Capítulo 8 - Banho

1.9K 205 132
                                    

Banho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Banho


Naquela noite ele veio como prometeu, te entregou um pacote de fastfood, o que não seria sua primeira opção para um jantar, mas não estava em posição de fazer qualquer tipo de exigência e saber que ele iria te alimentar foi o suficiente para que se acalmasse, pelo menos parcialmente.

— Aqui, beba isso e coma devagar.

Ele entregou uma garrafinha de água gelada e por Deus você nunca ficou tão feliz em ver água, além disso pouco importa seus modos na hora de jantar. Faziam horas que você estava aqui, como era sempre escuro não saberia se era noite ou dia, mas realmente estava com fome e muito apertada para ir ao banheiro.

Assim que você comeu, colocou o lixo para fora pela grade, não tinha muito espaço para você lá dentro, imagine dividir com lixo... Ele se aproximou ainda vestido como antes e recolheu o lixo, dessa vez você prestou atenção nas luvas que ele usava, era pretas e cobriam apenas o dedão, o mínimo e anelar.A luva era comum para artistas digitais.

— Você desenha?

Você não fazia ideia do porque puxar assunto com seu sequestrador, mas seria muito mais fácil ser amigável e quem sabe conseguir sair daqui.

— Por que acha isso? — ele perguntou.

— As, as luvas. — você apontou meio trêmula para suas mãos.

Ele as olha e ri com deboche antes de responder.

— Sim, sou um grande artista!

O deboche não passou despercebido de você. Mas aquilo não incomodou de modo algum, já imaginava que ele poderia ser ríspido e bastante inacessível.

— Sabe, eu preciso mesmo ir ao banheiro.

— Hm. Eu imaginei. Coloque isso. — ele tirou do bolso do moletom uma corrente e uma coleira.

— O que?! — você estava incrédula — Por que?

— Só pra ter certeza que você não vai escapar.

— Escapar pra onde? Não sei nem como eu vim parar aqui, quem dirá como sair.

— Ou você coloca isso ou vai dormir na própria poça de mijo.

Você esticou um braço e pegou a coleira colocando-a no pescoço. Aquilo era, sem dúvidas, uma das coisas mais humilhantes que você já fez na vida. Shigaraki, por outro lado, teve que conter os pensamentos imundos sobre como ele queria esfregar o pau dele em você.

— Pronto. — você disse se sentindo muito humilhada —Olha, isso é ridículo!

— Hm. — ele respondeu enquanto coçava o pescoço.

Shigaraki se abaixou para abrir a porta da gaiola onde você saiu de quatro fazendo com que ele olhasse para cima para, mais uma vez para conter seus pensamentos.

— Como é bom esticar as pernas. — você disse para ninguém em especial, apenas fazendo uma observação.

— Que seja.— ele segurou a guia da coleira — Venha.

Seguir ele não era exatamente uma opção, ele estava te puxando como a porra de um animal indesejado até o que ele chamava e banehiro. Era um chuveirp muito duvidoso e uma privada sanitária, não havia porta apenas uma cortina de chuveiro. Você ficou horrorizada com a situação.

— Que porra é essa?!

— Eu vou dar mais corda e você pode se mover pelo banheiro enquanto eu espero aqui. — disse como se não fosse nada demais.

— Você tá me dizendo que eu vou ter que fazer tudo na sua frente?

— Basicamente. — deu de ombros.

— Não cara!

— Tudo bem, vamos pra gaiola então.

Tomura foi se virando quando você, de maneira muito desesperada puxou a guia de volta. Seus olhos banhavam arrependimento.

— Tudo bem, tudo bem.

— Boa garota.

Quando você começou a tirar o casaco, tudo parecia estar vindo em sua mente como uma avalanche. Tudo o que realmente estava acontecendo e o que iria acontecer. Lágrimas começaram a se acumular em seus olhos quando você ficou com a parte de baixo e sutiã. O jovem Tomura estava gravando cada movimento seu para uso posterior até ele se fixar em seu rosto choroso.

— Por que tá chorando? Eu não te machuquei.

— Olha, nem sempre o machucado precisa ser físico.

— Hm.

— Pode olhar pra lá? — você apontou para trás — Por favor.

Ver as lágrimas em seus olhos não era algo que ele queria, não desse jeito. Muito pouco ele sabia sobre emoções, isso era verdade, mas ele sentia que isso estava errado. Ele sacou o celular e mandou uma mensagem.

Soltou a guia.

— Você tem vinte minutos.

Saiu indo em direção à escuridão de um vórtice que não estava lá a um segundo atrás. 

Madness - Shigaraki Tomura Yandere x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora