❇Eu não poderia deixar a minha sensação de frustração por mais tempo, só era o necessário de saber que Allen estava vivo, é o suficiente, agora não sei se Allen vai ficar vivo por muito tempo se eu meter umas boas bofetadas em suas costas, se encolhendo todo por causa das dores. Entendo que não é culpa dele, mas o próprio se metendo em problemas...não tem eu não me tornar frustrada e arrancar as minhas reais ações e pensamentos.
Eu consigo controlar as minhas intensas ações a maioria do tempo, apesar de sempre questionar eles e do porquê não sou eu mesma, por que não posso ser eu?
Me questionando não sei quantas vezes desde que eu soube me questionar, não consigo retirar da minha cabeça aqueles dias de felicidade que no fim, se tornaram uma decepção... a minha própria família. Naquele dia específico, eu simplesmente explodi.
(...Alguns meses atrás)
Eu estava com tantas saudades dos meus pais que não perderia a oportunidade de voltar para a casa nas férias. Cheguei a estação King's Cross após a algumas horas tendo uma despedida de Allen e Hayden, o que genuinamente sentirei o sentimento de saudade em poucos dias longe deles. Eu odeio admitir, de vez em quando meu orgulho fala mais alto, porém me apeguei tanto a eles em tempo curto que sinto vontade de bater minha cabeça na parede.
Avisto de longe meus pais e dando passos apressados até correr para abraçá-los. Uma hora de carro para chegar em casa, sou recebida pelos abraços leves de meus avós paternos.
- 何おこれ? ここは何あなた達ですか? (O que é isso? O que vocês estão fazendo aqui?) - Pergunto em surpresa ao encontrar meus avós em casa.
Meus avós não costumam sair de Kyoto para pisar em Londres, normalmente sou eu e meus pais que viajamos para o Japão visitá-los, por isso a surpresa e um leve espanto. Meus avós paternos não são fluentes em inglês, eu e meus pais nos comunicamos em japonês quando eles estão por perto.
- Viemos...visitar vocês... - A vovó dá uma pausa, pensativa, tentando o seu inglês. - ao invés de irem nos visitar...
- だいじょうぶ! (Está tudo bem!) - Responde mãe, se aproximando para abraçar os sogros.
Eu reencontro o meu quarto de desde que me mudei para Londres, é um quarto grande de decorações diversas de desenhos animados que eu amo assistir, como "A Mudança de Hiroto", "Paraíso de Serpentes" e "Truques de um Bruxo", os meus três desenhos preferidos, um deles há uma dubladora que é uma bruxa, eu a admiro tanto! Felizmente os trouxas ao redor dela não sabem.
Pôsteres destacados dos desenhos, fotos dos meus pais e de outros parentes em quadros pendurados no papel de parede azul bebê. Além dos pôsteres exagerados deixados na parede, chamava a minha atenção uma pequena caixa de papelão em cima da minha escrivaninha. Não lembrava o que era essa caixa. Me aproximo e ergo a caixa em frente aos meus olhos, abrindo-a em seguida.
- Hã? Que papéis são esses? - Pergunto-me ao abrir a caixa de papelão e deixando a tampa de lado.
Tateei a quantidade de papéis nesta pequena caixa, até pegar o primeiro papel e analiso com muito foco. Havia aspas com falas de alguém "Precisamos de documentos, você sabe o que é isso, não sabe? NECESSITAMOS de documentos de identificação como o CPF dessas crianças." e abaixo dela alguns números, como se fossem códigos. Eu esbarro esse papel para o próximo, escrito "Documentos de identificação de: 10 crianças especiais."
Antes de continuar, sou interrompida ouvindo o rangido da porta do quarto, virando-me para atrás e observo meu pai com os olhos surpresos.
- O que é isso que está nas suas mãos? Não pode mexer, são do trabalho! - Ele se aproxima e tira o papel da minha mão, fechando imediatamente a caixa guardando os restantes dos papéis que estavam fora.
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Allen Mitchell - O Bruxo Brasileiro em Hogwarts
Fanfiction❗AVISO❗: Se tiver algo de errado (ortografia, regras, feitiços e etc do universo de HP) perdoe-me, irei revisar assim que possível tudo. ⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛⬛ ↳ SINOPSE ↲ Uma fanfic de Harry Potter que leva um bruxo brasileiro a Hogwarts. Acontece grandes...