⚽️ 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗮𝘆𝗹𝗮 perde seu
pai por uma fatalidade. Nisso,
teria que passar a morar com sua
mãe e seu padrasto, o que era
seu pesadelo. Em meio a tudo
isso, alguém do passado volta
à sua vida, mas de uma forma
diferente e talvez até a faça
...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
L A Y L A L A U R E N T
Eu acho que nunca vou superar a morte do meu pai.
Isso teve um impacto muito grande na minha vida. E o que mais me estressava era o fato de que minha vida não poderia parar por causa disso, eu precisava continuar. Minha vida seguiria, como se nada tivesse acontecido.
Mas na prática, não funciona bem assim. A minha vida virou de cabeça para baixo completamente. Perder a pessoa que eu mais amo, mudar de país, perder todos os meus amigos, viver com pessoas que não estou acostumada... Tudo isso aconteceu tão rápido que nem tive tempo de absorver, já precisava agir.
Eu passei tantos anos da minha vida imaginando como seria viver sem meu pai. Como seriam as coisas caso no amanhã ele não estivesse comigo, e eu chorava tanto, mesmo sabendo que ele estava na sala completamente bem, assistindo o Chelsea jogar.
Não sei porquê eu tinha aqueles pensamentos, acho que, de alguma forma, acabei atraindo.
Hoje fazem exatos cinco meses desde o dia que ele morreu. É dezessete de maio de dois mil e vinte e dois. Eu achei que eu só iria ficar... "estranha" no primeiro mês. Mas já fazem cinco meses que não sou mais a mesma de antes. Todo mundo fala isso. Eu finjo que não percebi, mas eu percebi, sim.
Tenho meus pensamentos levados pelo apito do meu treinador de futebol, após eu dar um empurrão na Karina — do time adversário —, ocasionando uma falta.
— Parou! — o treinador apita e corre até nós. — Layla?! Já é a terceira falta que você comete em menos de dez minutos! Está com o que na cabeça?
— O que eu fiz?! — Pergunto indignada, com as mãos na cintura. — É claro que ela está fingindo!
— Você me deu o maior empurrão, Layla! — Karina, minha amiga, diz. — Meu Deus, nem era um lance ofensivo.
Olho para o Juiz, e ele ergue o segundo cartão amarelo para mim. Estou expulsa.
— Não é possível, senhor Ryle! — Grito, exaltada batendo os pés.
— Layla, eu não sei o que está acontecendo com você nesses últimos meses, mas desse jeito não dá! Você vai acabar machucando uma das meninas. — Ele responde.
— Mas... — Tento dizer, mas ele me interrompe.
— Está tudo bem, Layla. — Ele põe as mãos no meus ombros, os apertando. — Você pode voltar amanhã. Acho até que você tem consulta com a senhora Lane hoje, não tem?
