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Quarta, 23:56.

A cama rangia com força, em alto e bom som, meu corpo estava próximo ao seu limite, os arrepios corriam cada vez mais fortes.

- Mhm... Você é tão gostosa. - Eu ouvi Ran resmungar baixinho me fazendo gemer em resposta. As estocadas aceleravam cada vez mais e me faziam revirar os olhos.

Meu corpo se movimentava junto ao de Ran, enquanto minha mão esquerda segurava fortemente a cabeceira da cama, já Ran, apertava com força minha cintura, com certeza teriam marcas ali. E logo eu senti meu terceiro orgasmo me atingir junto ao de Haitani.

Ele então se jogou na cama justamente como eu fiz e entrelaçou nossas mãos enquanto ambos tentávamos regular a respiração.

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Sábado, 18:45.

Finalmente as férias de verão haviam chegado, nossos pais resolveram viajar para Los Angeles, onde minha tia Katherine, irmã de minha mãe vivia. E lá estava eu, trocando mensagens com Ran quando podia, por conta do fuso horário e ficando entediada com as minhas primas que só conseguiam falar o quão legal eram as roupas delas e quão brega eram as roupas de uma tal de Alice.

- Se me derem licença, eu vou respirar um pouco lá fora. - Eu falei, fazendo com que as três olhassem pra mim de forma estranha e voltassem a conversar.

Passando pelo sofá, pude ver Emma dormindo, seu celular ainda com a tela acesa em alguma conversa. Fiquei alguns longos segundos encarando o celular de Emma, pensando se deveria ou não xeretar o telefone da mesma, mas qualquer pensamento que eu tinha para me impedir de fazer tal bobagem, era invalidado por apenas uma frase: "Pra quem ela mandaria corações?"

E então, sentindo que eu estava delirando ao ver aqueles emojis em algum chat de conversa de Emma, me aproximei e peguei de forma astuta e cuidadosa o objeto da mão de Emma. E lá estava o motivo dos corações. Joe.

Aparentemente eles estavam se dando bem de novo, um peso foi tirado de meu coração por saber que não tinha destruído a relação deles, aproveitei a oportunidade para pegar o número de Joe e devolvi o bendito telefone.

Caminhei até o grande jardim da casa e encostei meu corpo na parede, pegando meu celular e discando o número de Joe.

- Alô? - ouvi a voz que eu mais sentia saudades e senti meu corpo tremer em resposta.

- Joe... É bom ouvir sua voz. - Eu falei e ele apenas riu.

- Pequena. Faz um tempo, né?

- Com certeza. Você e Emma voltaram a se falar?

- Oh, ela ainda não te contou? - ele perguntou e eu senti meu coração disparar em ansiedade.

- Não, aconteceu algo? - perguntei preocupada.

- Estamos namorando, [Nome]. - ele falou e eu sussurrei gritos o fazendo rir de minha reação afobada.

- Eu fico tão feliz por vocês, Joe. Eu também estou gostando de alguém. - disse imediatamente pensando em Ran.

- É aquele idiota que te ignorou? - Joe perguntou e eu suspirei.

- Sim. Ele mesmo, Joe. - falei e ele apenas respirou fundo.

- Se sente que esse é o caminho certo, pequena, apenas siga.

- Certo... eu vou desligar agora, falei pra ele que o ligaria daqui a pouco. - eu falei e pude ouvir novamente a risada gostosa do meu quase irmão.

- okay, [Nome], se cuida.

E então aquela chamada foi encerrada, pude ouvir algumas vezes o bip da chamada finalizada antes de tirar o celular do ouvido e clicar no contato de Ran e ouvir chamar, logo a voz que fazia meu peito se contorcer em amor e transformar meu corpo em combustão foi ouvida do outro lado da linha.

- Demorou... - ele falou de forma calma e doce, era ótimo ouvir sua voz.

- É, me desculpe, estava conversando com meu cunhado. - falei e pude ouvir um riso soprado.

- Não se preocupe, querida.

- Está na rua?

- Sim, em uma loja de conveniência perto de casa, vim comprar um picolé. Está calor aqui.

- Aqui também. - falei ouvindo um silêncio confortável se formar durante a chamada.

- [Nome]?

- Sim?

- Sinto sua falta...

- Eu também sinto sua falta, Ran.

- Está chato aqui sem você, amor. - ele falou e eu senti meus batimentos se descompassarem.

- Eu sinto o mesmo, Ran.

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Uma semana depois, Japão, Tokyo, 8:35 AM.

Eu estava sentada na carteira de cabeça baixa, o professor ainda não havia chegado a sala de aula e os alunos faziam baderna pela sala. Minha cabeça doía como nunca, meu estômago se revirava e eu mal conseguia pensar com tanto barulho.

E então como uma luz em meu túnel escuro, Yui apareceu na porta de minha sala chamando a mim e Rindou para acompanhá-la, e ao seu lado, Ran.

- O que estão fazendo aqui? - eu e Rindou perguntamos em uníssono.

- Meu professor faltou. - Yui falou agarrando o braço de Rindou.

- Matei aula. - Ran falou e eu olhei como se ele tivesse assassinado alguém. - O que foi?

- Nada. - respondi quase que imediatamente.

...

E então agora estávamos atrás da escola, enquanto Ran e Rindou contavam suas histórias de brigas e lutas e Yui ouvia tudo animada, já eu, impressionada.

- Que cara é essa? - Ran falou acariciando minha cabeça de forma leve e gentil me causando uma sensação gostosa de formigamento. Eu estava sentada entre suas pernas, com o ombro esquerdo encostado em seu peito e a cabeça em seu ombro.

- Nada, apenas pensando. - falei levantando a cabeça para olhá-lo.

- Eu senti sua falta. - ele falou colocando as mãos em minhas bochechas e me puxando para um selinho.

- Foram só sete dias. - falei franzindo o cenho.

- Sem você. - ele resmungou.

- Sete dias. - rebati.

- Sem você. - ele novamente resmungou.

- Certo, eu sei que você me adora então vou deixar passar. - disse convencida é Ran apenas riu.

- Obrigado, vossa majestade. - ele disse beijando minha testa e acariciando meus cabelos.

O mau caminho - Ran HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora