Era de manhã quando a luz do dia entrava na janela do quarto.
Um anjo e um demônio estavam dormindo lado a lado na cama, totalmente pelados debaixo do lençol.
O demônio abre os olhos e abraça o anjo sentindo seu corpo nu no dele.
- Hm – O anjo o abraça em resposta ainda com os olhos fechados.
Eles se entrelaçam a perna e o Crowley enfia o seu rosto no pescoço, cheio de marcas de beijo, de Aziraphale.
- Crowley. - O anjo suspirou ainda de olhos fechados. – Pare já, não dormimos nada.
- Eu estou com as mãos atadas aqui, anjo. – O demônio passava a mão pela cintura e quadril do seu anjo. Ver e sentir o corpo nu de Aziraphale sempre o animava, quem não beberia vinho se tivesse no seu copo? Mesmo envenenado ele beberia, ele é imune ao veneno afinal.
O anjo suspirando só podia abraçar o pescoço do demônio e tocar no seu cabelo.
Quando o demônio o morde no pescoço ele abre um pouco os olhos e começa a suspirar alto.
O anjo acaba se entregando quando o demônio sobe em cima dele.
Eles ficaram na cama a manhã toda, quando a tarde chegou eles dormiram, para de noite se perderem em seus corpos de novo.
O quarto já estava escuro novamente quando o sol se foi. Um anjo totalmente nu estava sobre o demônio pulando em cima dele enquanto suas asas apareciam nas suas costas.
O demônio só conseguia olhar desfocado para o anjo enquanto agarrava firme suas coxas.
O demônio delirando só conseguia ver aquela bela visão. Na luz fria do entardecer tocava em seu lindo anjo que pulava trêmulo em cima dele, subia e descia bem devagar. As mãos do anjo estavam nas suas coxas sobre as mãos do demônio. Ele apenas olhava para cima com seu olhar de prazer totalmente desfocado da realidade.
Suas asas iluminavam o quarto junto com aura celestial que exalava de Aziraphale.
Tudo nele era lindo, as marcas de beijo por seu corpo todo, seus cabelos cacheados, seus olhos claros, até mesmo sua cicatriz se tornou adorável aos olhos de Crowley que só conseguia olhá-lo com amor.
Crowley fecha os olhos com força quando o vai e vem se torna mais rápido.
Aziraphale estava perdido no seu próprio mundo seguindo o seu próprio ritmo, o demônio só conseguia agarrar as coxas dele e suspirar de felicidade e prazer.
Ele ia gozar de novo.
- Anjo ah - O demônio jogou o rosto para trás vendo corações quando finalmente o anjo sentou com tudo em cima dele o fazendo gozar.
- Ahmm - Os dois gemiam juntos com seus olhos desfocados de prazer.
Já fazia mais de 24h que eles estavam assim. Perdidos em prazer.
Nem mesmo eles saberiam explicar.
Depois de ontem, ou seria antes de ontem? Quando eles chegaram na casa de Crowley eles só conseguiam fazer isso.
Fizeram no corredor e quando estavam satisfeitos foram tomar banho, e acabaram fazendo lá... Até que chegaram no quarto onde não conseguiam mais parar.
Como eram um anjo e um demônio eles não conseguiam se cansar, apenas o desejo e a saudade falavam por eles.
Quando estava muito de noite eles finalmente deitaram finalmente dormindo.
Aziraphale dormia profundamente enquanto o demônio o abraçava por trás.
Pela manhã novamente o Crowley foi de novo o primeiro a abrir os olhos.
Olha para frente e sua primeira visão do dia, era a nuca do seu anjo.
Ele suspira em um sorriso calmo ainda sonolento.
Sua vontade era de beijar aquela nuca de seu amante já marcada por tantas carícias, mas preferiu não acordá-lo.
Aziraphale vai acabar ficando de mau humor se ficar muito tempo sua comida e o demônio também pensou que seria uma boa comprar algumas bebidas.
Ele devagar se levanta, ele passa pela escrivaninha olhando os dois livros da vida juntos um do lado do outro.
Crowley anda pelo quarto decidindo se trocar.
Ele lembra que Aziraphale não tinha roupas lá.
- Será que devo passar na casa dele e pegar algo também?
Bocejando ele vai para o banheiro para tomar banho.
Quando sai do chuveiro olha para o seu corpo vendo algumas marcas tímidas no seu pescoço e poucos arranhões nas suas costas.
- Nada mal. - Ele fala com sua voz arrastada de sempre.
Ele decide não se curar e ficar como estava quando se troca.
Crowley passa primeiro na livraria e entra sem medo pela porta trancada.
Ele olha tudo e fica aliviado de estar tudo no lugar.
Ele olha para o lado vendo o abajur solitário na escrivaninha.
- Você ainda está aí? - Crowley fala com sarcasmo enquanto vai para o príncipe. - Pensei que tinha ficado com tédio de ficar sozinho e reencarnado.
Ele pega o abajur com cuidado e olha para ele.
O abajur que estava com a luz fraca piscava um pouco para o Crowley.
Ele estava com medo?
- Não se preocupe amigão, aqui está sua comida. - O demônio assopra no abajur dando a luz que ele precisava. Era estranho receber uma bênção em parte da luz da alma de um demônio, mas Crowley também já foi um anjo. - Só não fala para ninguém e reencarna logo antes que vire um velho chato.
Ele começa a andar pela livraria segurando o abajur descuidadamente enquanto olhava ao redor. Ele sentia a presença do Gabriel, mas por sorte, nada do arcanjo, então ele ignorou isso e apenas fez uma pequena mala para o Anjo.
Aziraphale sempre teve uma exigência com suas roupas, por isso raramente as trocava.
Quando ele colocou o que podia lá dentro, decidiu colocar o abajur por cima e fechar a pequena maleta
Ele anda até a porta novamente e percebe algo que não tinha visto antes, algo no chão do lado da porta.
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Good Omens - Obcecado por você
RomanceVocê nasceu para ser meu destino. Eu sou seu vicio, seu desejo, sou tudo que precisar. Por isso, seja tudo meu também, me dê tudo o que é seu. Caia em mim, para nunca mais voltar.