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Carregar São Paulo nas costas para dentro do apartamento dele era muito mais difícil quando ele estava apagado, literalmente jogando todo o peso sobre si, pior mesmo foi precisar procurar as chaves dele sem deixar ele cair no chão.
Por um tempinho enquanto fazia isso, Rio ponderava se não seria melhor levar ele para a sua casa... mas então pensou que não queria acordar sendo estapeado pelo paulista, achando que tinha dormido com ele ou algo assim.
Com muita dificuldade, o carioca conseguiu chegar na casa dele e jogá-lo na cama, mas precisou se apoiar nos próprios joelhos para recuperar o fôlego.— Ah... cacete... tá me devendo bem mais de uma agora.— Disse para o semi-apagado colega, endireitando a postura.
Não era sua primeira vez levando gente alcoolizada pra casa, mas levar São Paulo alcoolizado para casa era definitivamente diferente. Sabia que deveria sair e ir pra casa, mas algo dentro de si o dizia que era melhor que ficasse para cuidar dele. Não era como se estivesse com ânimo de voltar para a festa... então entre voltar pra casa e ficar se corroendo de preocupação, preferiu ficar ali.
Depois de se recuperar, Rio foi direto à cozinha dele... no caminho o carioca notou que o apartamento era muito bem decorado, e realmente era a cara do paulista. Até riu consigo mesmo até ver um grande mapa do Sudeste do Brasil, emoldurado na parede. Era quase como um quadro de família pendurado na parede sobre a mesa de jantar.
Detalhes à parte, o homem procurou um copo entre os vários armários da cozinha.
— Ele gosta mesmo de taças...— Murmurou, pegando o copo mais simples que encontrou e colocou uma boa quantidade de água do filtro.
Fez o mesmo caminho de volta para o quarto de São Paulo, o notando deitado de barriga pra baixo.O carioca suspirou mais uma vez, e deixou o copo sobre o móvel para poder virá-lo de barriga pra cima.
— Hm... Rio...?
— É, sou eu. Toma.— Segurou ele pela nuca para ajuda-lo a sentar um pouco, o corpo do paulista estava mole como quem acabava de acordar.
— O que é...?
— Água. Toma bastante.— Quase entregou o copo na mão dele, mas notou que antes de soltar ele não tinha forças pra segurar ainda. Rio bufou, em descrença que iria fazer aquilo.— ... abre a boca.
O jovem obedeceu sem pensar muito, o mais jovem levou a água aos lábios entreabertos dele, e tombou um pouco para deixar que caísse dentro dentro da boca. Percebeu que São Paulo estava engolindo, o que era bom, então foi virando o copo de acordo, tentando não se distrair com algumas gotas que escorriam pelo canto dos lábios vermelhos e inchados do paulista.
— Hn...— O tal repentinamente fechou a boca e afastou a mão do mais velho com a sua.— Chega...
— É o copo todo, paulista.— Disse e tentou o dar mais água, sendo recusado.
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Eu te conheço - SPxRJ
Fanfiction"Eu te conheço há tanto tempo, mas cada dia que passa você parece mais e mais um estranho." A história de como São Paulo viu Rio de Janeiro mudar ao longo dos anos, desde que se conheceram.