Ato 1 - "Conhecer-te"

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Pequenos avisos: Haverão inspirações -não replicações- de momentos históricos; e os diálogos podem não ser tão fiéis ao linguajar da época

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Pequenos avisos: Haverão inspirações -não replicações- de momentos históricos; e os diálogos podem não ser tão fiéis ao linguajar da época.

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... É um prazer ...

A primeira vez que o vi... você era jovem, tinha acabado de surgir. E assim como eu, foi escolhido por eles.

- São Vicente, este é Guanabara. É filho de França, e nossa nova província, e fará fronteira com você.- Portugal foi quem o introduziu. Ele era claramente mais novo que eu, tinha a pele negra, olhos castanhos e os cabelos encaracolados pretos, soltos que terminavam pouco abaixo do ombro. Me olhava com um sorriso tímido, até esperançoso.

- É‐é um prazer te conhecer, São Vicente.- Estendeu-me a mão, a qual eu hesitei... porém apertei.

- ... É um prazer, Guanabara.- Estava incerto, porém o sorriso de alívio que ele me deu ao apertar minha mão pareceu tão genuíno que eu não pude deixar de sorrir também.- Eu gostei do seu cabelo.

- Ah! Obrigado, eu... gostei do seu também.- Ambos sorrimos, em um certo constrangimento mútuo. Ficamos em silêncio por alguns segundos, crianças que não tinham ideia de por onde deveriam começar a se conhecer.

Você conheceu a Santinha?— Perguntei, tenta do puxar qualquer assunto. Era claro que interagir sob os olhos de Portugal era incrivelmente desconfortável.— Ela é engraçada, e tem o cabelo quase igual o seu... e... ah, tem o Minas também, ele é muito legal!

Não, eu não conheci eles ainda.— O menino negou, ainda sorrindo pequeno.— Eu só conheci você...

Então você tem que conhecer eles! Ah! Tem a Baía também, o Capitão Luiz*... vem comigo, eu posso te apresentar pra eles!— Estendi minha mão mais uma vez, pude ver os olhos de Guanabara brilharem um pouquinho antes de olhar para Portugal, procurando autorização.

— Bem, certo. Mas não se esqueçam de retornar para o escritório do Brasil para continuarem o trabalho. Todos vocês.— Disse simples e firme. Guanabara assentiu porém eu não disse nada, apenas mantive minha mão como um convite, que por fim ele segurou para irmos juntos atrás dos outros.

Caminhamos em silêncio segurando as mãos. Eu não pude evitar de me sentir um pouco envergonhado, mas você que havia acabado de se juntar a nós precisava de acolhimento, então ignorei isto.
Você viu cada uma das conchas na areia, e queria parar a cada vez para analisar, pouco importava se havia outra exatamente igual dois passos à frente, você queria ver as duas, e ainda comentava sobre as pequenas ondinhas que faziam e os padrões detalhados feitos pela natureza. Eu realmente não entendia, mas não me importava. Queria fazer com que se sentisse acolhido, então eu ouvi cada uma das suas descrições, tentando encontrar as tais "diferenças" que você mencionava.

Eu te conheço - SPxRJOnde histórias criam vida. Descubra agora