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— O que acha de conhecer o resto da liga?
Essa era uma pergunta para a qual você não estava. Bem você conhecia a ca da liga dos vilões, mas ao que parece os outros não sabiam sobre sua existência e ter ele, o próprio demônio, Shigaraki em pessoa lhe oferecendo algo que, apesar de não ser uma coisa que você realmente queira, seria importante para si mesma ter contanto com qualquer outra pessoa.
— Bem, eu não acho que seja ruim. — você disse sinceramente — Acho que estou perdendo minhas habilidades sociais.
— Hum. — ele disse, começando a coçar os pescoço devagar.
Você já tinha notado que essa era uma mania dele, talvez ligada a ansiedade de modo geral. As marcas e cicatrizes estavam lá para lhe dizer o quão antigas são. Então gentilmente, ao se aproximar dele, você segurou sua mão, ainda com medo, de seu quirck lhe deixasse em apuros, mas algo dentro de você dizia que nada iria acontecer.
— Olha, se continuar a fazer isso, sua pele vai ficar mais machucada.
Shigaraki sempre foi uma pessoa mais introspectiva, toques se tornaram raros à medida que foi crescendo, o medo que cercava em tordo do que ele poderia fazer com um simples toque afastava qualquer possível contato físico e todos, por medo, se curvaram à sua vontade. Crescer assim moldou um caráter duvidoso e um adulto mimado, isso é um fato indiscutível, mas também a carência e a busca por afeto, mesmo que discretamente o atormentava dia e noite. Ninguém parecia capaz de ficar por perto sem ser destruído por um surto de sua raiva, até mesmo infantil. Contudo veio a Liga dos Vilões, pessoas que também foram rejeitadas pela sociedade, tratadas como um lixo e que buscavam vingança ou igualdade, dependendo do ponto de vista.
Mas a sua chegada foi como uma avalanche emocional.
Uma pessoa a qual ele poderia sentir a maciez da pele, o calor que emanava de seu corpo sem virar poeira. Você é sublime, perfeita e encantadora. Nada poderia ser mais perfeito do que sua existência e para ele você tinha sido feita especialmente para ele.
Então quando tocou em sua mão afastando das feiras que se abriram novamente, ele soube, mesmo que já tivesse a certeza de que você é a pessoa certa, alguém para estar ao lado dele nesse novo mundo.
— Hmm. — foi o que ele disse.
— Sabe, entre as coisas que você me deu tem um creme que pode servir para hidratar a sua pele e diminuir a urticária.
— Como, como sabe?
— Eu observo você.
— O que?
— É, vivemos juntos, não é? Tenho que saber com quem estou lidando.
Isso o deixou sem palavras e vermelho por vergonha, um sentimento que ele mal experienciava até você entrar em sua vida.
— Mas falando das outras pessoas. — você ficou nervosa — Acha que eles vão gostar de mim?
Então ele riu, verdadeiramente como se você tivesse dito uma piada muito engraçada te deixando sem entender o que estava acontecendo. Mas ao mesmo tempo você gostou daquele barulho, o som da sua risada era bonita, você tinha que admitir e até te arrasou alguns risos, mesmo sem saber o por quê.
— O que foi? — você perguntou.
— Eu te chamo para conhecer o grupo mais perigoso que esse país já viu, quem destruiu o legado dos heróis e você está preocupada em causar uma boa impressão? — ele se aproximou tocando em seu queixo o dedo indicador erguendo seu rosto para que lhe olhasse nos olhos — Amor, eles seriam estúpidos se não aceitassem, mas mesmo que isso ocorra não se preocupe, porque você é minha.
