Capítulo 11

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Saí correndo o quanto que eu pude, pude sentir um vento frio entrando nas minhas entranhas, era como se eu estivesse passando por flashbacks antes da minha morte. Antes que eu possa conseguir pôr um pé no próximo corredor, ouço um rugido de ódio e um feitiço ser falado por um dos bruxos das trevas:

- Crucio!

Guilherme e Fleur gritam em conjunto um "NÃO!" desesperadamente terrível, vindo com uma luz vermelha-sangue saindo da varinha de um dos bruxos das trevas. Achava que iria atingir um do casal, mas não, estava vindo na minha direção. Não pude reagir direito, o que lhe restava é... gritar de dor.

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH" um grito que eu não poderia descrever, a melhor palavra seria "amedrontador" como o vento frio dos dementadores. Não consegui me concentrar em nada além da dor que não sei se era física ou psicológica. Não conhecia esse feitiço chamado "Crucio" ou "Cruciatus" que lhe faz uma tortura assustadora. No momento que senti o que faz, um grande trauma e medo foi desbloqueado.

Guilherme ataca o que lançou Crucio, empurrando-o e desacorda, enquanto o outro usa Protego e ataca Fleur, que consegue aguentar. Guilherme usa novamente "Estupefaça" no bruxo das trevas, fazendo-o desmaiar. Agora os dois estão fazendo companhia em seus sonhos.

- ALLEN!! ALLEN!!

Sou chamado por eles, que ainda sentia a dor indescritível e sentindo falta de ar pela ansiedade e medo, jogado no chão. Fleur percebe que ainda estou sentindo uma dor forte, mais psicológica do que física, e encara Guilherme.

- Devemos tirá-lo daqui, Gui...

- Vou levá-lo no colo, sem problemas.

Então Guilherme pega o meu corpo pequeno no colo e começam a correr para a saída, que estava atrás de nós.

. . .

"O que será que iriam fazer com ele?"

"Não conseguimos achar a sala exata aonde levariam Allen, teremos que explorar mais essa fortaleza."

"Não agora, certo? Fomos nele para resgatar Allen, e é isso que fizemos!"

"Por enquanto 'acabado'."

"Isso já está parecendo uma guerra entre os bruxos do mal e bem. Parece um livro de História."

"Voltamos aos tempos de 20 anos atrás?! Não, de novo, não!!"

"Calma, Rony! Não será como naquele tempo! Tenho certeza que isso acabará logo!"

"Espero que sim, Hermione...eu não quero perder mais alguém da minha família..."

"Deviam se acalmar! Temos que ficar calmos e...sermos cuidadosos..."

"Deveria fazer alguma coisa, Harry. Você é auror, vá atrás deles antes que Allen morra!"

Não sei por quanto tempo ouvi vozes conversando próximos a mim, acho que foi o suficiente para que tivesse um contexto ao acordar, onde estava deitado em uma cama de solteiro macia, em um quarto confortável e quentinho, diferentemente da fortaleza que não havia um lençol sequer para se embrulhar do gelado inverno. Abrindo os olhos, as faíscas de neve são as primeiras que vejo pela janela com as cortinas abertas ao lado da cama, o dia ainda de pé, quase de noite.

Quando me movimento, ouço o som da madeira da cama, acho que isso acabou chamando atenção de quem está embaixo, pois passos rápidos das escadas foram escutadas e vejo duas pessoas saindo correndo pra me abraçar ao me ver acordado.

Allen Mitchell - O Bruxo Brasileiro em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora