.

Gaspar:- Está tudo certo aqui no Rio Grande, não precisamos dessa sua ajuda, também estou com planos para aumentar ainda mais nossa aliança.

O comandante de Santa Catarina vai um pouco a frente colocando seus cotovelos em cima dos joelhos encarando de frente Gaspar.
"Claro Gaspar... espero que não esteja pensando em nos trair..."
O clima fica tenso entre os três, uma aura tão pesada desce sobre aquela vagão do trem, Gaspar o encara e o silêncio ensurdecedor é quebrado por uma gargalhada intensa, Gaspar ria até sair lágrimas de seus olhos.

Gaspar:- até parece! Ahhaahhahahahaa!!!

Ambos os três começam a gargalhar de risadas ao ponto de chorar de rir, até que então o vidro do trem é quebrado, Gaspar levanta rapidamente olhando pelo vidro, vendo uns três cavalos acompanhando o trem, e vários gaúchos subindo pela escadaria lateral dos vagões, Gaspar regala os olhos e olha para os outros dois.

Gaspar:- surgiu problemas... mas mantenham a calma.

Gaspar corria pelos vagões até o primeiro, chegando lá manda o maquinista usar a velocidade máxima, os tiros já começam, o maquinistas põem todo seu carvão na locomotiva, a fumaça cuspida pela Maria fumaça criava uma nuvem em cima do trem, Pedro de Alcântra acompanha o trem junto de Madalena e após se aproximar salta de cima de seu cavalo se apoiando no trem, Pedro sobe para cima dos vagões, lá havia três gaúchos usando lenços pretos no rosto escondendo suas faces, ambos os três miram seus revólveres em Pedro, o Alcântra rapidamente saca seu revólver também e leva dois deles, um outro tiro acerta o terceiro homem o fazendo cair do trem, Pedro olha para trás vendo ninguém mais que Bento, seu antigo patrão, ele bate no ombro de Pedro.

Bento:- jamais duvidarei de tu novamente.

Pedro sorri para bento, e pula para dentro do vagão atirando em quem vê pela frente, enquanto isso vários cavalos se aproximam do lado do trem, a maioria é derrubado por uma chuva de balas que vinha dos capangas de Gaspar. Madalena limpava o último vagão matando todos com sua adaga, após passar para o penúltimo ela corta as correntes de ferro bruto que seguravam o último vagão, deixando ele perdido nos trilhos, após Madalena se virar a porta em sua frente se abre, revelando o comandante do Paraná, Santos Andrade.

Santos:- olha só...então é você a lâmina mais afiada do Rio Grande?... Madalena Gonçalves...

Madalena aponta sua adaga para ele

Madalena:- isso mesmo! E é melhor você sair do meu caminho.

Santos Andrade começa a dar risada, enquanto leva suas duas mãos no seu cinto, puxando dois facãos que brilham de tão pratas que são, ele ainda rindo olha para Madalena.

Santos:- então me enfrente com essas suas lâminazinhas, você conhecerá o fio do Paraná!

Ambos avançam um contra o outro, prontos para um duelo de lâminas, enquanto isso saltando de uma carroça entrando com tudo pelo vidro do trem, um homem vestindo uma camisa verde, em seus olhos um óculos dourado, Dom Valentim, entrava no trem com estilo estourando a cabeça de dois capangas de Gaspar, Dom Valentim pegava seus dois revólver e como uma metralhadora de balas abria espaço por onde andava, avançava vagões matando todos aqueles capangas de Gaspar, até que enquanto regaregava seus revólveres, pelo teto do vagão um homem descia, com uma grande mala em suas mãos, seu bigode ruivo e longo, esse mesmo homem sorri para Dom Valentim, e lentamente puxava o zíper da mala, era ele, o comandante de Santa Catarina, Giuseppe Garibaldi.

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