⚽️ 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗮𝘆𝗹𝗮 perde seu
pai por uma fatalidade. Nisso,
teria que passar a morar com sua
mãe e seu padrasto, o que era
seu pesadelo. Em meio a tudo
isso, alguém do passado volta
à sua vida, mas de uma forma
diferente e talvez até a faça
...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
L A Y L A L A U R E N T
⚠️ Alerta de gatilho: Discussões, pressão acadêmica e ilusões psicológicas! Caso algum desses temas te deixe desconfortável, recomendo que não leia! Será tudo "resumido" no próximo capítulo.
Eu nunca fui uma pessoa muito inteligente na escola. Sou péssima em exatas, e fico na média em todas as outras matérias. Mas eu sou esforçada.
Quando eu estudei na Inglaterra por quase dois anos, nenhuma das meninas da minha sala antiga gostava de mim. O porquê eu nunca entendi. A pior delas era a menina ruiva. A Suzana Rubens.
Ela era muito inteligente. Era estudante de Charleston, mas estava na Inglaterra por algum motivo que já nem me lembro mais.
Eu só me lembro de que ela era a melhor aluna da minha sala. Suzana sempre se incomodava com as minhas notas, até mais do que eu. Ela vivia me chamando de burra e me zoando. Falava até que eu iria reprovar.
Porque lá alguns professores, principalmente os de exatas, falavam as notas em voz alta por serem muitos alunos. E, nossa, a Suzana amava àquele momento. Era quase um Regina George de doze anos de idade.
Por muito tempo, isso me deixou abalada. Eu realmente me sentia burra e me sentia inferior a todas as meninas da minha sala. Porque dentre todas, eu sempre tive a menor média.
Até que um dia meu pai me disse que o esforço superava qualquer tipo de talento. Suzana era de fato talentosa. Ela simplesmente sabia fazer tudo. Desde resolver equações, até dançar balé.
Suzana sabia fazer coisas que ninguém da minha sala sabia por ser de Charleston, era óbvio que ela teve acesso a um ensino muito mais avançado.
Depois disso, eu coloquei na minha cabeça que queria ser ainda mais esforçada. Eu nunca quis ser igual a Suzana Rubens, eu queria ser melhor.
Uma vez que só o esforço não foi o suficiente, então eu precisei de mais. Me tornei obcecada por algo que eu nem gostava só para ter o prazer de provar para mim mesma de que eu era muito mais do que a média.
Porque a Suzana podia ter estudado no terceiro melhor sistema de ensino do mundo, mas ela não sabia o quão aqueles seus comentários maldosos podiam motivar alguém.
E, então, passei a estudar que nem uma condenada. De uma forma nada saudável, confesso. Mas o resultado enfim veio: melhorei as minhas notas e ela enfim parou de me perturbar.
De início, eu só queria que ela me deixasse em paz. Mas eu trouxe tudo isso para a minha vida. Eu posso ser péssima em quase todas as matérias, mas eu sempre vou dar tudo de mim para me sair bem.