convite

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Mellysa

Estavamos quase chegando no parque e eu estava dirigindo normalmente até que eu freio brutalmente depois de quase atropelar um ser que se enfiou na minha frente.

A primeira coisa que eu faço é descer do carro e me certificar se mateu está bem, e ele estava. Respiro fundo e vou em direção a frente do carro pra ver se a pessoa estava bem e adivinhem?

Tinha que ser

- Hector?

- Mellysa? Só podia ser você né garota. - ele arruma a coleira de seu rottweiler e depois me encara com uma expressão de deboche.

- Olha eu não tenho culpa se você é um inconsequente louco que saí atravessando a rua sem olhar pro lado. - digo

- Ah eu não olhei pro lado? Eu não sei se você sabe mas quem não olhou pra frente aqui foi você. - ele diz.

- E como você tem certeza disso? - pergunto o deixando sem argumentos.. ou era o que eu achava.

- É só você olhar pro sinal que tá vermelho, ou você é cega? - diz ele com os braços cruzados.

Quando eu ia abrir a boca pra responder mateu me chamou.

- Vamo dinda - o garotinho dizia impaciente.

- Então a inconsequente tem um afilhado, tadinho da criança - ele diz rindo.

- E você consegue dá conta de um cachorro? Uau. - respondo da mesma forma.

- Olha gatinha eu consigo dá conta de tudo, até de uma gostosa que enche o meu saco toda vez que fala comigo. Inclusive tá falando agora - esse menino consegue me deixar sem palavras toda vez que abre a boca, é impressionante e inconveniente ao mesmo tempo.

- Você é um sem noção mesmo né? Eu já falei que você não tem chance. E nunca vai ter, agora saí do meu caminho antes que eu passe por cima mas dessa vez sem frear - digo indo em direção ao meu carro e adentrando, mas antes consigo ouvir um "vamos ver" porém ignoro.

- Quem era dinda? - mateu pergunta quando chegamos no parque.

- Um sem graça que enche o meu saco. - digo sem dá importância.

Após chegarmos no parquinho me sento em um banco qualquer e fico vendo meteu brincando com outras crianças.

Quando olho pro lado me deparo com um casal se agarrando em um canto de uma árvore, sério que falta de respeito.

Volto minha atenção a mateu que quando me dou conta não estava mais ali e já levanto rápido indo rodar aquele parquinho.

Até que eu encontro o garotinho fazendo carinho em um rottweiler, preso em uma árvore, eu não penso uma vez e vou correndo afastar mateu dali.

- Dinda ele é bonzinho. - mateu diz apontando pro cachorro.

Quando eu paro pra olhar bem pro cachorro percebo que é o que estava com hector mais cedo. O que significa que hector também estaria aqui.

- Acharam o bobby. - ouço uma voz grossa atrás de mim e quando me viro encontro ele mesmo. Hector fort

- Você é louco de deixar esse cachorro assim amarrado em uma árvore no meio de um parque cheio de CRIANÇAS??? - pergunto me estressando.

- Calma docinho foi só por uns minutinhos. - sério que cara sem noção, até que me dou conta..

- Era você se agarrando ali na árvore com aquela garota? - pergunto e vejo sua expressão mudar rapidamente.

- É.. talvez - ele diz pasaando a mão na nuca e olhando pro chão.

- Ok isso foi demais por hoje. - digo pegando novamente na mão de mateu que estava brincando com o cachorro.

- Vamos mateu.

- Pera dinda esse é o hector? O jogador do Barça? Mentira, que demais cara - mateu diz todo empolgado indo cumprimentar hector que a alguns segundos atrás tava com uma cara de tacho.

- Sou eu mesmo carinha, eai já foi assistir a algum jogo? - hector pergunta.

- Não, a dinda só promete - ele diz furioso.

- Mulher não tem palavra mesmo né, a sua sorte é que no próximo jogo vocês são meus convidados vips. - hector termina de dizer e mateu abre um sorriso imenso, enquanto eu olho rapidamente para hector negando.

- Pode esquecer que eu não irei. - digo.

- Nossa lyssa, vai fazer essa crueldade com a criança? - o cínico perguntou, e quem deu moral pra ele me chamar assim? Euem

Mateu tava com uma enorme cara de sono, então não tive muito o que fazer.

- Tudo bem, nós vamos a esse jogo.. - digo me rendendo e vendo um grande sorriso em ambos os rostos.

- Se, o senhor se comportar. - termino de falar vendo que mateu estava agora com o sorriso cessado.

- Ele vai, e você que vai levar ele. - hector diz confiante.

- Ah vou, pra sua informação a mãe dele é outra. - digo com um sorrisinho.

- Ah então que pena, não vou conseguir os ingressos. - ele fala e vejo os olhos de mateu se encherem de lágrimas.

- Mas o que? Você tem algum tipo de transtorno né? Não é possível - falo me exaltando um pouquinho.

- Sim, transtorno de conseguir tudo o que eu quero. - esse cara de pau tá pedindo pra levar uma surra.

Olho pra mateu mais uma vez e respiro fundo pra não perder a cabeça com o otário que estava na minha frente.

- Quando é esse jogo? - abaixo a guarda vendo um sorriso vitorioso no rosto do mais velho.

- Sábado que vem, vai com a camisa número 2 viu gracinha. - ele dizia soltando a coleira do seu cachorro e logo em seguida se despedindo de nós.

- Até sexta - Pera, como assim até sexta? Era só o que faltava.

Então o jantar que minha mãe havia comentado era com a família dele.

- Vamos dinda - mateu me chama.

- Vamos..





Continua..

Amar como eu amei o meu primeiro amor ~ hector fort Onde histórias criam vida. Descubra agora