Xeque-Mate

Maldito Vestido Azul

Oie

Tudo certo por aí?

Boa leitura

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A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla. David Hume

POV SARAH

Era fácil fingir que nada daquilo me afetava, eu sabia bem qual a única pessoa que poderia estar naquele lugar e a ultima coisa que passava pela minha cabeça era vê-lo.

Não fazia ideia de quais eram os planos de Carla com tudo aquilo, me machucar talvez?

Entramos naquele lugar...peculiar. Um agente penitenciário nos levou até a tal sala de visitas, todos os presidiários pareciam me encarar

Era óbvio que a presença de uma mulher como eu era completamente inesperada, caminhava de cabeça erguida sob os olhares ameaçadores de cada um que ali estava.

Foi nesse momento que Carla parou de frente para um homem de cabelos esbranquiçados, engoli a seco, caminhei para o lado da loira ficando finalmente frente a frente ao senhor que me olhou de um jeito que ninguém jamais havia olhado antes.

Estava assustado, admirado, tudo ao mesmo tempo, o silêncio falava por si só, ainda sim eu não tinha total certeza de quem realmente ele era até que..

Carla: Sarah, você nunca teve a chance de bater de frente com ele, talvez tenha perguntas a fazer e essa seja a hora certa para isso. - a loira me olhou temerosa, buscando em meus olhos alguma reposta.

Sarah: Quem é ele Carla? - a fitei com a voz firme perfurando os olhos daquela mulher com os meus.

XxX: Eu sou...

Sarah: Eu não fiz a pergunta a você meu bem. - o encarei com uma postura firme, bati as duas mãos na mesa chamando atenção para onde estávamos, pigarreei buscando me recompor.

Carla: Esse é... Pedro Bial Diaz - Sim, o nome eu lembrava bem, e a certeza fez o sangue ferver em minhas veias travando-me por completa diante do olhar penetrante daquele homem que evitei toda a minha vida.

Sarah: Você só pode está brincando comigo. Me trouxe aqui pra...conversar?! Com o assassino do meu pai Carla? - alterei a voz buscando recompor diante do guarda que me olhara feio.

- O que você quer? Que eu ouça todos os detalhes de como ele sabotou o carro do meu pai e destruiu a minha família, a minha vida? - falei entredentes fazendo os olhos da minha amiga, arregalarem-se.

Pedro: Sarah eu sei que é difícil pra você, mas... Olha só pra você, se tornou uma mulher tão linda, tão forte, tão...parecida com a sua mãe. - seu olhar era de admiração, brilhavam ao me olhar de cima a baixo, aquilo era confuso, ignorei qualquer pensamento ao ouvir a maldita comparação que ele fizera.

Sarah: Cala essa maldita boca. - falei pausadamente.

- Eu não tenho nada daquela mulher, isso é uma ofensa. - disse entredentes revelando a mágoa que guardava da minha querida mãe.

Pedro: desculpe! Eu só queria que... - ele pigarreou na tentativa de esquecermos o assunto.

- Soube que é dona da empresa de seus avós, realmente impressionante. O poder está no seu sangue.

Sarah: Ridículo! Você aparece dezessete anos depois pra me colocar na frente do maldito assassino que ainda está vivo? Qual o seu problema Carla? Inveja? Saiba que eu não tenho a capacidade de sentir qualquer dor ao ver esse ser desprezível... - cuspi as palavras ignorando aquele homem outra vez, algo ali estava muito errado.