Soulbound

Negociações

Ela acordou de seu sono com a sensação de lábios macios subindo por suas costas. Um suspiro de felicidade escapou dela enquanto ela se aninhava mais profundamente no travesseiro macio, sua pele formigando a cada beijo.

"Querida, é hora de levantar", a voz rouca de Sarah ressoou na sala, pontuada por um beijo no ombro de Tally, causando arrepios deliciosos por seu corpo.

Tally gemeu, tanto com a perspectiva de sair da cama quanto com o quão irresistivelmente sexy Sarah era.

Com um olho mal aberto, ela semicerrou os olhos para a marca na cama onde Sarah estava sentada, já vestida, com um sorriso suave enquanto olhava para ela.

"Há quanto tempo você está acordado?" Tally perguntou grogue.

Sarah se inclinou para frente, afastando o cabelo do rosto de Tally e colocando-o atrás da orelha.

— Algumas horas — respondeu Sarah, passando os dedos pela maçã do rosto de Tally. "Eu não queria te acordar, mas sua unidade notou sua ausência. E..."

A mão de Sarah parou na maçã do rosto de Tally, seu rosto demonstrando hesitação.

Franzindo a testa com preocupação, Tally estendeu a mão e envolveu a mão imóvel de Sarah em seu rosto.

"O que está errado?"

Sarah franziu a testa, levando as mãos unidas ao rosto, dando um beijo nas costas da mão de Tally antes de suspirar.

"Preciso que você se vista e encontre Petra. Ela está esperando por você."

As palavras de Sarah não foram uma ordem, mas sim um pedido. Mesmo assim, Tally ficou em posição de sentido. Levantando-se com uma mão, sem se envergonhar de sua nudez, ela olhou para Sarah interrogativamente.

"Isso é sobre a Imperatrix e..." Ela fez uma pausa, tentando lembrar a palavra nativa mencionada na noite anterior. — Ketabuh — concluiu Tally, reconhecendo sua provável pronúncia errada.

Mesmo que ela tenha tropeçado na palavra, ela imediatamente tocou Sarah. Sua mandíbula se apertou, transmitindo a confirmação tácita da pergunta de Tally. Levantando-se ainda mais, Tally soltou a mão de Sarah e estendeu a mão para segurar seu rosto, usando os dedos para aliviar a tensão na mandíbula da mulher.

"Diga-me o que você precisa que eu faça", ela disse gentilmente, garantindo contato visual com Sarah enquanto falava.

Tally estava começando a entender o delicado equilíbrio entre dar tempo a Sarah para processar suas emoções e empurrá-la gentilmente para fora de sua zona de conforto. O comportamento atual e a hesitação de Sarah indicavam que este era um daqueles momentos em que Tally precisava agir com cuidado, como andar na corda bamba sem rede de segurança.

Os olhos de Sarah brilharam com hesitação, mas a confiança irradiava de seus olhos azuis brilhantes. Sarah respirou fundo, como se precisasse de um empurrão extra para articular suas palavras.

"Pedi a Petra para ser sua conciliadora e ela concordou. Ela revisará o contrato que me foi enviado esta manhã. Preciso que você faça perguntas e fale se houver algo no contrato com o qual você discorde. Avise Petra, e ela garantirá que o documento seja atualizado antes de ser finalizado."

Tally ouviu atentamente o pedido de Sarah, sentindo o nervosismo tomar conta de seu peito. Ela fez um esforço consciente para impedir que isso aparecesse em seu rosto ou vazasse através do vínculo deles. Ela não queria que Sarah se culpasse por sua ansiedade. Não, Tally se recusou a se tornar outro fardo para Sarah Alder carregar.

Retirando as mãos do rosto de Sarah, ela estendeu a mão e entrelaçou os dedos, apertando com firmeza.

— Posso cuidar disso — declarou Tally com confiança, assentindo.