capítulo 59

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E continua nossa maratona, espero que gostem muito.

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Bárbara

Depois da ligação pra mim confesso que no início tive um certo receio de saber o que estava acontecendo na delegacia, mas passou tão rápido quanto veio.

Lincoln me deixou na porta com desculpas de proteção e achou que eu deveria ter quando se trata daquela víbora encarcerada, mas aqui ela não vai se criar.

Tudo ficou pior ao saber as coisas perversas que foi fazendo e ouso dizer sem medo Alice é esse monstro desde o saco do pai, não tem outra forma de pensar.

Esse sentimento que ela tem por Anastásia não é inveja ou ciúme e sim algo doentio que faz ela querer destruir tudo que lembre a irmã.

A merda não parou só na irmã, se estendeu ao Grey e tantas outras pessoas no qual ela não se agradava e fazia tudo de ruim.

Não tenho de falar nada porque deixo minhas coisas na sala e vou direto onde está minha hóspede, só que me param antes de chegar lá.

Uma de minhas investigadoras me chama no canto pra conversar, ela me conhece bem e viu nos meus olhos que poderia dar merda.

- Por que me parou aqui? - pergunto um pouco sem paciência.

- Porque te conheço muito bem Bárbara - ela fala com aquela falsa calma que conheço bem - chamei você aqui apenas para ficar por dentro das coisas.

- E aí? As detentas estão bem Mari?

Antes mesmo de acabar a minha pergunta ela solta uma gargalhada.

- É por isso que eu adoro você Bárbara - diz ainda rindo - sua preocupação é com as outras mulheres e não sua convidada.

- Lógico que sim - sorrio - Alice aqui terá aquilo que nunca teve na vida e não estou nem aí se acontecer algo comigo, eu não quero é que nada aconteça as outras.

- E vai acontecer?

- Acho que não porque aquelas mulheres lá também já sofreram um tanto, só que infelizmente elas não tiveram opções Mari, umas com marido violento, outras se viram entrando para o tráfico pra dar o que comer aos filhos. Mas fazer maldade gratuitamente aos outros? Só mesmo a cobrinha e por isso as "moças" lá dentro não perdoam.

- Ok ok, elas só queriam ver você e saber se o tratamento vip está bom ou vão continuar - vai falando e se segura para não rir.

- Eu tenho quase certeza que ainda tem muita coisa pra ser tratada lá dentro, mas eu quero ver.

Pensei de já ter visto tudo nessa vida, porém ao chegar na cela vi o quanto estava enganada, nada me preparou para olhar a cena a minha frente...o meu controle precisou ser enorme para não rir.

Alice

Eu só quero sair daqui ou me deixem morrer de uma vez, é só esse o pensamento que passa na minha cabeça.

Se era conhecer o inferno digo claramente que o conheci como ninguém porra.

Não tenho força nem para pensar direito, tudo em mim dói e grita para que pare, pare sim de doer.

Todos se juntaram para me destruir e devem estar comemorando a minha derrota, mas vou morrer dizendo que não me arrependo de nada.

Odeio aquela sem graça da minha irmã, odeio ainda mais o idiota do Grey, os juntos se merecem. A certinha e o brochador.

A certinha não deve nem saber o que é um pau de verdade, porque o do Grey não funciona.

Apenas o Lincoln me decepcionou, não esperava que ele fosse o meu algoz...meu traidor.

Queria ter um pouco de força pra acabar com essas doentes mentais dessa cela imunda e nojenta, só um pouquinho mais de força e eu mataria uma a uma.

- Bora aí dona rainha - grita no meu ouvido - tem que estar pronta né?

- Me deixa em paz - digo sem força.

- Levanta dessa porra agora!!! - me puxa pelo cabelo.

As malditas me puxam fazendo com que eu fique de pé e devo falar o quanto está difícil sustentar o peso do meu corpo, só que se esperam eu implorar não terão esse prazer.

- Aí oh - fala a detenta que manda nessa merda aqui - tu não queria ser a fodona? Ser uma rainha? A gente aqui vai realizar teu sonho "bunitinha."

- Me deixa em paz!! - falo com raiva e sinto meu rosto arder com o tapa.

- Fica calada - rosna no meu ouvido - eu disse que você vai ser rainha mas não irá mandar em nada.

As vagabundas vem pra perto de mim arrancando os trapos que cobrem meu corpo e me deixando nua.

Cada uma depois de tirar volta com outros trapos ainda pior, começam a me vestir e o cheiro é insuportável.

O pouco que consigo olhar é pra ver a minha humilhação, pelo forte odor esses panos estão sujos de urina e fezes.

Seguro a vontade de vomitar porque sei que será ainda pior se eu fizer isso, vou respirando pela boca.

Estou coberta por panos onde elas me fazem limpar toda a cela, essas malditas juntaram os panos e fizeram suas necessidades e agora me vestem com eles.

- Olha como a rainha está perfeita - começa a rir da minha cara - falta agora duas coisinhas.

As infelizes colocam na minha um cabo de vassoura sujo de merda e fazem com que segure, não satisfeitas arrumaram um jeito com os papéis e montaram uma coroa enfiando na minha cabeça.

- Olha só - bate palmas e ri da minha cara - a rainha da cela...uma rainha de merda.

Todas caem na gargalhada e eu a única coisa que posso fazer e ficar calada, se eu atrever a falar ou respirar pode ser muito pior pra mim.

Não demora muito ouço passos e logo em seguida muitos risos e levanto meu olhar pra ver que é a talzinha que me jogou aqui dentro.

- Estou me sentindo muito importante porque tenho alguém da realeza na minha delegacia - ri ainda mais de mim - devo fazer reverência?

- Dona "dotora" a gente tá muito importante né não? - uma delas falam e as risadas continuam.

- Com toda razão - Bárbara chega perco da grade - uma pena o mundo lá fora não poder ficar sabendo não é Alice?

Permaneço calada e do nada alguém me soca nas costelas e uma dor alucinante me toma, sem poder controlar uma lágrima escorre pelo meu rosto.

- Ela está emocionada com seu reinado meninas - a outra do lado da delegada fala com deboche.

A delegada chega ainda mais perto da grade e faz um sinal para que me levam até onde ela está, quando estou de frente a ela a filha da puta da detenta imprensa minha cara na grade.

- Aproveite bem seu reinado Alice - diz entre dentes - aqui ainda é maravilhoso pra você, imagina quando for para o presídio? Lá elas não gostam de pessoas com pose como você, lá elas é que mandam. Acho que irá gostar das suas amiguinhas do presídio.

- Eu...eu odeio vocês - é o que consigo falar.

- Não se preocupe Alice porque você não é a única - sai rindo ainda mais.

Quando Bárbara se afasta indo embora as miseráveis chegam por trás de mim e derramam um balde cheio de porcarias dentro, é nessa hora que meu estômago não suporta mais e ponho tudo pra fora.

Elas começam a gritar e pular em comemoração dizendo que aguentei até muito, caio de joelhos me segurando na grade sem força alguma.

- Majestade...- sussurra no meu ouvido - o banquete tá servido.

E joga minha cara em toda a sujeira no chão.

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Será que tem alguém sofrendo ?????

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Amanhã volto com mais para vocês.

Será que teremos surpresas?

Quem sabe né?



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