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Tudo estava tranquilo quando Shigaraki saiu de seu escritório e foi para a casa onde ele sabia que iria encontrar você. Estava caindo a ficha de que você havia o beijado com tanto fervor no sofá da sala. Ao passar pelo corredor Spinner veio em sua direção falando sobre um console novo que estava para chegar. Depois veio Dabi passando por ele.
— Tsc... — o usuário do fogo estava olhando para Tomura com desdém — Indo ver a esposinha?
— ... — o silêncio foi a resposta.
— Com uma bunda daquela eu também... — Dabi foi preso contra a parede com quatro dedos ao redor da garganta — O que? — ele disse sorrindo meio maníaco.
— Não ouse falar assim dela! — Tomura disse irritado — Só não acabo com você aqui e agora por que eu sei que você ainda tem algum valor.
— Falar da esposinha de deixa tão nervoso?
— Melhor, não fale dela, não pense nela. Você não é digno.
— E você é? — riu ainda mais.
Shigaraki o soltou e deu as costas.
— Esteja avisado. — e então o líder da FLP saiu em busca do conforto da sua amada.
Ao chegar em casa com os nervos à flor da pele pela discussão, te viu cantarolando e cozinhando alguma coisa que cheirava muito bem. Ele fez bem em mandar Kurogiri manter a despensa sempre abastecida desde que você chegou.
Shigaraki era um homem muito simples se você puder ver com atenção, naturalmente a única coisa era seu amor, sua atenção e que você dedicasse todo seu tempo a ele e exclusivamente a ele.
Amar você era seu ponto fraco.
— Estou em casa. — ele disse tirando o blazer e o colocando no sofá onde se jogou de olhos fechados.
— Dia ruim? — você veio até ele e o perguntou.
— Dabi é um idiota. — murmurou olhando para você e não pode deixar de sorrir — Como você consegue ser tão linda?
— Hm? Eu não to usando nada de especial.
— Não importa, você é sempre tão bonita. — se levantou ficando frente a frente com você — Eu não me canso de te olhar nunca — tocou levemente no seu cabelo — Você é tão linda.
Suas bochechas ficaram rubras e você começou a torcer o pano de prato que estava em suas mãos.
— Shiggy...
— Diga de novo.
— O que?
— Me chame assim sempre.
Você sorriu.
— Bobinho, venha, eu fiz o jantar.
Mais uma vez a refeição foi regada de conversas bobas e comida gostosa. Mais tarde, depois do jantar você o convenceu a ficar na frente da TV e assistir um filme mamão com açúcar. Não era o tipo de coisa que ele gostava de ver, na verdade Tomura sempre detestou romance clichê e como tudo era mentiroso e fora da realidade, mas lá estava ele assistindo com você.
Era quase uma da manhã quando ele notou você se aconchegar ao seu lado, assim que Shigaraki olhou lá estava o amor de sua vida adormecendo, ele sorriu levemente e te abraçou encostando o nariz em sua cabeça. Era bom ter você tão perto e tão próxima dele de bom grado.
— Você está entregando seu coração a mim? — perguntou baixinho — Eu destruiria o mundo que construí por você, meu grande amor.
