Seja minha Felicidade

418 54 39
                                    


'''' Se quiserem saber sobre a a 1 guerra mundial""
Conhecida no sem tempo como "a grande guerra" ela teve duas alianças:
Tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália; - Tríplice Entente: França, Reino Unido e Rússia ( que em breve entraria os EUA). Quem venceu foi Entente. Tudo começou com a era industrial e briga de territórios com o avanço da tecnologia e ciência. (tbm sou cultura poha)
Tudo começou quando um príncipe morreu em 1914. (mas ele só foi a ultima gota para algo que ja estava prestes a acontecer)) Depois disso, foi tudo muito rápido.




Oh céus... - O anjo envergonhado lavava a mão no banheiro. - Que depravação eu fiz. Uma bagunça. - Ele suspira olhando para o box e pensando seriamente em tomar banho. - Sinto que estou enlouquecendo.

Ele enxuga as mãos na toalha bordada que não combinava nada com o banheiro moderno.

- Um banho não cairia mal, mas acho que não tenho roupas aqui. - Ele lembra do pijama que o demônio comprou para ele e decide entrar no quarto.

O quarto que antes só tinha um colchão agora tinha uma cama elegante de salgueiro com roupas de camas claras e fofas como plumas.

Ele vai até um pequeno armário que deixou no canto do quarto.

Ele pensou em comprar um armário mais vistoso, mas pensou que seria muita invasão de privacidade, já que a casa não era dele. Ele pensava nisso enquanto arrumava o tripé dourado bastante chamativo do lado. Colocou ele mais de lado e abriu o armário procurando o pijama, mas só achava roupas de cama.

- Ora... Não me diga que criou asas? - Ele olha para o quarto pensando onde colocou. - Acho que levei para casa? Oh, sim. Foi isso mesmo.

Ele não queria admitir mas achou aquele pijama uma gracinha, por isso o levou para casa.



Ele olha para a cama e lembra do que aconteceu, a discussão aflorada que teve com o Crowley naquele dia.

Ele coloca a mão no ombro e suspira.

Por que ele chorou naquele dia? Era Aziraphale que devia ter chorado.

"Desculpe, é culpa minha você não acreditar em mim nesse ponto"

O anjo se sentiu ansioso e decidiu voltar para a sala.

Ele pegou o livro e desta vez sem rodeios o abre.

Ele procura o dia.



"Ele brigava com seu demônio interior, o que não era uma luta fácil, já que ele era, sem sombra de dúvidas, um demônio.
Mas até mesmo os demônios brigam entre si às vezes. Afinal nenhum demônio confiaria em outro, mesmo se o outro for ele mesmo.
Ele falava que ele não merecia o anjo, o que de fato ele concordou.
Aziraphale era bom demais para ele.
Ele falara para não deixá-lo ir.

Crowley olha para a cicatriz do anjo e só sente culpa.
Desta vez o demônio não escutou.

Olhou para a corrente e se sentiu um monstro.

Tenho que prendê-lo para manter ele comigo. Pelo meu próprio egoísmo.
Não somos nada um para o outro, mas queria que ele pelo menos confiasse em mim.

"Se ele confiasse em você, teria te dito-""




- Quanto absurdo! - Aziraphale olha indignado. - Eu só não o disse porque sabia que se magoaria.

Os ombros do anjo caíram.

Também não disse por vergonha.
E Medo.

Sim, principalmente medo.

Mas nunca pensou que Crowley ficaria magoado por ele -não- dizer.

Ele sentiu o amor de Crowley em cada linha e abraçou o livro.

Sabia que era errado sentir isso, mas estava feliz.

O anjo realmente pensou que Crowley não gostaria mais dele, mesmo assim veio para sua casa todos os dias na esperança de está errado. Ele tentou se agarrar a qualquer esperança.

Ele abraçou mais forte o livro e voltou a abri-lo.

Só que agora no presente.









1916 - Reino Unido - Tríplice Entente

Tropa das montanhas.

Crowley estava sentado em uma cadeira de madeira atrás de uma mesa grande entediado ouvindo o almirante da tropa falar.

- Senhor Crowley, meu lord. Devo te ofe-oferecer um café? - O almirante que era para seus homens um coronel impiedoso, seguidor de Satã, acabou virando um cão sarnento na frente do Crowley. - Me falaram que estaria a caminho... só...só não pensei tão cedo...

O demônio entediado olhava o homem.

- Não que esteja reclamando, por Satã, é tão misericordioso por não ter nada pronto ainda.

- Tanto faz, agora chispa daqui. - A sala era do almirante.- Preciso de um tempo para... fazer coisas de demônio.

O coronel humano sorriu animado e em seguida cedeu sua sala em um bom grado.

- Claro senhor, se sinta à vontade- O quer dizer, se sinta no inferno. - Ele fecha a porta.

O anjo caído suspira tirando o seu chapéu da cabeça.

Ele alisa o cabelo para trás e olha a janela.

- Escolher um lado ruim... Como se tivesse um lado bom em uma guerra. - Ele respondia em atraso a ordem de Belzebu.

Pelo menos a Tríplice Entente tinha aliança com o Reino Unido, o que facilita a viagem.


Ele suspira e fica olhando a mesa entediado. Ele olha para o lado procurando algo e se levanta.

Ele olha ao redor da sala toda.

- Não é possível que esse humano não tenha pelo menos um uísque, um vinho que fosse. - Ele fica se perguntando como um homem pode aguentar a guerra sem um bom álcool. - Eu nunca vou entender essa gente.

Ele olha para o lado da prateleira e só vê um jogo de chá inglês.


Aziraphale ia adorar isso.

Ele vai até o jogo de chá e dá uma boa olhada nas opções de ervas que tinha.

Ele cheira uma e faz careta.

- É. - Ele fala ainda sentindo nojo. - Com toda certeza ele ia amar.


Ele fecha o pote com as ervas e-

"toc, toc"

- Lord Crowley.
- Entre. - Ele larga batendo as mãos enluvadas uma na outra.

- Senhor, temos invasores a caminho.

Já começou? Ele pensou que por estar na montanha demoraria mais.

- Perfeito, quantos são?
- Um, senhor.




- Desculpe, você falou um?





No alto da vigia ele olhava para baixo da montanha congelante vendo um pontinho andando na direção da tropa.

- O que vamos fazer senhor? Pode ser um civil! Devemos atirar?
- Vamos atacar! - Um soldado falou animado atrás.
- Vamos testar nossa mira. - Outro ria apontando a espingarda.

Crowley ainda tentava olhar com a ajuda do monóculo. Ele apertava bem os olhos.



Um tiro foi disparado fazendo o ponto assustado desviar.

Crowley conhecia aquele jeito de andar, o jeito também de ficar indignado desviando da bala.

Ele tira os óculos de sol e grita.

- Pera aew oh cambada! - Todos param e ele olha novamente.

Aziraphale andava todo agasalhado parecendo um bolinho bege inglês no meio da neve branca.

- Você só pode estar de brincadeira.







- Selvagens. - O anjo resmungava para ele mesmo enquanto andava na neve pesada, no norte do reino unido era sempre frio, mas uma montanha de neve? Era demais.

O barulho de altos motorizados o assustou quando ele viu que não era um nem dois mas sim quatro carros de guerra vindo em sua direção.

Ele só podia olhar ao redor enquanto os carros o cercavam. Ele olhava cada um dos carros ficando perdido.

Até que viu um cabelo vermelho conhecido saindo do automóvel.

- Crowley! - O anjo sorri aliviado. - Oh, graças a De-
- O que está fazendo aqui? Por acaso enlouqueceu?

- Ora, não seja rude. - Aziraphale fica com raiva e anda até ele com dificuldade por conta da neve. - Eu vim para essa terra sem fim para te ver. E o que está fazendo aqui?

O anjo olha novamente ao redor não vendo nada além dos carros.
- Isso é mesmo um batalhão? O que um batalhão faria no meio do nada? - Ele olha o demônio o questionando. - Pesquisa científica?

- Bomba Atômica.

- Bomba Atômica?? Está falando que tem uma bomba atômica neste lugar?

O demônio só o olhava.

- Oh, lord. - Sua postura muda e ele fica ereto olhando novamente o lugar com mais atenção. - Eu pensei que essas coisas eram mito.. Bom, tenho muitos mitos que estou achando que é verdade hoje em dia. - O anjo fala para si mesmo.

- É, gás letal também, por isso novamente, o que está fazendo aqui?

O anjo olha para o demônio. Ele era lindo até naquele frio.
Seus cabelos estavam protegidos em um chapéu que ele gostava de usar, terno estilo militar em gola alta.



Por um tempo, o anjo baixou a guarda, mas em seguida olhava para o lado vendo um humano soldado atrás em guarda.

- Oh, perfeito. - O anjo de bom humor vai até o soltado deixando o demônio de mau humor de lado. - Poderia me dar uma carona para um lugar quente, querido?
- Ei. - O demônio fala desconcertado.
- Por aqui senhor. - O humano que parecia raivoso por um tempo se tornou carinhoso. - Por favor cuidado, o carro é alto.
- Oh céus. - O anjo sorri agradecido. - Que Deus te abençoe jovem soldado.
- Ah... - O humano ia falar algo, mas o Crowley colocou a mão no rosto dele e o empurrou entrando no automóvel do lado de Aziraphale.


O demônio dava a ordem de voltar para a base enquanto o anjo sorria de bom humor ao lado dele ocupando boa parte do carro com suas roupas elegantes e fofas.

O demônio no canto apenas cruzava os braços e abria as pernas olhando para frente obviamente de mau humor.













Good Omens - Obcecado por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora