Maldição 7

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Ricardo: onde você estava Victória? Eu já ia sair para lhe procurar sabe que não pode ficar saindo por aí sozinha é muito perigoso.

Victoria: só estava tomando um pouco de ar puro papai... eu conheço bem essas terras e deveria ter confiança em minha pessoa... sabe que eu sei me esconder.

Ricardo: eu confio em você mais não confio nas pessoas e já lhe disse inúmeras vezes não quero você fora de casa de forma nenhuma.

Victoria: não pode me prender assim papai não vê que é uma tortura para mim?- ela se sentia morrer por dentro e sabia que o pai não aceitaria que ela ficasse com o conde que falavam horrores sobre ele, mais ela estava apaixonada.

Ricardo: o que eu não posso é deixar que as pessoas lhe peguem por aí e lhe façam mal, o que eu não posso é ver você sofrendo nas mãos dessas pessoas cruéis que não te aceitariam da forma que você é, isso é o que eu não posso.

Victoria: e eu não aguento mais viver assim papai... por favor entenda... eu não sei por que sou castigada desse jeito mais eu mereço pelo menos respirar um pouco não acha?

Ricardo: vá para o seu quarto Victória você está proibida de sair- foi o único que ele disse não poderia ariscar a vida dela, Victória era sua única filha e ele a amava muito.

Victoria chorou e correu para o quarto não queria ficar na presença do pai ela entendia essa obsessão mais não a suportava, essa constante vigilância dele sobre si, ela tinha que fugir dali.

Raquel: não poderá prender ela o resto da vida dentro de casa, a menina precisa sair, sei que teme pela vida dela e eu também mais precisamos deixar ela sair nem que seja assim a noite, ela é jovem e não vai suportar viver assim a vida inteira- falou se aproximando dele depois que a filha saiu.

Ricardo: não mesmo... você sabe quem está de volta a esse lugar? O conde... ele que é tão temido por todos sabem o que dizem dele? Que ele busca mulheres bonitas.. que a família dele é amaldiçoada... minha avó viu ele duas vezes, uma ela era uma garota pequena, ela disse que nunca esqueceu aquele rosto, ela disse que ele parecia o próprio pecado e a outra face era o castigo do pecador... ela me falou que o viu quando já estava velha e ele parecia não ter mudado um dia apenas... eu digo não gosto disso esse homem aqui outra vez não... nossa filha é a moça mais linda dessas terras.... se não fosse aqueles olhos..

Raquel: nossa filha é linda da forma que é e acho que você está agindo com o conde da forma que agiriam se vissem a nossa filha, não podemos julgar sem antes conhecer e só lhe digo uma coisa se você não deixar ela sair, ela vai acabar fugindo de nós e aí sim será pior.

Ricardo: não fale isso por que eu busco ela... não tem como ela se esconder de mim eu só quero proteger nossa menina... você sabe o que acontece lembra da moça com a mancha no rosto... o que aconteceu com ela... ainda lembro dos gritos... do cheiro de carne queimada.. e quantas mulheres morrem no nosso povoado... mais a nossa filha não... pode me julgar por ser super protetor mais não vai me julgar por deixar aqueles homens pegarem ela.

Raquel: eu entendo você meu amor, entendo o seu medo é o mesmo que o meu- ela se aproximou e o abraçou- mais ela não vai suportar viver assim meu amor, acho que deveríamos ir embora daqui para outro lugar onde ela podesse sair um pouco sem que ninguém perceba a cor dos olhos dela

Ricardo: só se formos para o fim do mundo... sabe que vendi tudo que tinha para arrumar esse lugar que já era da minha família.

Raquel: então terá que mudar com Victória se continuar a proibindo de tudo ela acabará fugindo de nós e aí sim iremos sofrer sem ter ela ao nosso lado.

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